Ações de siderúrgicas e de frigoríficos fecham em alta com China; Petrobras fecha estável apesar de alta do petróleo

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (15)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão desta terça-feira (15) caminhava para ser positiva para o Ibovespa, com o mercado brasileiro acompanhando o exterior. Contudo, a fala de Jair Bolsonaro desistindo do Renda Brasil e falando em “cartão vermelho” para quem sugerir congelar aposentadorias acabou aumentando a aversão ao risco do mercado. Paulo Guedes, ministro da Economia, por sua vez, disse que o “cartão vermelho” não era dirigido a ele e que veículos de comunicação fizeram ligação errada entre Renda Brasil e a proposta da equipe econômica, o que ajudou a amenizar os temores dos investidores. Ainda assim, o índice fechou próximo à estabilidade. 

Por outro lado, beneficiadas pelos dados positivos da China, as ações de empresas exportadoras, com atenção para siderúrgicas, foram os maiores destaques de alta do Ibovespa. O país divulgou um crescimento de 5,6% na produção industrial em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, acima da expectativa mediana dos economistas, que apontava para aumento de 5,1%. Já as vendas no varejo avançaram 0,5%, mostrando a primeira expansão do indicador no ano. A estimativa era de estabilidade no número do varejo.

Suzano (SUZB3, R$ 48,89, +6,01%), Gerdau (GGBR4, R$ 21,45, +5,77%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 9,62, +5,25%), BRF (BRFS3, R$ 21,61, +4,19%), JBS (JBSS3, R$ 24,10, +3,83%), Marfrig (MRFG3, R$ 17,11, +3,63%), Usiminas (USIM5, R$ 11,23, +3,50%), Klabin (KLBN11, R$ 25,50, +3,03%) e CSN (CSNA3, R$ 16,59, +2,41%) fecharam com ganhos.

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No radar das empresas de papel e celulose, os preços de celulose de fibra curta na China tiveram alta na semana (US$ 1,70 a tonelada), para US$ 444,12 a tonelada, o que já prenunciava ganhos para os papéis do setor.

A Vale (VALE3, R$ 62,60, +1,11%) teve alta, ainda que mais modesta, mesmo em uma sessão de queda do minério, com as margens de siderúrgicas chinesas pressionadas e com investidores avaliando se novas altas poderiam ser justificáveis após dados mostrarem que tanto a produção industrial como a de aço do país aceleraram em agosto. O minério de ferro à vista negociado em Qingdao com pureza de 62% teve queda de 1,5%, a US$ 128,55 a tonelada.

Ainda no radar, a Minerva (BEEF3, R$ 13,84, +4,30%) teve fortes ganhos após anunciar plano de vender fatia da subsidiária Athena Foods para uma sociedade de propósito específico listada na Nasdaq (SPAC) por US$ 200 milhões. Os papéis chegaram a subir 11%, amenizaram, mas ainda seguiram com os maiores ganhos do índice.

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A Petrobras (PETR3, R$ 21,87, +0,23%;PETR4, R$ 21,67, -0,05%), por sua vez, fechou próxima à estabilidade. Contudo, o petróleo fechou em alta no mercado internacional, antes do furacão Sally chegar à Costa do Golfo nos EUA. Mais de um quarto da produção de petróleo e gás norte-americana foi interrompida e portos fundamentais para as exportações do país foram fechados, à medida que a tempestade avança rumo ao oeste do Alabama, poupando algumas refinarias dos ventos mais fortes. O Brent fechou em alta de 2,3%, a US$ 40,53 o barril, enquanto o WTI subiu 2,7%, para US$ 38,28 o barril. Ambos os contratos haviam recuado na véspera.

Porém, o panorama da demanda por petróleo segue enfraquecido, limitando altas dos preços. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduziu a projeção para 2020 em 200 mil barris por dia (bpd), para 91,7 milhões de bpd, citando cautela sobre o ritmo de recuperação da economia.

