Ações da Renner caem 1,5%, Iguatemi sobe 5% e mais reações a balanços; Ultrapar fecha com salto de 21% na semana

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (6)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana foi mais curta por conta do feriado de Dia dos Finados na segunda-feira (2), mas foi de forte alta para o Ibovespa (+7,42%) com os investidores à espera do desfecho para as eleições dos Estados Unidos, com o democrata Joe Biden na dianteira da disputa contra o republicano Donald Trump.

Durante a semana, o grande destaque ficou para a Ultrapar (UGPA3, R$ 19,94, +0,96%), que subiu 21,73% no período, na esteira de bons resultados divulgados no terceiro trimestre. Na sequência, estiveram os ativos da EcoRodovias (ECOR3, R$ 11,84, +2,96%), com ganhos na semana de 18,52%  (veja as análises clicando aqui).

Dentre as 77 ações do índice, apenas uma teve variação negativa e, assim, bem pequena: a Suzano (SUZB3, R$ 49,90, -2,73%), com baixa de apenas 0,30% nas últimas quatro sessões. O desempenho abaixo ocorre em meio à forte queda do dólar, de cerca de 6,01%. Com baixa de 2,74% nesta sexta, a moeda americana fechou cotada a R$ 5,391 na compra e a R$ 5,393 na venda, menor valor de fechamento desde 18 de setembro (R$ 5,377).

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Na sessão desta sexta-feira, as ações de Hypera (HYPE3, R$ 31,52, +6,02%), Braskem (BRKM5, R$ 24,20, +5,40%), Iguatemi (IGTA3, R$ 33,98, +5,10%), PetroRio (PRIO3, R$ 34,00, +5,10%) e IRB (IRBR3, R$ 6,55, +4,97%) subiram entre 5% e 6%. A Iguatemi divulgou os seus números do terceiro trimestre.

A ação da Lojas Renner (LREN3, R$ 41,90, -1,53%) chegou a cair 5,85% na mínima do dia, mas diminuiu as perdas e fechou em queda de cerca de 1,5%. A Renner informou na noite da véspera prejuízo líquido de R$ 82,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 186,7 milhões no mesmo período do ano anterior.

Entre outros destaques de balanços, estão os papéis de Wiz (WIZS3, R$ 10,20, +10,15%) e JHSF (JHSF3, R$ 7,52, +4,16%), com alta após o resultado.

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Por outro lado, após abrirem em alta, os papéis da CSN (CSNA3, R$ 20,77, -1%) fecharam em baixa.

Confira os destaques:

Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 65,69, +0,37%)

O Pão de Açúcar anunciou nesta quinta-feira que venceu processo no qual pedia exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS e da Cofins.

“Com o trânsito em julgado da decisão, a companhia teve reconhecido o direito de reaver, mediante compensação dos valores já recebidos, o valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão”, afirmou o GPA.

A companhia explicou que para aproveitar o crédito, o valor tem que ser validado pela Receita Federal. Depois disso, o GPA prevê monetizar os créditos em até cinco anos.

Lojas Renner (LREN3, R$ 41,90, -1,53%)

A pandemia de coronavírus continuou prejudicando a varejista Renner no terceiro trimestre deste ano. A companhia registrou prejuízo de R$ 82,9 milhões no período, ante um lucro de R$ 186,7 milhões visto entre julho e setembro de 2019.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total ajustado, que inclui as operações de varejo e produtos financeiros, ficou negativo em R$ 38,2 milhões. Um ano antes, a cifra foi positiva em R$ 354,8 milhões.

“Fomos assertivos ao investirmos fortemente no e-commerce e em diversas iniciativas no canal online. Nossos negócios digitais continuam crescendo 3 dígitos e tivemos 5,5 milhões de downloads do app Renner no trimestre, o que significa um aumento de 273% sobre o ano anterior”, destacou a varejista.

