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Ações da Petrobras despencam com prejuízo de R$ 17 bi; qual a chance de recuperação?

Ações da Petrobras caem após prejuízo de R$ 17 bi; análise técnica aponta possíveis alvos

Rodrigo Paz

Ativos mencionados na matéria

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A Petrobras (PETR4) registrou um prejuízo líquido de R$ 17,04 bilhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro observado no mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi influenciado principalmente pela desvalorização cambial e maiores provisões operacionais, ambos sem impacto no caixa. No acumulado anual, o lucro líquido somou R$ 36,6 bilhões, representando uma queda de 70,6% em relação a 2023.

Apesar do prejuízo trimestral, a empresa aprovou a distribuição de R$ 9,1 bilhões em dividendos. Diante desse cenário, é crucial realizar uma análise técnica das ações da Petrobras para identificar tendências e oportunidades de investimento.

As ações da Petrobras (PETR4) enfrentaram uma forte queda na última sessão, recuando 3,53% e encerrando o pregão cotadas a R$ 36,61. O movimento pressionou o papel até a faixa de suporte em R$ 35,48, onde houve entrada de fluxo comprador, reduzindo parte das perdas do dia. A formação de um martelo no gráfico diário, com uma longa sombra inferior, indica interesse comprador nessa região, sugerindo uma possível reação no curto prazo.

Não perca a oportunidade!

Apesar da correção recente, PETR4 ainda mantém uma alta acumulada de 1,16% em 2025. No entanto, no mês de fevereiro, a ação já registra queda de 2,87%. O comportamento do papel nos próximos pregões será crucial para determinar se a tendência de alta será retomada ou se a pressão vendedora persistirá.

Para entender até onde o preço das ações da Petrobras podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica da Petrobras

A análise do gráfico diário mostra que PETR4 enfrentou um movimento de baixa após testar a resistência no topo histórico de R$ 38,66. Com a forte queda da última sessão, a ação passou a negociar abaixo das médias móveis, o que acendeu um sinal de alerta para a possibilidade de novas correções.

O suporte em R$ 35,48 foi testado, e a reação compradora nessa região impediu um movimento ainda mais intenso de queda. Além disso, a formação de um martelo com grande sombra inferior e volume expressivo sugere que há interesse comprador nessa faixa de preço.

Se o papel superar a máxima da última sessão, em R$ 36,74, poderá buscar o fechamento do gap e retomar a região das médias móveis, mirando inicialmente os níveis de R$ 37,40/R$ 37,65 e, posteriormente, o topo histórico em R$ 38,66. Caso esse movimento ganhe força, alvos mais longos podem ser projetados em R$ 39,55 e R$ 40,80.

Por outro lado, se PETR4 der sequência ao movimento de baixa e perder o suporte em R$ 35,48, poderá intensificar o fluxo vendedor, principalmente se também perder a média de 200 períodos, situada em R$ 35,00. Nesse caso, o papel poderá buscar suportes mais baixos, com alvos projetados em R$ 33,80/R$ 32,60 e, em um movimento mais acentuado, entre R$ 31,30 e R$ 30,90.

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O Índice de Força Relativa (IFR) está em 41,11, próximo da zona de sobrevenda, o que pode contribuir para um cenário de recuperação no curto prazo, caso haja entrada do fluxo comprador.

Fonte: RocketTrader. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Saiba mais:

Análise de médio prazo

No gráfico semanal, as ações da Petrobras seguem em tendência de alta no médio e longo prazo, renovando topos sucessivos ao longo dos últimos meses. O papel atingiu recentemente seu topo histórico em R$ 38,66, mas a forte baixa da última sessão levou a cotação a testar a região das médias móveis, o que pode representar um ponto de suporte relevante.

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Para que a tendência de alta seja retomada, será fundamental que o ativo volte a negociar acima das médias e supere o topo histórico. Caso isso ocorra, PETR4 poderá buscar novos patamares, com alvos projetados inicialmente em R$ 39,00/R$ 40,00 e, posteriormente, na região entre R$ 42,00 e R$ 43,50.

No entanto, se a ação perder as médias móveis e romper a linha de tendência de alta no gráfico semanal, a pressão vendedora poderá se intensificar. Nesse cenário, a perda do suporte em R$ 35,90 e R$ 35,50 poderia levar o papel a buscar níveis mais baixos, com alvos em R$ 32,60/R$ 30,90 e, em um movimento mais acentuado, entre R$ 28,90 e R$ 27,20.

Fonte: RocketTrader. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências da PETR4

Suportes:

  1. R$ 35,48 – Suporte imediato, testado na última sessão.
  2. R$ 35,00 – Média de 200 períodos; perda pode acionar mais vendas.
  3. R$ 33,80 – R$ 32,60 – Faixa de suporte mais abaixo, caso a pressão vendedora continue.
  4. R$ 31,30 – R$ 30,90 – Região de suporte mais forte no curto prazo.
  5. R$ 28,90 – R$ 27,20 – Suporte mais longo, caso o movimento de queda se intensifique.

Resistências:

  1. R$ 36,74 – Máxima da última sessão; rompimento pode sinalizar retomada.
  2. R$ 37,15 – Região importante para retomar tendência de alta.
  3. R$ 37,40 – R$ 37,65 – Região das médias móveis no curto prazo.
  4. R$ 38,66Topo histórico e principal barreira para novas máximas.
  5. R$ 39,00 – R$ 40,00 – Alvo caso o papel supere o topo histórico.
  6. R$ 42,00 – R$ 43,50 – Resistência mais longa, caso o papel engate forte movimento de alta.

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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