No radar da companhia, a Petrobras anunciou uma redução nos seus planos de investimentos para o período de 2021 a 2025. Segundo a estatal, o investimento ficará entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.

Outro destaque é a notícia de que a Gol (GOLL4, R$ 20,86, -1,60%) poderá receber uma proposta de financiamento desenhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em conjunto com um sindicato de bancos privados, segundo o Estado de S. Paulo. A linha pode chegar a R$ 2 bilhões. A ação abriu em alta, mas fechou com perdas.

A Cogna (COGN3, R$ 5,80, -3,01%) viu suas ações caírem. A companhia teve a cobertura reiniciada pelo Bank of America com recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) e preço-alvo de R$ 7,30, enquanto Yduqs (YDUQ3, R$ 29,70, -1,36%) foi reiniciada como compra com preço-alvo de R$ 38, assim como Afya (que tem as ações listadas na Nasdaq. Anima (ANIM3, R$ 30,70, -2,14%) teve a cobertura reiniciada com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 35.

Também entre as maiores quedas, estiveram as ações da Eletrobras (ELET3, R$ 33,10, -3,70% ;ELET6, R$ 34,56, -2,43%), enquanto a Cielo (CIEL3, R$ 4,60, -3,16%) fecharam em baixa após a forte alta da véspera depois do acordo com o Bradesco.

Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
SUZB3 6.00607 48.89
GGBR4 5.76923 21.45
GOAU4 5.25164 9.62
BEEF3 4.2954 13.84
BRFS3 4.19479 21.61

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
ELET3 -3.69508 33.1
IRBR3 -3.26797 5.92
CIEL3 -3.15789 4.6
HGTX3 -3.11383 18.98
COGN3 -3.01003 5.8

Cogna (COGN3, R$ 5,80, -3,01%), Yduqs (YDUQ3, R$ 29,70, -1,36%) e Anima (ANIM3, R$ 30,70, -2,14%) 

O BofA retomou a cobertura de empresas brasileiras de educação com recomendação de compra para Afya e Yduqs, neutra para Anima e underperform para Cogna.

As empresas com maior exposição a cursos ‘premium’ e de medicina, crescimento rápido em EAD e balanço mais forte merecem prêmio. Os analistas citam a diversificação do portfólio e uma
receita mais resiliente e perfil de fluxo de caixa para Afya (com preço-alvo de US$ 32).

Para a Yduqs (preço-alvo de R$ 38), o BofA diz que sua exposição aos cursos de medicina e educação a distância deve ofuscar os desafios dos cursos presenciais e também menciona o potencial com a integração com Adtalem Brasil.

Já sobre a Anima (preço-alvo de R$ 35), os analistas destacam que a empresa colhe os frutos do seu plano de reestruturação, com margens em tendência de alta, mas a “estratégia bem executada” parece estar precificada.

Já as provisões mais elevadas e captação mais fraca nos próximos semestres levarão a Ebitda significativo e compressão de lucros para Cogna (preço-alvo de R$ 7,30) no curto prazo.

Petrobras (PETR3, R$ 21,87, +0,23%;PETR4, R$ 21,67, -0,05%)

Ontem à noite, a Petrobras informou que vai reduzir os investimentos previstos para o período de 2021 a 2025. Segundo a estatal, o investimento ficará entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. Anteriormente, a previsão era de investir US$ 64 bilhões. A revisão se deve ao efeito da desvalorização do real, à busca por otimizar investimentos e à revisão da carteira, considerando considerando otimizações, postergações e cancelamentos.

De acordo com a empresa, Búzios e os demais ativos do pré-sal passarão a ter uma importância ainda maior na carteira da companhia. Eles devem chegar a 71% do investimento total de E&P para 2021-2025, contra 59% previstos anteriormente.