“Tudo isso, ao mesmo tempo em que as lojas, abertas em sua totalidade, avançam em direção à nossas metas, já próximas da normalidade e do orçamento inicialmente previsto para os trimestres”, completou.

A receita líquida das vendas de mercadorias recuou 14,5% na comparação anual, para R$ 1,65 bilhão. No critério de mesma base de lojas, as vendas da empresa caíram 17,2% sobre o terceiro trimestre de 2019. A margem bruta caiu 6,6 pontos percentuais, para 47,7%.

Já as receitas com operações financeiras da Renner, líquidas dos custos de funding e de impostos, recuaram 53,8%, para R$ 132,5 milhões.

O prejuízo com o fechamento temporário das lojas físicas foi aliviado em partes pelo salto de 200% das vendas por canais digitais, cuja participação no total subiu de 5% para 16%.

A empresa destacou no balanço que reduziu o volume de investimento e ajustou as despesas operacionais, que somaram R$ 653,9 milhões entre julho e setembro deste ano, queda de 3,5% na comparação com o mesmo período de 2019.

O Credit Suisse avalia que os resultados da Lojas Renner estão em linha com o esperado pelo mercado e indicam que a empresa está gradualmente melhorando seus números. Mesmo assim, afirma que “não está confortável com a perspectiva para 2021” para a empresa. O banco manteve a recomendação neutra e o preço-alvo em R$ 48.

O Bradesco BBI afirma que o lucro Ebitda da Lojas Renner está um pouco abaixo de suas estimativas, mas avalia que o balanço deu indicações positivas sobre o quarto trimestre, com crescimento em setembro nas vendas nas mesmas lojas, nível estável de clientes, chegada de novas coleções, e perspectiva de voltar a nível de vendas e rentabilidade próximo ao normal no período. O banco avalia que a Renner navegou bem durante a pandemia e que há “luz no fim do túnel”, especialmente com a aceleração do comércio online. O Bradesco BBI manteve a avaliação como neutra, com preço-alvo de R$ 46, frente aos R$ 42,55 de fechamento da véspera.

Iguatemi (IGTA3, R$ 33,98, +5,10%)

A rede Iguatemi, dona de 14 shoppings e 2 outlets, teve um lucro líquido de R$ 61,566 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 29,2% em relação ao mesmo período de 2019. Assim como outras redes, a Iguatemi sofreu com a perda de receita devido aos descontos concedidos aos lojistas pelas restrições no funcionamento durante a pandemia, combinados com menor arrecadação de estacionamentos. Os fatores levaram a uma menor diluição dos custos e deterioração nas margens de lucro.

O Ebitda  somou R$ 134,069 milhões, baixa de 20,4% na mesma base de comparação. A margem Ebitda recuou 18,8 pontos porcentuais, para 73,6%.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) atingiu R$ 98,075 milhões, retração de 17,5%. A margem FFO encolheu 11,3 pontos porcentuais, para 53,8% .

A receita líquida totalizou R$ 182,131 milhões, recuo de apenas 0,1%. Já a receita bruta (sem os efeitos da linearização, prática contábil que dilui os descontos nos aluguéis ao longo dos períodos de vigência dos contratos) foi a R$ 179,263 milhões, queda de 14,4%.

A Iguatemi teve a capacidade de funcionamento afetada pelas restrições nos horários de abertura dos shoppings e no fluxo de visitantes. Essa capacidade estava em 33% em julho e subiu para 69% em setembro, após a flexibilização das medidas de controle.

Por conta disso, as vendas totais no terceiro trimestre de 2020 caíram 45,2% em relação ao mesmo período de 2019, para R$ 1,8 bilhão. Há, entretanto, uma trajetória de recuperação acompanhando o tempo maior de funcionamento. Se considerado apenas o mês de setembro, essa baixa já diminuiu para 23%.

JHSF (JHSF3, R$ 7,52, +4,16%)

A JHSF Participações, dona do shopping Cidade Jardim e dos restaurantes Fasano, entre outros negócios de luxo, obteve lucro líquido de R$ 176 milhões no terceiro trimestre de 2020. O montante é 87,4% maior do que no mesmo intervalo de 2019, de acordo com balanço publicado há pouco.

