Sabesp sobe 5,8% após votação do marco do saneamento e só 9 ações do Ibovespa caem; Gafisa salta e mais reações após balanços

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO –  Após um início morno, o Ibovespa fechou em forte alta na sessão desta quarta-feira, tendo como destaque a reunião de política monetária do Federal Reserve. O movimento de ganhos ganhou força após a autoridade monetária americana projetar rápido salto no crescimento econômico dos Estados Unidos este ano, mas repetir a promessa de manter meta de juros próxima de zero nos próximos anos.

Com o maior otimismo do mercado e queda do dólar, ações de empresas consideradas defensivas registraram um desempenho relativamente pior, enquanto ativos considerados descontados e mais suscetíveis ao noticiário econômico passaram a ter fortes ganhos.

Investidores da bolsa brasileira ainda aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), quando Banco Central deve promover a primeira alta em quase seis anos da taxa básica de juros, atualmente em 2% ao ano.

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Entre os destaques, estão as ações da SulAmérica (SULA11, R$ 35,83, +9,87%), com salto de quase 10%. Conforme destaca a Rico Investimentos, as ações que se beneficiam diretamente da alta nos juros tendem a ser as de bancos e seguradoras, que podem aumentar seus spreads (o quanto ganham com o que cobram de juros menos o que pagam) e potencializar sua receita.

Contudo, os papéis de construtoras e do setor de shoppings que, a rigor, seriam impactados negativamente pelo cenário de alta de juros, também registraram ganhos. Conforme destaca a Rico, mesmo com a alta dos juros de hoje, o nível da Selic ainda está longe de deixar de ser estimulativo.

Após chegar a cair 3,62% no início da sessão, a Yduqs (YDUQ3, R$ 28,72, +3,91%) virou para alta e fechou com ganhos de quase 4%. A companhia de educação divulgará os seus resultados nesta quarta, após o fechamento do mercado.

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A XP Investimentos espera um quarto trimestre neutro para a Yduqs, conforme as melhoras da receita devem ser ofuscadas pelas maiores despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD). A estimativa é de uma alta anual de 28% na base de alunos anual devido ao crescimento de 53% no ensino à distância e de 8% do presencial, beneficiando-se das aquisições feitas pela companhia ao longo do ano. A expectativa é de uma alta da receita líquida de 12%, dado que a maior parte do aumento da base vem do EAD, o qual dilui o ticket médio.

A Sabesp (SBSP3, R$ 41,53, +5,78%) também registrou fortes ganhos, de mais de 5%, repercutindo a votação do marco legal do saneamento. Os deputados federais decidiram, em sessão do Congresso Nacional realizada nesta quarta, manter os vetos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a trechos do marco legal.

Um dos dispositivos acompanhados com maior atenção por agentes econômicos impedia a possibilidade de renovação de contratos de programas (ou seja, sem licitação) por até 30 anos. Foram 292 votos favoráveis e 169 contrários aos dispositivos. Com isso, os vetos não precisarão passar por deliberação dos senadores em sessão marcada para esta tarde. O tema era o mais aguardado para discussão nesta tarde. Veja mais clicando aqui. 

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“A notícia é positiva para a Sabesp e para o setor. Os contratos de programa existentes não serão mais prorrogados. Assim, o cenário de privatização (antes do término do contrato) pode parecer mais atraente para as empresas estatais”, avalia o Credit Suisse.

Entre as companhias que divulgaram resultados, a Notre Dame (GNDI3, R$ 85,04, -1,43%) fechou com uma das poucas quedas do Ibovespa nesta sessão. A empresa teve lucro líquido de R$ 155,2 milhões nos últimos três meses do ano passado, em alta de 18,1% frente os R$ 131,4 milhões registrados no mesmo trimestre de 2019. A Hapvida (HAPV3, R$ 15,54 -2,39%), que está em processo de combinação de negócios com a NotreDame, também fechou em queda.

Fora do Ibovespa, a Gafisa (GFSA3, R$ 5,24, +7,60%) teve forte alta de suas ações; a companhia lucrou R$ 28,9 milhões, ante o ganho de R$ 47 milhões do mesmo período de 2019.

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Em teleconferência, o vice presidente de operações da Gafisa, Guilherme Benevides, destacou estar otimista com o mercado imobiliário em 2021. Entre os motivos, ele destacou que apesar de haver uma tendência na alta de juros, a taxa ainda é baixa levando em consideração os patamares históricos, o que continua sendo um grande impulsionador para tomada de financiamentos. Ele ainda avaliou que, mesmo com a pandemia, houve um aumento na busca por imóveis.

A ação da Helbor (HBOR3, R$ 8,93, +6,44%) também fechou em forte alta. A Helbor registrou lucro líquido de R$ 26,2 milhões no 4º trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 26,9 milhões em igual período de 2019.

Entre outros balanços, a d1000 (DMVF3, R$ 9,81, -5,31%) viu suas ações em queda: a companhia lucrou R$ 18 milhões no quarto trimestre de 2020, contra um lucro líquido de R$ 10,1 milhões no igual período do ano anterior. A Profarma (PFRM3, R$ 6,29, -2,33%) também fechou em queda após o resultado.

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Voltando ao Ibovespa, entre as maiores altas, atenção para a Cosan (CSAN3, R$ 95,29, +7,37%) e para a Rumo (RAIL3, R$ 20,57, + 7,14%), também com a repercussão do Investor Day das companhias. Após o evento, o BBI reiterou a sua recomendação equivalente à compra para os ativos da Rumo, que é uma joint venture entre a Cosan e a Shell.

A siderúrgica CSN (CSNA3, R$ 37,6, + 1,87%) registrou ganhos, ainda que relativamente modestos, seguindo a repercussão da véspera com o aumento do preço do aço, que fez com que os papéis do setor saltassem na terça-feira. Já a ação da Usiminas (USIM5, R$ 18,37, -0,92%) teve leves perdas. Das ações do Ibovespa, além de Hapvida, NotreDame e Usiminas, só mais 6 ações fecharam em queda: Eneva (ENEV3, R$ 16,72, -0,95%), Magazine Luiza (MGLU3, R$ 23,94, -0,87%), RD (RADL3, R$ 25,64, -0,77%), Marfrig (MRFG3, R$ 15,88, -0,38%), WEG (WEGE3, R$ 73,19 -0,29%) e Klabin (KLBN11, R$ 29,56 -0,17%).

Veja mais destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
SULA11 9.87427 35.83
JHSF3 7.62332 7.2
CSAN3 7.36901 95.29
RAIL3 7.13542 20.57
CYRE3 6.06695 25.35

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
HAPV3 -2.38693 15.54
GNDI3 -1.42576 85.04
ENEV3 -0.94787 16.72
USIM5 -0.91694 18.37
MGLU3 -0.86957 23.94

Notre Dame (GNDI3)

A NotreDame Intermédica, do setor de planos de saúde, teve lucro líquido de R$ 155,2 milhões nos últimos três meses do ano passado, em alta de 18,1% frente os R$ 131,4 milhões registrados no mesmo trimestre de 2019.

A receita líquida foi de R$ 2,81 bilhões no mesmo período, queda de 22,1% frente o número de um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do quarto trimestre foi de R$ 419,5 milhões, alta de 6,1% sobre o mesmo trimestre de 2019.

A XP Investimentos apontou que a companhia apresentou um bom resultado (em linha com as estimativas), com um crescimento robusto da receita, devido a um aumento forte no número de beneficiários de planos de saúde, o que levam os analistas a reiterarem a recomendação de compra para GNDI3 e o preço alvo de R$ 117 por ação.

O número de beneficiários de planos de saúde atingiu 3,73 milhões, um aumento de 23% ano a ano – ou 3% acima das estimativas da XP. O número de beneficiários de planos odontológicos atingiu 2,7 milhões, um aumento de 7% em relação ao quarto trimestre de 2019.