Segundo comunicado, a revisão tem como pano de fundo a decisão de ampliar o foco em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas. A Petrobras está priorizando projetos com breakeven de preço de Brent de no máximo US$ 35/ barril e aderentes à estratégia da companhia.

De acordo com o Credit Suisse, o anúncio da Petrobras deve ser bem recebido pelo mercado, pois representará maior fluxo de caixa livre. Segundo o banco, o portfólio da Petrobras ficará menor e mais lucrativo, ganhando mais resiliência a preços mais baixos do petróleo. O orçamento da estatal prevê o preço do Brent a US$ 30, US$ 35 e US$ 40 por barril em 2021, 2022 e 2023, respectivamente.

Com isso, a Petrobras deve chegar à meta de dívida líquida de US$ 60 bilhões em 2022. “Isso é uma redução de US$ 31 bilhões na dívida bruta”, destacou o banco. De acordo com o Credit Suisse, cada US$ 5 a mais por barril de Brent em relação à estimativa da empresa adiciona US$ 2,5 billhões de Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE). “Com nossa estimativa de Brent a US$ 50 em 2021, prevemos FCFE de US$ 9,5 bilhões, mesmo antes desta revisão de Capex.”

Além disso, a Petrobras informou que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a mudança do nome de campo de Lula para campo Tupi, cumprindo decisão judicial de 7 de julho de 2020.

A estatal ainda informou que iniciou negociações com a SBM Offshore para contratação do afretamento de uma unidade flutuante de produção e armazenamento a ser instalada no campo de Búzios, na Bacia de Santos.

O chamado FPSO Almirante Tamandaré será o sexto sistema de produção do campo de Búzios, com entrada em produção prevista para o segundo semestre de 2024. “Será a maior unidade de produção de petróleo a operar no litoral brasileiro e uma das maiores do mundo, com capacidade de processamento diário de 225 mil barris de óleo e 12 milhões de m3 de gás”, destacou a companhia.

A contratação da SBM ocorrerá de forma direta, enquanto outras duas unidades a serem instaladas em Búzios, os FPSOs P-78 e P-79, serão alvo de licitação.

Braskem (BRKM5, R$ 22,30, +1,41%)

A Braskem comunicou que o total para novas medidas em Alagoas pode ser de R$ 3,3 bilhões – ou seja, um valor R$ 300 milhões acima do que esperado anteriormente.

Os novos estudos sobre impactos de curto e longo prazos de evento geológico em Alagoas serão submetidos a autoridades, segundo comunicado da Braskem.

Para implementação de potenciais novas medidas referentes ao evento geológico, a empresa estima aproximadamente o valor de R$ 3,3 bilhões. O valor é adicional ao anteriormente provisionado pela empresa.

O montante inclui cerca de R$ 300 milhões para incluir cerca de 800 imóveis no Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação.

Vale (VALE3, R$ 62,60, +1,11%)

O Bradesco BBI reiterou a recomendação outperform (desempenho acima da média) para a Vale, com preço-alvo de US$ 17 para os ADRs (na prática, papéis de empresas brasileiras negociadas na bolsa americana) da companhia na NYSE. Segundo o banco, a meta de produção de 310 milhões de toneladas para 2020 deve ser atingida. A previsão para 2021 é de 350 milhões de toneladas, caminhando para 400 milhões de toneladas no longo prazo.

De acordo com o BBI, a demanda por minério de ferro deve continuar aquecida, principalmente na China. Pode haver uma correção no preço do insumo no quarto trimestre de 2020, mas o preço deve seguir perto de US$ 100 por tonelada. Em relatório, o banco disse que as ações da Vale operam a um múltiplo de 4,4 vezes EV (Valor da empresa)/Ebitda em 2021, um desconto de 30% em relação às concorrentes australianas.

O Santander, por sua vez, reiniciou a cobertura para as ações da Vale com recomendação de compra.

