Ações de bancos sobem forte, enquanto Petrobras avança 4%; Cia. Hering e Rumo saltam até 9% com resultados

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (4)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Depois da sessão de forte volatilidade na última quarta-feira, o Ibovespa teve um pregão de ganhos, impulsionado principalmente pelos papéis das ações de bancos. No radar do mercado, está o maior alívio dos investidores após o Senado aprovar em primeiro turno a PEC Emergencial.

Bradesco (BBDC3, R$ 21,35, +3,34%; BBDC4, R$ 23,91, +3,87%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,04, +3,62%), Itaú (ITUB4, R$ 26,64, +3,14%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 38,75, +2,89%) registraram ganhos entre 2% e 4%.

No noticiário do setor, atenção sobre o BB. Na véspera, O Globo informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, chegaram num consenso para a presidência do Banco do Brasil. Os três indicaram o atual presidente da Caixa Seguridade, Eduardo Dacache, para presidir o BB, uma vez que André Brandão teria colocado o cargo à disposição (informação esta que foi negada em comunicado pelo banco estatal na semana passada).

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Entre as empresas que divulgaram balanço, o destaque ficou para a Taesa (TAEE11, R$ 32,60, +6,02%), que subiu após registrar lucro líquido de R$ 829 milhões  no quarto trimestre de 2020, um salto de 194,7% na comparação anual, ajudada pela disparada do IGP-M, que corrige parte de seus contratos, e após aquisições e conclusão de projetos.

Adicionalmente, o Conselho de Administração da companhia aprovou uma distribuição de dividendos adicionais de R$ 561,9 milhões (R$1,63/unit ou um dividend yield de 5,3%). A distribuição dos dividendos ainda deverá ser submetida à deliberação da Assembleia de Acionistas.

As units negociarão ex-dividendos em 05 de maio de 2021. Sendo aprovada, a distribuição total será de R$ 4,66 / unit referente ao resultado de 2020. “Consideramos tal patamar de distribuição de dividendos muito positivo, e uma evidência da nossa visão da Taesa como um dos melhores veículos pagadores de dividendos. Atualmente as units da TAEE11”, destaca a XP.

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Enquanto isso, Cia. Hering (HGTX3, R$ 16,00, +8,62%) fechou com alta de mais de 8% após o balanço, ao passo que a Azul (AZUL4, R$ 38,50, -0,16%), que abriu em alta de 2%, virou para queda. Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 12,76, +0,39%) registrou ganhos, enquanto Lojas Quero-Quero (LJQQ3, R$ 15,81, -4,93%), por sua vez, teve forte queda após o resultado.

A Cia Hering registrou baixa de 12% no lucro líquido do quarto trimestre ante mesmo período de 2019, para R$ 55,6 milhões, com receita líquida quase estável. Já a Lojas Quero-Quero teve lucro líquido de R$ 34,9 milhões no quarto trimestre de 2020, 118,8% maior frente igual período de 2019.

A Iochpe-Maxion, por sua vez, teve prejuízo líquido de R$ 129,7 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo lucro líquido de R$ 39,1 milhões em igual período de 2019.  A Taesa teve lucro de R$ 829 milhões no quarto trimestre de 2020, 194,7% maior na comparação com o mesmo período de 2019. Antes da abertura, Azul divulgou seus números, com um prejuízo de R$ 317,4 milhões, queda de 86,3% em relação ao quarto trimestre de 2019.

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A Petrobras (PETR3, R$ 21,87, +4,29%; PETR4, R$ 22,22, +4,86%) também segue no radar, com as ações subindo 4%, mas ainda acumulando baixa na semana e com queda de cerca de 20% no ano: na véspera, mais um conselheiro decidiu rejeitar indicação do governo federal para ser reconduzido ao cargo, somando um total de pelo menos cinco membros do colegiado que pediram para ser substituídos.

A sessão foi de ganhos para o petróleo, com os contratos futuros do brent e do WTI fechando em alta de 4%. No radar da commodity, autoridades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) concordaram em manter os níveis de produção de petróleo de março também no mês de abril, anunciou o grupo nesta quinta-feira em comunicado. O texto informa que a Arábia Saudita decidiu estender seu corte de 1 milhão de barris por dia (bpd) na oferta do óleo também para abril.

A Opep+ diz que houve “contribuições positivas” do pacto atual para “apoiar um reequilíbrio no mercado global de petróleo”, na esteira da reunião de abril de 2020 que selou o acordo atual de corte na oferta. A exceção na escolha por manter o acordo de março no mês de abril foram Rússia e Casaquistão. Os dois países poderão aumentar a produção em 130 mil e 20 mil bpd, respectivamente, “devido a padrões continuados de consumo sazonal”, diz o texto. A Opep+ teve em março uma taxa geral de cumprimento do acordo de produção de 103%, ou seja, o corte terminou por ficar acima do combinado.