Já o Bradesco BBI ressalta que o faturamento bruto veio 3% abaixo de sua expectativa, mas o Ebitda  estava em linha. Na avaliação do banco, o cancelamento de planos, em 147 mil no quarto trimestre frente a 57 mil no mesmo período do ano anterior, indica pressão da concorrência.

A empresa teve aumento no número de beneficiários em linha com a expectativa dos analistas, que veem sinais mais claros de impacto da Covid sobre a empresa, e de que esses impactos podem perdurar nos próximos trimestres.

Apesar disso, o BBI aponta que a potencial fusão entre Hapvida e Notre Dame pode exigir algum tempo para que investidores assimilem as sinergias, que o banco diz calcular em R$ 15 bilhões.

Assim, a equipe de análise reitera sua avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado), e preço-alvo de R$ 88, frente aos R$ 86,27 de fechamento na segunda. O banco diz que o preço-alvo não contabiliza a valorização com sinergias da fusão.

d1000 (DMVF3)

A d1000 lucrou R$ 18 milhões no quarto trimestre de 2020, contra um lucro líquido de R$ 10,1 milhões no igual período do ano anterior.

Segundo a XP Investimentos, a d1000 reportou resultados fracos referentes ao quarto trimestre, com uma queda de vendas de 7,5% na base anual e um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado (excluindo o efeito não recorrente positivo de R$ 10,6 milhões referente ao reconhecimento de créditos de PIS e Cofins devido à exclusão do ICMS na sua base de cálculo) 38% abaixo do esperado e uma queda de 32% na base anual, devido a uma desalavancagem operacional da companhia. Com isso, a margem caiu 2 pontos percentuais na base de comparação anual.

“Apesar do resultado fraco, acreditamos que isso será revertido à medida que as vendas se recuperam e a companhia se beneficie de alavancagem operacional, uma vez que a margem bruta já se encontra em um patamar bastante sólido. Mantemos nossa recomendação de Compra e preço alvo de R$16,0 por ação para o fim de 2021 para DMVF3”, aponta a XP.

Profarma (PFRM3)

O lucro da Profarma cresceu 43% no quarto trimestre de 2020, para R$ 27,7 milhões, ante os últimos três meses de 2019.

A receita líquida da Profarma alcançou R$ 1,5 bilhão no último trimestre do ano passado, alta de 15,4% sobre igual período de 2019.

O Ebitda somou R$ 58,4 milhões,  3,8% acima frente o mesmo período de 2019.

Gafisa (GFSA3)

A Gafisa registrou lucro líquido de R$ 28,9 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante um lucro de R$ 47 milhões do mesmo período de 2019. Contudo, se descontado o efeito não recorrente de ganho jurídico de arbitragem contra uma construtora, porém, o prejuízo seria de R$ 23 milhões.

Já a receita líquida subiu 5 vezes na comparação anual, totalizando R$ 579,9 milhões.

Helbor (HBOR3)

A Helbor registrou lucro líquido de R$ 26,2 milhões no 4º trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 26,9 milhões em igual período de 2019.

A receita operacional líquida da companhia, por sua vez, foi de R$ 212,6 milhões no trimestre, queda de 52,7% na comparação anual.

O faturamento bruto foi de R$ 212 milhões, alta de 52% na comparação anual, e de 34% na comparação trimestral. A margem bruta ajustada foi de 37,6% no quarto trimestre, frente a 26,6% no terceiro trimestre. No ano inteiro, foi de 19,7%, frente a 11,7% no ano anterior.

O Bradesco BBI destacou que a empresa foi negativamente impactada pela pandemia e pela venda não recorrente de ativos ao fundo Multirenda em 2019. Mas ressaltando que a margem bruta ajustada ficou bem acima de suas expectativas e daquelas do mercado. O Bradesco BBI mantém recomendação neutra sobre a Helbor, com preço-alvo de R$ 12,50, frente os R$ 8,39 de fechamento na terça (16).

