Ação da WEG está voltando ao radar dos investidores e pode ser “porto seguro” para 2022, avalia Credit Suisse

Analistas ressaltam resiliência da empresa e exposição ao mercado internacional

Mitchel Diniz

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SÃO PAULO – A ação da fabricante de equipamentos elétricos WEG (WEGE3) está voltando ao radar dos investidores com potencial de crescimento na casa dos dois dígitos, aponta relatório do Credit Suisse.

Os analistas Daniel Gasparete e Pedro Hajnal destacam a resiliência da empresa, avaliando que a WEG é uma ação de qualidade com exposição ao mercado internacional e que pode ser um porto seguro para 2022. “Acreditamos que a deterioração do ambientes macro e políticos locais criaram a necessidade de que os investidores busquem produtos de nomes de alta qualidade com exposição a mercados internacionais”, apontam os analistas.

O relatório destaca que mais da metade das receitas da empresa (55%) vem de fora do Brasil e a correlação das ações da companhia com o Ibovespa é pequena. O Credit Suisse tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a ação, com preço-alvo de R$ 46 para doze meses. Isso representa uma valorização de 17,3% em relação ao fechamento da ação na última sexta-feira, de R$ 39,19.

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As ações da WEG mais que dobraram de preço no ano passado, acumulando alta de 119% no período. Depois disso, observa o Credit Suisse, a empresa ficou de fora do radar dos investidores com a percepção de que o papel tinha ficado caro. “Uma empresa com preço sobre lucro de 40 vezes não é fácil de digerir”, diz o relatório. Mas os analistas calculam que a empresa deve crescer em torno de 15% nos próximos anos e também acreditam em bons índices de retorno sobre capital investido (ROIC).

Entre 2018 e 2021, o ROIC da WEG cresceu 13 pontos percentuais, para 30%. Esse é o principal ponto de atenção dos investidores, segundo o Credit Suisse. “Em conversa com investidores, percebemos que a maioria sente que esse indicador deve se manter entre 20% e 25%”, diz o relatório.

Ainda segundo o Credit Suisse, os investidores estão mais confortáveis com o atual valor de mercado da empresa e compreenderam os vetores de crescimento da companhia. “Se os resultados não desapontarem no curto prazo, o que não acreditamos ser o caso, a WEG deve continuar sendo sendo negociada a múltiplos altos”, afirmam os analistas.

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O Credit Suisse também destacou a exposição da empresa a ativos de energias renováveis, o que, segundo os analistas, pode ser uma proteção para a empresa no caso de um eventual racionamento de energia no Brasil.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados