Ação da Via Varejo sobe 2,5% e Magalu cai 1%; PetroRio dispara 6% após comprar fatia de campo da Petrobras

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (29)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Enquanto o Ibovespa teve uma sessão de leve queda, a Fleury (FLRY3) viu suas ações registrarem alta cerca de 2% após a a compra de 100% do Inlab (Investigação Laboratorial Ltda.) por R$ 90 milhões.

Enquanto isso, em meio à Black Friday, as companhias varejistas chamaram atenção, com os principais papéis envolvidos em alta, enquanto o Magazine Luiza (MGLU3) fechou com queda de quase 2%. A empresa teve alguns problemas nesta sexta com instabilidade em seu sistema e esteve na lista das companhias que mais tiveram reclamações no Reclame Aqui.

Enquanto isso, o Burger King (BKBR3) subiu pouco mais de 1% chamando atenção para sua campanha de seis lanches por R$ 15, que viralizou na internet em meio à problemas no sistema do Mercado Pago, meio que era preciso usar para participar da promoção. Já a B2W (BTOW3) fechou com ganhos de mais de 2%.

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Já os papéis da Via Varejo (VVAR3) ficaram com a maior alta do dia, subindo 2,5%. Os ativos tiveram a recomendação elevada pelo Citi para equivalente à compra. “A Via Varejo progrediu em várias frentes, incluindo integração de estoques online e offline, logística, relacionamento com fornecedores, além de estabilizar as operações online”, afirma o banco. De acordo com o analista Tobias Stingelin, há riscos, mas as operações estão melhorando.

Enquanto isso, os ativos de frigoríficos viraram e fecharam em queda, em meio à continuidade de alta dos preços de carnes. Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) caíram cerca de 0,7%. Segundo Tereza Cristina, ministra da Agricultura, o preço da arroba do boi gordo, que em São Paulo teve aumento real de 35% em um mês, não vai mais retornar ao patamar anterior.

Já a PetroRio (PRIO3) subiu forte após realizar a compra de 30% da concessão de Frade, localizada na Bacia de Campos, litoral norte do estado do Rio de Janeiro, por US$ 100 milhões. Atualmente, a PetroRio, por meio de suas subsidiárias, detém os 70% restantes da concessão de Frade. Confira os destaques desta sexta-feira (29):

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Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras selecionou Sinopec, da China, Mubadala, de Abu Dhabi, e Ultrapar e Raizen do Brasil, para a segunda rodada de venda de refinarias, segundo informaram fontes à Reuters. Ultrapar, Raizen e Mubadala não comentaram; Petrobras e Sinopec não comentaram imediatamente à agência.

A Petrobras anunciou a venda à PetroRio (PRIO3) de 30% da concessão de Frade, localizada na Bacia de Campos, litoral norte do estado do Rio de Janeiro, por US$ 100 milhões. Atualmente, a PetroRio, por meio de suas subsidiárias, detém os 70% restantes da concessão de Frade.

A transação incluiu também a venda da totalidade da participação detida pela Petrobras Frade Inversiones S.A. (PFISA), subsidiária da Petrobras, na empresa Frade BV, que detém a propriedade dos ativos offshore, utilizados no desenvolvimento da produção do campo de Frade.

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O valor da venda de US$ 100 milhões será pago em duas parcelas: US$ 7,5 milhões na assinatura do contrato; e US$ 92,5 milhões no fechamento da transação, sujeito aos ajustes devidos. Além disso, há o montante de US$ 20 milhões contingente à uma potencial nova descoberta no campo.

GPA (PCAR4)

O GPA informou que o Conselho de Administração autorizou a convocação de Assembleia Geral Extraordinária e Assembleia Geral Especial de acionistas detentores de ações preferenciais para deliberar acerca da migração da Companhia ao segmento de listagem Novo Mercado da B3.

“Como etapa necessária à migração, a administração propôs a conversão das ações preferenciais da companhia em ações ordinárias na proporção de uma ação ordinária para uma ação preferencial”, afirmou. A assembleia será no dia 30 de dezembro, às 10h.

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Usiminas (USIM5)

A Usiminas informou que o conselho de administração aprovou o adiamento por 12 meses da reforma do Alto Forno 3 da Usina de Ipatinga (MG). “Dessa forma, o AF3 continuará operando normalmente até meados de 2022, quando a reforma será efetivada”, escreveu.

Iguatemi (IGTA3)

A Iguatemi Empresa de Shopping Centers comunicou o exercício do direito de preferência para aquisição de 20% do Praia de Belas Shopping Center, em Porto Alegre/RS, e 15% do Shopping Center Esplanada, em Sorocaba/SP.

As participações são detidas por um mesmo sócio e o preço da operação foi de R$ 260,1 milhões, sendo 8% de sinal (já pagos), 42% a serem pagos mediante assinatura das escrituras de promessa de compra e venda e 50% a serem pagos após 180 dias do pagamento da parcela anterior, corrigidos a 120% do CDI.