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O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, avaliou que a Petrobras não terá como evitar um novo aumento de combustíveis esta semana, depois da decisão da Opep+.

A Rumo Logística (RAIL3, R$ 19,85, +7,36%) também registrou fortes ganhos, com destaque para o guidance de investimentos de R$ 3,3 bilhões a R$ 3,9 bilhões para este ano, quando espera que os volumes transportados fiquem entre 72 bilhões e 76 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU).

Os analistas do Itaú BBA apontam que a companhia tem enfrentado ventos contrários de curto prazo, não-recorrentes e que devem permanecer até 2022, mas a visão de longo prazo permanece sólida. “O guidance de longo prazo da empresa apoia nossa visão construtiva sobre a tendência estrutural de desempenho da Rumo”, avaliam.

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Por outro lado, as ações da Gol (GOLL4, R$ 19,47, -5,02%) fecharam em queda: a companhia divulgou os números prévios de tráfego do mês de fevereiro de 2021. A aérea registrou queda de 38% na demanda para voos (RPK) em relação a janeiro e de 50,3% ante o mesmo mês do ano passado. Ao mesmo tempo, a oferta (ASK) recuou 36% na comparação com o mês anterior e 50,4% com o mesmo período de 2020.

“Os números de fevereiro da GOL reforçam nossa visão de que a demanda por transporte aéreo deve continuar a sofrer com o aumento de casos COVID-19 no Brasil”, aponta o BBI, que possui recomendação neutra para a ação da aérea, com preço alvo de R$ 25,00.

Confira os destaques: 

Azul (AZUL4, R$ 38,50, -0,16%)

A companhia aérea Azul teve prejuízo líquido de R$ 317,4 milhões no quatro trimestre de 2020, melhorando o desempenho diante do resultado negativo de R$ 2,31 bilhões apresentados um ano antes. Foi a melhor performance da empresa desde o início da pandemia.

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No acumulado de 2020, por sua vez, a empresa viu uma grande piora do resultado por conta da pandemia do coronavírus. Diante disso, seu prejuízo aumentou mais de quatro vezes, passando de R$ 2,40 bilhões em 2019 para R$ 10,83 bilhões no ano passado.

Já a receita líquida da companhia teve queda de 45,1% em um ano, fechando o quarto trimestre em R$ 1,78 bilhão. Por outro lado, na comparação com o terceiro trimestre, a receita subiu 121,5%. Veja mais clicando aqui. 

Cia. Hering (HGTX3, R$ 16,00, +8,62%)

A Cia Hering divulgou na quarta baixa de 12% no lucro líquido do quarto trimestre ante mesmo período de 2019, para R$ 55,6 milhões, com receita líquida quase estável.

A empresa anunciou também investimento de R$ 131 milhões em 2021, seu “maior investimento da história”. Os recursos irão para tecnologia, reestruturação de sistemas, plataformas digitais e modernização de parque industrial e logístico.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Cia Hering de outubro a dezembro somou R$ 68,5 milhões, queda de 17% ano a ano, com a margem recuando 3,3 pontos, para 16,1%. A empresa registrou alta de 1% vendas mesmas lojas ante uma queda de 4% nos últimos três meses de 2019.

Segundo a empresa, enquanto a venda das lojas físicas caiu 11,6% no trimestre, a 115,6 milhões de reais, as vendas do canal online subiram 230,6%, para R$ 70,7 milhões. Já as vendas para franqueados caíram 2,9%, para R$ 177,4 milhões.

O Credit Suisse afirmou que os resultados divulgados pela Hering estão em linha com seus números, com alta de 231% no comércio on-line na comparação anual, que agora totaliza 14,3% das vendas domésticas. A margem bruta continua a aumentar. O banco mantém recomendação neutra, com preço-alvo em R$ 24, frente aos R$ 14,73 de fechamento na quarta (3).

Lojas Quero-Quero (LJQQ3, R$ 15,81, -4,93%)

A Lojas Quero-Quero teve lucro líquido de R$ 34,9 milhões no quarto trimestre de 2020, 118,8% maior frente igual período de 2019.

O Ebitda ajustado foi de R$ 77,3 milhões no quarto trimestre de 2020, 56,5% maior na comparação anual. Enquanto isso, a receita líquida somou R$ 502,2 milhões no período, alta de 28,5% na comparação anual.

As vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) subiram 29,7% no último trimestre de 2020, ante alta de 6,8% um ano antes.

O Bradesco BBI apontou que os números indicam continuidade das fortes tendências do trimestre anterior, com crescimento alto e sólida lucratividade. O banco mantém avaliação de outperform, e preço-alvo de R$ 19 para 2021, frente os R$ 16,33 de fechamento na quarta (3).

Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 12,76, +0,39%)

A Iochpe-Maxion, por sua vez, teve prejuízo líquido de R$ 129,7 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo lucro líquido de R$ 39,1 milhões em igual período de 2019.

A receita líquida foi de R$ 2,849 bilhões no período, 21,8% maior na comparação anual. Já o Ebitda ajustado somou R$ 159 milhões no quarto trimestre de 2020, 26% menor em igual base de comparação.

O Credit Suisse destaca que os números indicam continuação da recuperação. O banco destaca que a empresa fechou sua fábrica de Akron nos Estados Unidos concentrando-a em San Luis Potosi e Sedalia. A relação entre dívida líquida e Ebitda foi reduzida de 7,02 vezes no terceiro trimestre para 6,42 vezes no quarto, com queda na dívida líquida e alta no Ebitda.

O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado), e preço-alvo de R$ 19, frente os R$ 12,71 de fechamento na quarta.

Taesa (TAEE11, R$ 32,60, +6,02%)

A Taesa teve lucro de R$ 829 milhões no quarto trimestre de 2020, 194,7% maior na comparação com o mesmo período de 2019.

A receita no mesmo período totalizou R$ 1,17 bilhão, 148,5% maior na comparação anual. Já o Ebitda regulatório no período foi de R$ 302 milhões, 17% maior em relação ao quarto trimestre de 2019.

O Credit Suisse destacou que a receita líquida ficou abaixo da expectativa devido a despesas financeiras maiores. O faturamento cresceu 12,8% na comparação anual, 0,4% acima da estimativa do Credit.

Os custos totais administráveis, excluindo depreciação, ficaram estáveis na comparação anual, com queda de 0,4%, mas ficaram 24,7% acima da estimativa do Credit, devido a maiores custos com pessoal e serviços de outras empresas. As margens de 78,9% ficaram abaixo da expectativa do Credit, de 83%. O banco mantém avaliação neutra para a empresa, com preço-alvo de R$ 29,7, frente os R$ 30,75 de fechamento na quarta (3).

Vale (VALE3, R$ 98,86, -1,48%)

A Vale retirou da pauta de assembleia de acionistas marcada para o dia 12 de março o tema da adoção do voto contrário na eleição de seu conselho de administração. Segundo o jornal Valor, a área técnica entendeu que, pela legislação brasileira, a eleição dos membros do conselho de administração não suporta o sistema de votação binário. Por isso, não admite a contabilização de votos contrários ou de rejeição.

Ainda no radar da companhia, o Broadcast informa que uma das estratégias traçadas para a venda das mais de 200 milhões de debêntures participativas da Vale que pertencem ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Tesouro, num total de cerca de R$ 13 bilhões, é oferecer aos investidores estrangeiros.

A oferta será para no máximo 50 investidores e o ativo é bom: tem um retorno baseado em uma participação nas vendas de minério da companhia por 100 anos. O grupo de fora do país, como fundos de pensão e seguradoras, já vem demonstrando interesse em adquirir os papéis. O minério de ferro está com seus preços globalmente em escalada e alguns especialistas acreditam que o metal está entre as commodities que podem passar por um superciclo de alta.

Sobre a commodity, os futuros do minério de ferro avançaram na China nesta quinta-feira e o aço fechou estável, enquanto dados mostravam aumento na demanda por produtos siderúrgicos no país. A demanda por produtos siderúrgicos na China saltou 24,9% frente à semana anterior, para 9,28 milhões de toneladas, maior nível desde a semana encerrada em 21 de janeiro, mostraram dados da consultoria Mysteel.

Os futuros de referência do minério na bolsa chinesa de Dalian DCIOcv1 encerraram o pregão com alta de 2%, a 1.175 iuanes por tonelada. Já o vergalhão de aço para construção na bolsa de Xangai SRBcv1 fechou praticamente sem alterações, com elevação de 0,1%, a 4.849 iuanes por tonelada.

Banco Pan (BPAN3, R$ 13,51, -2,60%)

O Banco Pan anunciou na quarta que pediu registro para uma oferta de ações ordinárias da companhia detidas pela Caixa Participações.

“A potencial oferta está sujeita às condições do mercado (…) não havendo até o momento definição sobre o volume, o preço por ação, o cronograma para a sua implementação e demais termos e condições”, disse o banco.

Rumo (RAIL3, R$ 19,85, +7,36%)

A Rumo Logística inaugura oficialmente nesta quinta o trecho que vai de São Simão (GO) a Estrela D’Oeste (SP) na Ferrovia Norte-Sul. A companhia desembolsou no ano passado R$ 711 milhões para obras de infraestrutura do projeto e entregou a operação cinco meses antes do prazo.

