Ação da Mosaico (MOSI3) fecha com disparada de 97% e Mobly (MBLY3) salta quase 26% em estreia na B3

Mosaico levantou R$ 1,2 bilhão na oferta inicial de ações, enquanto Mobly movimentou R$ 812 milhões

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A sessão desta sexta-feira marcou a estreia de duas ações na B3: as da Mosaico (MOSI3) e as da Mobly (MBLY3). E o pregão foi movimentado, com disparada para os papéis das duas companhias.

A ação da Mosaico foi a que mais se destacou, fechando na máxima do dia, com alta de 96,97%, a R$ 39. O volume negociado no pregão foi de R$ 876,17 milhões. De acordo com dados da Economatica, a alta é de longe a melhor estreia para uma ação da bolsa desde 2011 pelo menos.

A Mobly, por mais que tenha registrado ganhos mais “modestos”, disparou 25,71%, a R$ 26,40, após ter chegado a saltar 34,71% (R$ 28,29) na máxima do dia. O volume negociado foi de R$ 332,16 milhões.

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A Mobly estreou na B3 com forte alta, que chegou a 34,71% logo nos primeiros negócios, a R$ 28,29. Posteriormente, a ação amenizou, mas ainda operando com ganhos de cerca de 20%. A ação da Mosaico, por sua vez, abriu depois, mas com ganhos ainda maiores, chegando a saltar cerca de 94%, a R$ 38,39, no intraday.

A plataforma digital Mosaico, dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro, precificou oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) a R$ 19,80 por papel na quarta-feira, no topo da faixa indicativa entre R$ 15,40 e R$ 19,80, movimentando R$ 1,2 bilhão.

A companhia se apresenta como a maior plataforma digital de conteúdo e originação de vendas para o comércio eletrônico no Brasil.

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A operação da companhia baseada no Rio de Janeiro consistiu na distribuição primária de 29.220.780 papéis, somando R$ 578,6 milhões; e distribuição secundária de 32.142.862 ações, no total de 636,4 milhões de reais, incluindo a colocação dos lotes adicional e suplementar.

A Mosaico afirmou que usará os recursos da oferta primária para a quitação de financiamento com o BTG Pactual, bem como ampliação da participação no mercado de comércio eletrônico. BTG Pactual, Itaú BBA, Goldman Sachs, XP Investimentos e JPMorgan foram os coordenadores da operação.

Nos nove meses até o final de setembro de 2020, a companhia teve receita líquida de R$ 160,7 milhões, com Ebitda de R$ 56,7 milhões e margem de 32,28%. O lucro líquido no período somou R$ 33,9 milhões, com margem de 21,06%.

Durante o evento do IPO, Thiago Flores, CEO da Mosaico, afirmou: “Este é um marco da história incrível da Mosaico. É o início de um ciclo e de grandes desafios, mas o que nos dá confiança e segurança é nossa cultura única”.

Gustavo Akamine, analista da Constância Investimentos, destaca que, dado que a companhia tem um enorme fluxo de clientes, a companhia quer rentabilizá-los e também planeja entrar no mercado de cashback, o que pode levar a um engajamento maior para a companhia também via disparo de ofertas.

O IPO da loja online de móveis Mobly, por sua vez, girou um total de R$ 812 milhões, uma vez que as ações foram precificadas em R$ 21,00, na parte de cima da faixa indicativa de preço, que ia de R$ 17,00 a R$ 23,50. A oferta era basicamente primária, com a distribuição de de 37.037.038 ações.

A Mobly se destaca como o aplicativo de comércio com maior número de downloads em Home & Living nas plataformas de downloads de aplicativos App Store e Google Play, com uma base de mais de 300 mil usuários ativos (considerados como usuários que acessaram o aplicativo nos últimos 30 dias) e uma base instalada de mais de 360 mil, com base em dados de 31 de outubro de 2020.

“Além disso, estamos entre os líderes varejistas de pure play em Home & Living, de acordo com a pesquisa Top of Mind publicada pela Ebit Nielsen em julho de 2020. Nosso foco principal é transformar a maneira como as pessoas realizam compras para suas casas, oferecendo, através de uma omnicanalidade completa, uma experiência de compra superior, com uma vasta oferta de produtos e o uso de tecnologia baseada em dados”, aponta a companhia.

A Mobly afirmou que pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta primária para (i) fortalecimento do capital de giro e estrutura financeira, vendor financing e estrutura de capital; (ii) investimento em marketing e publicidade (online e televisivo); e (iii) investimento em bens de capitais, incluindo a expansão de novas lojas físicas, centros de distribuições e desenvolvimento de tecnologia da informação interna.

Nos nove primeiros meses de 2020, o volume de vendas (GMV) da Mobly foi de R$ 560,2 milhões, 48% maior frente o  intervalo do ano anterior. A receita líquida teve alta 50%, a R$ 420,8 milhões. O prejuízo líquido ficou em R$ 16,6 milhões, 57% abaixo do prejuízo de R$ 38,8 milhões registrados nos nove primeiros meses de 2019.

A oferta foi coordenada por Morgan Stanley, Bradesco BBI, Itaú BBA e Goldman Sachs.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

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