Tupy dispara 15% após comprar empresa da Fiat Chrysler; Notre-Dame é maior alta da semana

Confira os principais destaques corporativos desta sexta-feira (20)

Rodrigo Tolotti

(divulgação)

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SÃO PAULO – Em dia de cautela no mercado, o destaque ficou para uma ação fora do Ibovespa. A Tupy disparou 15,04% após anunciar que fechou um acordo com a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) para comprar a fundição de ferro Teksid por 210 milhões de euros.

Dentro do índice, as ações da Smiles caíram após a empresa anunciar, junto com a Gol, um reajuste no preço das passagens e milhas que uma empresa oferece para a outra. Os preços das passagens aéreas vendidas pela Gol à Smiles terão acréscimo de 41%, enquanto os preços das milhas vendidas pela Smiles à Gol subirão 2,7%.

Enquanto isso, a Eletrobras fechou com leve alta de 0,31% após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmar que, se o governo não apresentar uma nova modelagem, a privatização da Eletrobras não será aprovada.

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Na semana, as maiores altas dentre as ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa foram:

Empresa Ticker Desempenho
Grupo Notre-Dame Intermédica GNDI3 +12,07%
Ultrapar UGPA3 +10,56%
Qualicorp QUAL3 +7,83%
CCR CCRO3 +7,41%
Ecorodovias ECOR3 +7,23%

Já as maiores quedas foram: 

Empresa Ticker Desempenho
Marfrig MRFG3 -13,02%
Cogna COGN3 -10,25%
MRV MRVE3 -5,46%
B2W BTOW3 -5,29%
Cielo CIEL3 -2,96%

Confira os destaques do pregão desta sexta-feira (20):

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Eletrobras (ELET3; ELET6)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou hoje que, se o governo não apresentar uma nova modelagem, a privatização da Eletrobras não será aprovada. Ele defendeu ainda que o governo mantenha a golden share (ação que dá poder de veto).

Segundo ele, 48 senadores do Norte e do Nordeste são contra a capitalização da empresa no modelo atual.

“A modelagem da capitalização não está sendo considerada boa para este momento. O governo [tem que] entender que, se não construir uma modelagem nova, não vai passar no Senado. Se mudarem a modelagem, pode ser que tenha apoio”, afirmou em café da manhã com jornalistas.

Smiles (SMLS3) e Gol (GOLL4)

A administração da Smiles aprovou um reajuste nas passagens aéreas e nas milhas, informou a empresa em comunicado à CVM no dia 19.

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (GLAI), controladora tanto da Smiles quanto da Gol Linhas Aéreas, informou hoje em outro comunicado que os preços das passagens aéreas vendidas pela Gol Linhas Aéreas à Smiles terão acréscimo de 41%, enquanto os preços das milhas vendidas pela Smiles à Gol subirão 2,7%.

Os aumentos entrarão em efeito em primeiro de janeiro de 2020.

Tupy (TUPY3)

A Tupy S.A. comunicou à CVM na manhã de hoje que fechou um acordo com a FCA (Fiat Chrysler Automobiles) para comprar a fundição de ferro Teksid, que tem fábricas no Brasil, México, Polônia, Portugal e China, além de escritórios nos Estados Unidos e na Itália.

A Tupy está pagando 210 milhões de euros (R$ 946,5 milhões) na Teksid, soma que representa 4,9 vezes a margem Ebitda da fundição de ferro para 2019. A Tupy afirma que já tem o compromisso firme de uma instituição bancária para financiar a aquisição. A empresa brasileira afirmou no comunicado que fará mais tarde nesta sexta-feira uma teleconferência para detalhar a aquisição.

Embraer (EMBR3)

A fusão entre Boeing e Embraer deve ser aprovada em janeiro pela superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições significativas, disse uma pessoa com conhecimento das discussões à Bloomberg.

O caso deve passar em rito sumário pela superintendência e não deve ser nem mesmo avocado para o pleno do conselho, disse a pessoa que pediu anonimato porque as discussões não são públicas.

Na averiguação do Cade não foram encontradas preocupações concorrenciais do negócio, não há sobreposições e as companhias têm investimentos considerados complementares. Nenhum concorrente se colocou como terceiro interessado até o momento e não há indício entre os conselheiros que alguém irá avocar o caso.

