Ações de Embraer e Azul saltam na bolsa com estreia de novo jato e recomendação

Enquanto Azul deve reduzir custo com o E195-E2, novo avião da Embraer, os papéis EMBR3 avançam ainda com a elevação da recomendação pelo UBS

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As ações da Embraer (EMBR3, R$ 19,46, +5,39%) e da Azul (AZUL4, R$ 52,05, +5,39%) foram destaque de alta no Ibovespa na sessão desta quinta-feira (12).

Os papéis são impulsionados pelo anúncio de que a Azul começará a voar com o E195-E2, novo (e maior) avião comercial da Embraer, a partir de outubro, conforme anunciou o presidente da companhia aérea, John Rodgerson. Segundo ele, o primeiro voo com o modelo será entre Viracopos e Brasília.

A expectativa da empresa é receber mais cinco E195-E2 ainda neste ano. 

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Para 2020, Rodgerson sinalizou que a previsão é de 20 outras entregas. Até 2022, a Azul quer ter substituído todos os E1 de sua frota pelos E2.

O fundador da empresa, David Neeleman, disse que a incorporação do E2-E195 pode permitir a redução de tarifas, o que impulsionou os ativos da Azul na bolsa.

Já a Embraer destacou ainda que espera o primeiro voo de outro avião, o E2-175, ainda para este ano. 

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Além do anúncio, os ativos EMBR3 subiram forte após o UBS elevar a recomendação do American Depositary Receipt (ADR) da companhia de neutro para compra. O preço-alvo para os ativos ERJ foi elevado de US$ 22 para US$ 23.

O UBS está “muito mais construtivo” com Embraer devido ao preço da ação e “melhorias despercebidas” na RemainCo, escreveu o analista Myles Walton em nota.

Entre os catalisadores despercebidos, o analista aponta que o KC-390 e o novo jato executivo da Embraer Praetor 600 devem gerar melhores resultados no segundo semestre. 

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A Embraer entregou o primeiro KC-390 à Força Aérea Brasileira no início deste mês e planeja entregar uma segunda aeronave no quarto trimestre. Além disso, fechou seu primeiro contrato de exportação com Portugal – cinco unidades vendidas por R$ 3,7 bilhões.

“Com o início das entregas, acreditamos que este é um passo positivo para melhorar a posição de caixa da empresa versus o primeiro semestre fraco”, avalia o analista do banco suíço.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.