Minerva (BEEF3, R$ 13,84, +4,30%)

A Minerva está estudando a venda de 25% da subsidiária Athena Foods para uma sociedade de propósito específico listada na Nasdaq (SPAC) por US$ 200 milhões. De acordo com a empresa, a operação poderia fortalecer a estrutura de capital da Athena Foods, além de oferecer uma oportunidade adicional de crescimento.

Segundo a Minerva, a SAPC tem US$ 200 milhões em caixa para financiar aquisições, mas pretende fazer uma oferta privada para obter mais US$ 100 milhões. A Athena Foods tem operações na Colômbia, Paraguai, Argentina e Uruguai, e exporta carne bovina in natura e subprodutos do abate.

“Ser listada na NASDAQ poderia ajudar Athena a fortalecer sua liderança global na produção e exportação de carne bovina, e continuar gerando crescimento e valor para todos os seus stakeholders”, destacou. A Minerva tentará completar sua análise estratégica nas próximas semanas.

Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, a entrada do caixa reduzirá a alavancagem da Minerva de 2,6 vezes atuais para cerca de 2,1 vezes. Além disso há ainda o bônus de subscrição a ser exercido do fundo soberano da Arábia Saudita, Salic (que detém 25% da Minerva), de R$ 400 milhões, reduzindo ainda mais a alavancagem para cerca de 1,8 vezes, abrindo espaço para distribuição de dividendos mais robustos.

Lembrando que a política de dividendos da Minerva prevê o aumento do percentual do lucro líquido do ano distribuído de 25% para 50%, caso a empresa feche o ano com endividamento líquido abaixo de 2,5 vezes a sua geração de caixa operacional bruta (Ebitda) do ano.

JBS (JBSS3, R$ 24,10, +3,83%)

A JBS anunciou resgate de US$ 450 milhões em Notas Sêniores com cupom de 5,875% e vencimento em 2024 emitidas pela JBS USA Food Company, JBS USA Lux. e JBS USA Finance, em conjunto (Notas 2024).

Segundo a empresa, o preço de resgate das Notas 2024 será igual à 101,958% do montante principal adicionado de juros acruados e não pagos até, porém excluindo, a data de resgate. O resgate das Notas 2024 deverá acontecer em 14 de outubro de 2020. Segundo a empresa, o resgate reduzirá as despesas anuais com juros em US$ 26,4 milhões.

Gol (GOLL4, R$ 20,86, -1,60%)

Depois da Azul, a Gol poderá receber uma proposta de financiamento desenhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em conjunto com um sindicato de bancos privados, segundo o Estado de S.paulo. A linha pode chegar a R$ 2 bilhões.

Desse total, 60% serão garantidos pelo banco de fomento, 10% pelas instituições financeiras privadas e os 30% restantes serão captados em uma oferta pública junto a investidores. Inicialmente, a previsão era de que o socorro chegasse a R$ 3 bilhões por empresa.

Oi (OIBR3, R$ 1,81, -2,16%;OIBR4, R$ 2,77, -2,12%)

Depois de aprovar a mudança do seu plano de recuperação judicial, a Oi está se preparando para entrar no leilão de 5G com um novo sócio. Segundo o jornal O Globo, a empresa pretende criar um marketplace para a venda de produtos e serviços digitais.

Neste ambiente será possível comprar até empréstimos e serviços de segurança residencial, de acordo com o jornal. A lista tem como base o investimento em fibra óptica. Por isso, a Oi deve participar do leilão de 5G, previsto para 2021.

Hapvida (HAPV3, R$ 66,05, +0,05%)

A superintendência-geral do Cade recomendou ao tribunal da autarquia a rejeição da aquisição da operadora de planos de saúde Plamed Plano de Assistência Médica pela Hapvida, segundo publicação no Diário Oficial.

Em dezembro passado, a Hapvida adquiriu 100% da carteira de contratos de cobertura de serviços de saúde celebrados pela Plamed, com sede em Sergipe e operações também na Bahia e no Alagoas.