Vale (VALE3)

O conselho de administração da Vale aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio no total bruto de R$ 7.253.260.000,00, o que corresponde a R$ 1,414364369 por ação ordinária da companhia.

A mineradora informou que terão direito ao provento os investidores com ações no dia 26 de dezembro, com os papéis passando a operar “ex-JCP” a partir de 27 de dezembro. A data de pagamento ainda será definida.

Bradesco (BBDC3; BBDC4)

O Bradesco anunciou que seu conselho de administração aprovou o pagamento de R$ 4,245 bilhões em juros sobre capital próprio complementares. O valor corresponde a R$ 0,503379600 por ação ordinária e R$ 0,553717560 por ação preferencial.

Em nota, a empresa informou que terão direito ao provento os investidores com ações no dia 19 de dezembro, ou seja, os papéis passam a operar “ex-JCP” a partir de 20 de dezembro.

O pagamento será feito em 30 de dezembro no valor líquido de R$ 0,427872660 por ação ordinária e R$ 0,470659926 por ação preferencial, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%.

Telefônica Brasil (VIVT4)

Outra empresa que anunciou proventos aos acionistas é a Telefônica Brasil, tanto em forma de dividendos quanto de juros sobe capital próprio.

Será R$ 1 bilhão em dividendos, o que corresponde a R$ 0,55536187362 para as ações ordinárias e R$ 0,61089806098 para as preferenciais. Já os juros sobe capital próprio serão de R$ 350 milhões, sendo R$ 0,19437665576 para os papéis ordinários e R$ 0,21381432134 para os preferenciais, no valor bruto.

Em ambos os casos, terão direito aos proventos os acionistas posicionados no dia 30 de dezembro, com as ações ficando “ex” a partir de 31 de dezembro. O pagamento ainda não foi definido e, segundo a companhia, será feito até o fim do exercício social de 2020.

Duratex (DTEX3)

A Duratex informou ao mercado na noite de ontem que formará uma joint-venture com a empresa alemã Lenzing AG para a produção e comercialização de celulose solúvel. Em fato relevante, a empresa brasileira comunicou que serão investidos R$ 5,2 bilhões no projeto, que terá a capacidade anual de produção de 500 mil toneladas de celulose solúvel. A Duratex disse que as obras de infraestrutura já começaram, em um município na região do Triângulo Mineiro. A unidade industrial deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2022.

Ambev (ABEV3)

O Conselho de Administração da Ambev comunicou ontem, em fato relevante, que firmou contratos com instituições financeiras para operações de contratos de troca de resultados de fluxos financeiros futuros, os chamados “equity swap”. Segundo a Ambev, os contratos abrangem ações ordinárias da empresa no Brasil e os American Depositary Receipts (ADRs) negociados nos Estados Unidos. “A finalidade da operação é neutralizar os eventuais efeitos da oscilação das cotações das ações”, informou a Ambev. A empresa afirmou que a liquidação do “equity swap” ocorrerá em 18 meses, com o valor limite de R 1,5 bilhão.

Randon (RAPT4)

A Randon, fabricante de semirreboques, carretas, autopeças e implementos rodoviários, informou ontem ao mercado que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), uma das três maiores dos Estados Unidos, conferiu à empresa o rating corporativo brAA- na Escala Nacional Brasil.

“Esta é a primeira vez que a S&P atribui rating à Randon S.A”, comentou a companhia, sediada em Caxias do Sul (RS). A S&P também fez um relatório sobre a Randon, no qual afirma que a expectativa é que a Randon “continue a reportar sólido crescimento, em meio à crescente rentabilidade e geração de fluxo de caixa, resultando em uma gradual redução da alavancagem nos próximos anos”.

CCR (CCRO3)

A concessionária CCR comunicou que o Conselho de Administração da companhia elegeu ontem o engenheiro Waldo Edwin Pérez Leskovar para ocupar o cargo de diretor-financeiro e de relações com investidores, a partir de 6 de janeiro de 2020. Ele substituirá a Arthur Piotto Filho no cargo.

Além disso, a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) determinou que a concessionária CCR reduza o valor do pedágio em 5,26% em todas as praças na Via Dutra, trecho da BR-116 entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

Em comunicado, a CCR informou que a Nova Dutra, sua concessionária que opera a rodovia, “tomará todas as medidas legais cabíveis visando a reversão desta deliberação”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.