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Com a conclusão desta operação, a Iguatemi passa a deter participação majoritária em ambos os ativos, sendo 57,55% no PBSC e 52,99% no SCESP.

Para o Itaú BBA, o negócio é “um pouco positivo”, uma vez que ressalta o potencial da Iguatemi de crescer por meio da aquisição de participação em shoppings próprios. A taxa de limite de entrada de 6,4% parece um pouco esticada (6,3% para PBSC e 6,6% para SCESP), embora observemos que aquisições recentes foram realizadas em múltiplos semelhantes e o fato de que ainda deve haver alguma vantagem sobre esses ativos decorrentes de revisões em alta em aluguéis e reduções de desconto à frente.

Fleury (FLRY3)

O Fleury anunciou na véspera a compra de 100% do Inlab (Investigação Laboratorial Ltda.) por R$ 90 milhões. O Inlab atua em análises clínicas por meio de 21 unidades de atendimento e uma área técnica na região metropolitana de São Luís, Estado do Maranhão.

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Segundo a empresa, a receita bruta estimada do Inlab, nos últimos 12 meses findos em setembro de 2019, atingiu R$ 39,9 milhões. Com a aquisição, o Fleury entra no Maranhão, o quarto estado no Nordeste que o grupo tem operação. Ele também está presente em São Paulo, Rio, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Leia também: Fleury compra Inlab por R$ 90 milhões e expande negócio para o Maranhão

“A aquisição do Inlab reflete a estratégia do Fleury de expandir sua capilaridade nacional de forma orgânica e inorgânica. Nos últimos três anos, inauguramos 54 novas unidades de atendimento”, afirmou a diretora executiva de negócios do grupo, Jeane Tsutsui.

Em relatório, o Itaú BBA avalia a notícia como neutra. “Dado o tamanho limitado da transação (1,4% da receita líquida do Fleury em nove meses de 2019), esperamos uma reação neutra do mercado”, destacou.

Para o Itaú BBA, em meio aos desafios atuais dos provedores de assistência médica em buscar a expansão orgânica, dados os processos de acreditação ainda restritivos, as fusões e aquisições tornaram-se novamente uma importante alavanca para o crescimento.

Telefônica Brasil (VIVT4)

Após vender suas operações na América Central, a Telefónica, controladora da Vivo, iniciou a sua maior reestruturação ao fazer a cisão de seus ativos na América Latina, mantendo o Brasil, e reunindo em unidades independentes os negócios da Argentina, Chile, Peru, Colômbia, México, Equador, Uruguai e Venezuela. A intenção é a venda ou achar um parceiro, inclusive com uma possível listagem em bolsa.

A Telefônica Brasil fez a venda de 1.909 torres para a Telxius Torres Brasil, controlada indireta da Telefónica S.A., pelo valor total de R$ 641 milhões. “A Transação assegura ainda a continuidade da prestação do serviço móvel pessoal (SMP), na medida em que também compreende a locação de espaço nestas infraestruturas, bem como estabelece condições para a ampliação do espaço alugado”, diz a empresa.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil aprovou distribuir R$ 502,3 milhões em JCP relativos ao quarto trimestre de 2019. Os JCPs serão pagos em 30 de dezembro tendo como base a posição acionária de 11 de dezembro.

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú Unibanco aprovou a declaração de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 0,037560 por ação. O montante será pago até 30 de abril com base na posição acionária do dia 12 de dezembro. Após retenção de IR na fonte, o valor, em juros líquidos, será de de R$ 0,031926 por ação.

Bancos

Depois de travar os juros do cheque especial em 8% ao mês (o equivalente a 150% ao ano), a equipe econômica mira agora as operações com cartão de crédito, segundo o Estadão. Uma das distorções apontadas pelo Banco Central (BC) – e que o governo quer atacar – é a possibilidade de parcelar as compras no cartão de crédito sem juros.

Já o Valor traz que o BC colocou em consulta pública projeto que obriga as instituições financeiras, a pedido dos clientes, a fornecer dados aos concorrentes, inclusive “fintechs”. Conhecido no exterior como “open banking”, o modelo, ao facilitar o acesso às informações, estimulará a competição entre os bancos, o que deve resultar na queda dos juros cobrados na ponta.

Frigoríficos

O presidente Jair Bolsonaro comentou durante live no Facebook o aumento do preço da carne bovina no país. Segundo ele, houve aumento da demanda por exportação e os preços internos subiram, mas deverão se estabilizar nos próximos meses.
“Pessoal está reclamando do preço da carne, com razão. Subiu [o preço]. A nossa andança pelo mundo, o mundo começou a comprar mais da gente, começa a vender mais, tem menos para botar na prateleira, infelizmente isso acontece, mas conversei isso hoje com a ministra Tereza Crisitina, ela acha que em três ou quatro meses volta à normalidade”, afirmou.
O presidente ainda negou tomar qualquer medida para interferir no preço do produto. “Não posso querer tabelar o preço da carne. não posso fazer isso aí, não vou fazer. Nossa política é de mercado aberto”.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.