Em parecer no website do órgão antitruste, a superintendência-geral do Cade determinou que as empresas atuam em nicho específico, o que torna mais provável o exercício de poder de mercado.

A autarquia ainda cita “impossibilidade de adoção de remédio” e “alta probabilidade de decréscimo no nível de rivalidade efetiva atualmente existente”.

AES Tietê (TIET11, R$ 14,76, -0,07%)

A AES Tietê, da norte-americana AES, recebeu aprovação sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a compra de parques eólicos de empresas do grupo J. Malucelli. A autorização para a transação foi publicada no Diário Oficial da União, após o órgão antitruste avaliar que o negócio não gera prejuízos ao ambiente concorrencial no setor de energia renovável.

A AES Tietê anunciou no início de agosto a assinatura de contrato para comprar a participação total da J. Malucelli em três parques eólicos no Rio Grande do Norte, em transação de até R$ 650 milhões.

Linx (LINX3, R$ 36,16, +0,17%), Totvs (TOTS3, R$ 29,00, +0,52%) e Stone

A empresa de pagamentos Stone abriu uma nova frente de esforços na disputa pela Linx. Segundo o Valor Econômico, a empresa começa começa a apontar os riscos de concentração no mercado de software para o varejo caso a empresa vá parar nas mãos da Totvs, que fez uma proposta rival.

De acordo com o jornal, a Stone encomendou pareceres a três economistas especializados em questões concorrenciais, e todos concluem que haverá aumento significativo da concentração nos segmentos em que Linx e Totvs atuam se houver combinação de forças entre elas.

B2W (BTOW3, R$ 99,90, -0,57%)

A B2W informou que foram subscritas 34.782.609 ações ordinárias, ao preço de R$ 115 por ação, somando R$ 4 bilhões, no âmbito do seu aumento de capital. O prazo para subscrição das sobras se encerrou em 8 de setembro.

Durante o rateio de sobras, foram subscritas 5.590.813 ações ordinárias. Restaram 1.577.780 sobras adicionais, que foram alocadas na proporção de 0,0587898344090 novas ações para cada ação subscrita durante o direito de preferência e o rateio de sobras.

Klabin (KLBN11, R$ 25,50, +3,03%)

O Credit Suisse elevou o preço-alvo para Klabin de R$ 21,5 para R$ 26,5 por ação e manteve a recomendação neutra para a empresa. De acordo com o Credit, a ação está operando com o múltiplo de 9 vezes EV (Valor da empresa)/Ebitda em 2021, enquanto a média histórica é de 8 a 8,5 vezes. O aumento do preço-alvo se deve principalmente aos menores custos de produção.

O banco está cauteloso sobre o papel porque os investimentos no projeto Puma II devem causar geração de fluxo de caixa livre negativa em 2021 e 2022, além de pressionar a alavancagem. Em relatório, o banco afirmou que incorporou os resultados do segundo trimestre a seu modelo e reduziu a previsão de capex em 8% em 2020 para R$ 4,8 bilhões.

Em uma conferência, a Klabin disse que a demanda por embalagens de alimentos aumentou durante a pandemia. A empresa também notou muitos entrantes no e-commerce, que depois estimularam a demanda por embalagens de papel. A empresa acredita que parte desta demanda deve voltar ao normal, mas até certo ponto a pandemia deve resultar em mudanças estruturais positivas na demanda, principalmente no e-commerce. Além disso, a Klabin espera o início da operação de Puma II em junho ou julho de 2021. A previsão anterior era maio de 2021.

Banrisul (BRSR6, R$ 12,74, -0,39%)

O Banrisul anunciou um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) que pode chegar a 1,5 mil empregados, com preferência para os aposentados pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) ou aptos para se aposentar.

Os 1500 funcionários representam 15% da base de funcionários e, se simularmos o gasto com despesas de pessoas de 2019, haverá uma redução de aproximadamente R$ 300 milhões na folha.

