Ações da Minerva (BEEF3) saltam na reta final do pregão e fecham em alta de 14,65% com notícia sobre possível fechamento de capital

A transação se daria para aproveitar o desconto implícito que os acionistas enxergam numa empresa que vem gerando caixa regularmente

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As ações da Minerva Foods (BEEF3) tiveram um final de sessão bastante atípico nesta quarta-feira (11). No leilão de fechamento, os papéis saltaram, fechando com disparada de 14,65%, a R$ 9,94.

O movimento aconteceu após a coluna Pipeline, do Valor Econômico, apurar que os controladores da companhia  começaram a discutir a possibilidade fechar o capital da companhia.

A transação se daria para aproveitar o desconto implícito que os acionistas enxergam numa empresa que vem gerando caixa regularmente.

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O assunto ainda não teria chegado ao conselho de administração da Minerva, mas já entrou na pauta do comitê prévio dos controladores, afirma a publicação.

Por meio de um acordo de acionistas, a VDQ — holding da família Vilela de Queiroz — e a gestora saudita Salic controlam a Minerva com 51% do capital.

Segundo uma análise obtida pela reportagem, a operação poderia custar cerca de R$ 3 bilhões. Levando em conta esses cálculos, os controladores da Minerva chamariam uma oferta pública de aquisição (OPA) de fechamento de capital a R$ 12 por ação. Isso, em relação ao fechamento de terça-feira, de R$ 8,67, representaria um valor 38,4% acima e 14,6% além do fechamento desta quarta-feira. Em 2019, antes da pandemia, as ações chegaram a valer mais de R$ 14, 61,5% além do fechamento da véspera.

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Antes de comprar fatia na BRF (BRFS3), a Marfrig (MRFG3) chegou a sinalizar à VDQ com uma oferta de R$ 11, destaca a publicação.

Com a OPA, também são comprados os papéis dos acionistas minoritários, levando o ofertante a assegurar maior fatia na empresa. O preço justo, pelo qual os ativos serão comprados pelo ofertante, deve ser feito por meio de laudo de avaliação da companhia, feito por uma empresa com experiência na área.

Edison Ticle, diretor financeiro da Minerva, se posicionou sobre o tema em nota ao Pipeline, ao ser procurado pela coluna. “Não comentamos rumores. Estamos sempre atentos a oportunidades de gerar valor, especialmente através de arbitragens de mercado. Claramente há uma grande oportunidade nas ações da Minerva em função de superficialidade e miopia do mercado acerca dos resultados da empresa, e obviamente isso pode despertar nossa criatividade em procurar estruturas mais sofisticadas e pouco usuais de extrair valor dessa assimetria”, disse.

Ele ainda destacou: “Estamos sempre olhando tudo, atentos a todos os cenários possíveis, mas hoje não há absolutamente nada concreto a ser compartilhado.”

Na noite de quarta-feira, a companhia esclareceu em comunicado que não há nenhum ato ou fato relevante passível de divulgação e que poderia justificar as oscilações na cotação e no volume de negociação das ações de sua emissão.

“A companhia ressalta, contudo, ter tomado conhecimento de notícia veiculada na mídia nesta data sobre supostas discussões envolvendo seu possível fechamento de capital, podendo esses rumores ter contribuído para afetar as negociações e dado ensejo às oscilações verificadas. Nesse contexto, a companhia reforça que não há qualquer informação passível de divulgação sobre o assunto objeto dos rumores e que não pretende fechar o seu capital“, afirmou.

A Minerva divulgou seu resultado do segundo trimestre de 2021 na última segunda-feira (9), registrando um  lucro líquido de R$ 116,7 milhões, queda de 54% ante o mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia atingiu R$ 544,9 milhões no período, recuo de 7,7% no mesmo comparativo. Já a receita líquida da empresa atingiu R$ 6,28 bilhões no segundo trimestre, alta de 42,9% no ano a ano.

Analistas de mercado destacaram que, apesar dos fortes números apresentados, a Minerva não conseguiu manter as margens nos níveis vistos no segundo trimestre do ano passado. Desta vez, elas foram penalizadas pelo custo mais elevado do gado, especialmente em território brasileiro. Confira a análise clicando aqui. 

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