Lavvi (LAVV3), Melnick (MELK3), Trisul (TRIS3), Cyrela (CYRE3) e EzTec (EZTC3)

Sobre o setor de construção, a XP Investimentos iniciou a cobertura para as ações de Lavvi (LAVV3; Compra e preço-alvo de R$11,50/ação), Melnick (MELK3; Compra e preço-alvo de R$9,00/ação), Trisul (TRIS3; Compra e preço-alvo de R$14,00/ação) e Even (EVEN3; Neutro e preço-alvo de R$13,00/ação). Além disso, retomaram a cobertura de Cyrela (CYRE3; Compra e preço-alvo de R$33,00/ação) e atualizaram as estimativas para EZTec (EZTC3; Compra e preço-alvo de R$48,0/ação).

“Apesar de esperarmos volatilidade nos papéis em razão da alta da taxa de juros futuros, a nossa expectativa é de que o segmento de médio e alto padrão continue sua trajetória de recuperação após os impactos da pandemia por causa dos sólidos fundamentos: juros imobiliários na mínima histórica, demanda aquecida por imóveis, forte balanço patrimonial das incorporadoras listadas e valuations atrativos”, destacaram os analistas.

Sobre a Vale, a companhia iniciou, de forma gradual, a operação da planta de filtragem de rejeitos do Complexo Vargem Grande, a primeira de quatro plantas de filtragem que serão instaladas nas operações da companhia, em Minas Gerais, com investimentos de US$ 2,3 bilhões entre 2020 e 2024.

BR Distribuidora (BRDT3)

Wilson Ferreira assumiu como CEO da BR Distribuidora na última terça, o que os analistas do Credit destacam como positivo, uma vez que a chegada do executivo deve ajudar nas tomadas de decisões de longo prazo, principalmente com relação à alocação de capital e o plano de negócios da companhia.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras comunicou na terça que foi informada pelo governo sobre sua inclusão no PND (Programa Nacional de Desestatização). A medida, parte dos planos do presidente Jair Bolsonaro de privatizar a empresa, foi aprovada em reunião do CPPI (Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos).

O Credit Suisse comentou a informação de que a Eletrobras nomeou temporariamente a CFO Elvira Presta como CEO, até que um novo seja indicado; de que o CPPI aprovou a inclusão da Eletrobras no programa de privatização, permitindo ao BNDES iniciar os estudos sobre a redução de capital do governo; e de que os presidente do Senado e da Câmara têm visões favoráveis sobre a MP para a privatização da Eletrobras.

Mas o banco destaca que será necessário forte apoio político da maioria dos partidos para aprovar a proposta. A MP tem 120 dias para ser votada e aprovada. Apesar disso, as notícias são favoráveis, diz o banco.

O Credit Suisse mantém recomendação neutra para a ação ELET6, com preço-alvo de R$ 32, frente aos R$ 33,63 de fechamento da véspera.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A estatal Petrobras  informou que seu Comitê de Pessoas aprovou na terça-feira o nome do general da reserva Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando da companhia e uma vaga no conselho de administração.

A companhia disse que o comitê, ligado ao conselho, decidiu pela “não existência de vedações” à nomeação de Luna e avaliou que ele preenche requisitos previstos na Lei das Estatais e na Política de Indicação de Membros da Alta Administração da Petrobras, segundo comunicado na noite de terça-feira.

De acordo com o comitê, os acionistas da companhia e o conselho poderão, caso desejem, avaliar na sequência “o preenchimento de requisitos subjetivos adicionais aos previstos na legislação”.

O presidente Bolsonaro anunciou a indicação de Luna para a Petrobras em 19 de fevereiro, após desentendimentos com o atual CEO da empresa, Roberto Castello Branco, sobre os preços dos combustíveis. (Full Story)

A Petrobras convocou para 12 de abril uma assembleia geral de acionistas que irá deliberar, entre outros assuntos, sobre a indicação de Luna para o conselho e a formação do colegiado.