“Caso aprovado o acordo, vemos como positivo para a companhia dado o potencial ganho de eficiência. Lembramos que o Banrisul é o banco com o maior índice de eficiência entre os incumbentes (negativo), o que acreditamos ser espaço para melhorias tais como a anunciada”, afirma a XP Investimentos.

JSL (JSLG3, R$ 30,80, -3,54%)

A Simpar informou que os titulares de ações da JSLG3 receberão, em substituição a cada ação detida, uma ação SIMH3, a qual passará a ser negociada na B3 a partir de 18 de setembro de 2020. Dessa forma, as ações sob o código JSLG3 deixarão de ser negociadas na B3.

CR2 (CRDE3, R$ 22,49, -0,04%)

O Itaú Unibanco (ITUB4) vendeu toda a sua participação acionária na CR2 Empreendimentos Imobiliários. A operação incluiu a venda de 475.611 ações ordinárias, equivalentes a 19,64% do capital social da companhia.

A empresa disse que o Itaú cedeu para a Total Log Planejamento e Participações créditos de sua titularidade, que estão garantidos por 605.373 ações ordinárias da companhia, representativas de 24,99% do seu capital social.

Rumo (RAIL3, R$ 21,29, -0,93%)

As subsidiárias da Rumo – Malha Paulista e Rumo Malha Central – vão antecipar o pagamento de parcelas de outorga devidas pelas concessões ferroviárias que somam R$ 5,1 bilhões.

A Malha Paulista vai quitar 70 parcelas trimestrais, sendo a primeira com vencimento em 05 de dezembro de 2020 e a última em 05 de março de 2028, totalizando R$ 2,823 bilhões. Já a Rumo Malha Central vai liquidar antecipadamente 59 parcelas, com vencimentos entre 05 de novembro de 2020 e 05 de maio de 2035, equivalentes a R$ 2,276 bilhões.

Santos Brasil (STBP3, R$ 5,11, -1,54%)

A Santos Brasil Participações vai fazer uma oferta pública de distribuição primária de 192.680.000 ações ordinárias, com esforços restritos de colocação. Segundo a empresa, os recursos serão usados para participar de novos arrendamentos de ativos portuários, além de verticalizar e integrar a cadeia logística portuária a partir da plataforma da Santos Brasil Logística(SBLog). A empresa também pretende ampliar e consolidar a participação na movimentação brasileira de contêineres.

Bradesco (BBDC4, R$ 20,48, -1,06%) e Cielo (CIEL3, R$ 4,60, -3,16%)

Ontem, o Bradesco comunicou ao mercado a chegada do BITZ Serviços Financeiros, uma nova empresa focada no mercado de carteiras digitais e contas de pagamento para clientes PF e MEIs. A plataforma possibilitará aos clientes: i) armazenar dinheiro; ii) realizar pagamentos, recebimentos e outras transferências (QR code inclusive); iii) recarga de celular; iv) compras online; e v) será integrado ao PIX.

Conforme destaca a XP Investimentos, o nível de competição no mercado de carteiras digitais vem aumentando e a entrada do Bradesco intensifica esse movimento, pois o banco oferece uma ampla rede de distribuição,  e a maior adquirente como prestadora de serviço.

“Já em relação a Cielo, vemos a reação do mercado como exagerada, uma vez que a ação da adquirente subiu 7% no pregão de ontem devido à exclusividade como prestadora de serviços e de tecnologia ao Bitz via POS da adquirente (e deve receber 1,99% no débito e 4,99% no crédito para tal). Nossa opinião se baseia em: i) baixa visibilidade dos volumes que podem ser entregues pela plataforma; ii) sem contrato de exclusividade; e iii) o PIX, que deveria ser um dos principais motivos para a criação da plataforma, não deve cobrar tarifas”, avalia a XP Investimentos.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.