A Rumo arrematou em leilão os trechos central e sul da Ferrovia Norte-Sul em março de 2019, em um contrato que inclui a conclusão de obras inacabadas. A concessão tem duração de 30 anos e compreende a 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela DOeste (SP), em um projeto denominado Malha Central.

O trecho tem como grande objetivo levar a produção do agronegócio dos Estados de Goiás e Tocantins para ser exportada pelo Porto de Santos (SP).

A Rumo ainda estimou nesta quinta-feira investimentos de R$ 3,3 bilhões a R$ 3,9 bilhões para este ano, quando espera que os volumes transportados fiquem entre 72 bilhões e 76 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU).

A companhia, braço de logística do grupo Cosan (CSAN3), também projetou Ebitda de R$ 4 bilhões a R$ 4,4 bilhões para 2021.

Também foram divulgadas previsões para 2025, quando a Rumo calcula volume transportado de 99 bilhões a 109 bilhões de TKU, com Ebitda entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. Nesse contexto, a empresa estima que o capex de 2021 a 2025 deve ficar entre R$ 16,5 bilhões e R$ 18,5 bilhões.

Gol (GOLL4, R$ 19,47, -5,02%)

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes divulgou os números prévios de tráfego do mês de fevereiro de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020.

Em fevereiro, a empresa operou 355 voos por dia em média, com demanda menor nos hubs de Congonhas (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro), Brasília, Fortaleza e Salvador. Em fevereiro, a demanda por voos domésticos diminuiu 38% sobre o mês anterior, e a oferta diminuiu em 36% em comparação com o mês anterior. A taxa de ocupação da Gol foi 80,8%. A empresa não realizou voos internacionais durante o mês.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,04, +3,62%)

Na véspera, O Globo informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, chegaram num consenso para a presidência do Banco do Brasil. Os três indicaram o atual presidente da Caixa Seguridade, Eduardo Dacache, para presidir o BB, uma vez que André Brandão teria colocado o cargo à disposição (informação esta que foi negada em comunicado pelo banco estatal na semana passada).

Segundo o Estadão, que também falou sobre o tema, a expectativa, de acordo com fontes, é de que o martelo quanto ao novo responsável pelo cargo seja batido ainda nesta semana.

Nesta manhã, o BB divulgou nota de esclarecimento, mas desta vez sobre reportagem do Valor sob o título “Governo sonda Márcio Schettini, ex-Itaú, para presidência do BB”. O banco estatal afirmou que não recebeu no âmbito de seus órgãos de governança qualquer comunicação formal por parte do acionista controlador a respeito do assunto reportado
na matéria, que desconhece as fontes da notícia veiculada pelo referido meio de comunicação e que fatos adicionais, julgados relevantes, serão prontamente divulgados ao mercado.

Petrobras (PETR3, R$ 21,87, +4,29%; PETR4, R$ 22,22, +4,86%)

A Petrobras também segue no radar: segundo O Estadão, as operações atípicas com ações da Petrobras já haviam chamado a atenção dentro da B3, a bolsa paulista, nos dias que se seguiram à sinalização dada pelo presidente Jair Bolsonaro de que pretendia trocar o comando da estatal. A BSM Supervisão de Mercados, braço autorregulador do mercado de capitais ligado à B3, identificou que algumas operações não se encaixavam no padrão regular, e já vinha investigando. O jornal O Globo revelou que transações com papéis da empresa que têm toda a aparência de uso de informação privilegiada (insider trading) deram a um investidor um lucro na casa dos R$ 18 milhões.

Na véspera, mais um conselheiro decidiu rejeitar indicação do governo federal para ser reconduzido ao cargo, somando um total de pelo menos cinco membros do colegiado que pediram para ser substituídos.

A Petrobras confirmou em fato relevante que o conselheiro Leonardo Pietro Antonelli informou à companhia que não pretende ser reconduzido como indicado pelo acionista controlador na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Segundo o comunicado, a não recondução do conselheiro não impede que ele seja eventualmente indicado e eleito novamente pelos acionistas minoritários, caso haja solicitação de voto múltiplo e ele receba votos o suficiente.

Panvel (PNVL3, R$ 18,95, +3,61%)

O Bradesco BBI comentou a notícia de que a Panvel Farmácias passará a oferecer um esquema de vacinação em drive-thru, em parceria com o Shopping Iguatemi, de forma a reduzir o movimento em hospitais. O banco diz avaliar que a Panvel já é um ator importante no setor de vacinações no Sul do Brasil, e agora pode contribuir contra a Covid. Isso faz parte de um processo de incorporar estrutura de serviços, que no longo prazo poderá incluir atenção primária.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.