A estatal ainda informou na terça que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a revogação da outorga da usina termelétrica TermoCamaçari, na Bahia, e que está negociando o arrendamento da unidade com a Proquigel Química, empresa integrante do Grupo Unigel. “A companhia já vinha buscando alternativas para a termelétrica, como a venda de participação da unidade no âmbito da aliança estratégica firmada com a Total S.A. em dezembro de 2016, mas que não foi concluída”, disse a Petrobras em comunicado.

O preço final do gás natural vendido pela Petrobras a distribuidoras, que atendem os consumidores na ponta, deve ter um salto de 18% a 35% a partir de maio, projetou um técnico da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia) na terça, segundo informações da agência internacional de notícias Reuters.

Vale (VALE3)

A Vale iniciou, de forma gradual, a operação da planta de filtragem de rejeitos do Complexo Vargem Grande, a primeira de quatro plantas de filtragem que serão instaladas nas operações da companhia, em Minas Gerais, com investimentos de US$ 2,3 bilhões entre 2020 e 2024.

Em comunicado, a mineradora afirmou nesta terça-feira que o início da operação reduz a necessidade de utilização de barragens de rejeitos e ainda permitirá uma melhora da qualidade média do portfólio de produtos da Vale com o uso do processamento a úmido.

“Vemos o anúncio como positivo, uma vez que se trata de mais um passo em direção da retomada da capacidade produtiva da companhia. A Vale espera uma capacidade de 400 milhões de toneladas por ano ao final de 2022”, afirmam os analistas da XP, que mantém recomendação de compra para Vale, com preço-alvo de R$ 122 por ação.

No radar de commodities, os contratos futuros do minério de ferro e do aço na China encerraram o pregão em alta nesta quarta-feira, enquanto outras matérias-primas associadas à indústria de aço também subiram. Os futuros do minério de ferro de referência na bolsa chinesa de Dalian fecharam com ganhos de 0,6%, a 1.068 iuanes por tonelada. Os preços spot do minério de ferro com teor de 62% para entrega na China subiram US$ 2 na terça-feira, para US$ 166 , segundo a consultoria SteelHome. Já o vergalhão de aço na bolsa de Xangai SRBcv1 subiu 1,1%, para 4.785 iuanes por tonelada.

Rumo (RAIL3)

O Bradesco BBI comentou o Dia do Investidor da Rumo, destacando que a empresa foca no licenciamento ambiental do projeto ferroviário de Lucas do Rio Verde. O banco diz que a empresa vem ganhando competitividade como produtor de baixo custo, e que diversificação de cargas devem levar a grãos ganharem participação de mercado.

O banco avalia que a maior pressão do mercado por governança ambiental e social e, consequentemente, a menor emissão de gás carbônico, podem beneficiar o transporte ferroviário promovido pela Rumo.

A equipe de análise aponta que a Rumo está no caminho para atingir sua guidance (documento com previsões e planos divulgados por empresas) de Ebitda em 2025 em entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões. O Bradesco diz que a empresa também deve se beneficiar de preços mais altos de diesel, o leilão da concessão de pedágios na BR-163 e o potencial de problemas legais com o seu projeto Ferrogrão. O banco mantém recomendação outperform para a Rumo, com preço-alvo de R$ 31 em 2021.

Focus Energia (POWE3)

O Morgan Stanley divulgou uma avaliação favorável à Focus Energia, destacando seu portfólio de cerca de 3 gigawatts em projetos e experiência em comércio de energia, que permite à empresa viabilizar capacidade adicional e garantir capacidade adicional. O banco diz que a empresa tem perspectiva de valorização atrativa, e mantém avaliação de overweight (expectativa de valorização acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 32, frente aos R$ 13,79 negociados na terça (16).

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.