O Ebitda ajustado somou R$ 229 milhões, aumento de 232,5%. A margem cresceu 27 pontos porcentuais, para 64,4%. O Ebitda ajustado desconsidera despesas e receitas não recorrentes ou sem efeito no caixa. A receita líquida totalizou R$ 355,8 milhões, crescimento de 92,9%.

As despesas operacionais foram a R$ 58,4 milhões, aumento de 437,3%. O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 22,3 milhões, 9,2% menor.

O salto nos resultados do grupo foi puxado pela divisão de incorporação imobiliária, que registrou Ebitda ajustado de R$ 227,5 milhões, crescimento de 405,5%. Isso porque as vendas de imóveis no trimestre aumentaram 192,5% com a venda de estoques da Fazenda Boa Vista, do lançamento Fasano Cidade Jardim e do pré-lançamento do Boa Vista Village.

BK Brasil (BKBR3, R$ 10,68, +2,59%)

O Burger King Brasil anunciou prejuízo de R$ 105,9 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 5,4 milhões no mesmo período do ano anterior.  A empresa também anunciou que estuda realizar oferta primária de ações.

A receita operacional líquida da rede de restaurantes caiu 27,8% e totalizou R$ 522,3 milhões.
As vendas digitais totalizaram 22,7% da receita no trimestre, equivalente a R$ 136,3 milhões. Já o valor das vendas em mesmas lojas caiu 27,3% entre o terceiro trimestre de 2020 e o de 2019.

O Ebitda ajustado foi de R$ 11,4 milhões negativos, frente R$ 115 milhões positivos no mesmo período de 2019.  A companhia somava 900 restaurantes ao fim do terceiro trimestre, contabilizando a marca Burger King, com 857, e a Popeye’s, com 43. Nove lojas fecharam.

O Morgan Stanley avaliou que os resultados do Burger King no Brasil apresentam fortes sinais de recuperação. O banco tem recomendação, contudo, equalweight para as ações, com preço-alvo de R$ 14, frente os R$ 10,41 de fechamento da última quinta-feira.

Engie Brasil (EGIE3, R$ 43,28, -0,05%)

A elétrica Engie Brasil anunciou lucro líquido de R$ 490 milhões no terceiro trimestre. O Ebitda recuou 9,4%, para R$ 1,43 bilhão, informou a Engie. Já a receita de vendas aumentou para R$ 3,2 bilhões, ante cerca de R$ 2,5 bilhões.

A participação de 32,5% na Transportadora Associada de Gás (TAG) resultou em contribuição de R$ 102,3 milhões no Ebitda do trimestre, via equivalência patrimonial. A alavancagem -medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda- ficou em 2 vezes, estável em relação a 2019.

Quanto aos investimentos, a projeção é fechar 2020 com R$ 4,46 bilhões, majoritariamente financiados por meio de dívida. Para 2021, há R$ 2,8 bilhões entre orçamentos e aportes, seguidos por R$ 241 milhões previstos para 2022.

O Itaú BBA afirmou que o Ebitda ajustado da Engie Brasil está em linha com suas expectativas. A receita líquida veio, no entanto, abaixo das estimativas do banco para o trimestre, devido à alta da inflação, que teve um impacto sobre os gastos da empresa com correção monetária de passivos de concessões. O banco manteve avaliação como outperform, com preço-alvo de R$ 49, frente os R$ 43,30 do fechamento da véspera.

O Credit Suisse afirmou que o Ebitda da Engie foi 2,5% menor do que o antecipado pelo banco, devido a vendas menores do que o esperado no mercado. O banco manteve a recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 51,90.

Tenda (TEND3, R$ 30,79, +2,29%)

A Tenda, anunciou lucro líquido de R$ 70,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 75% frente o mesmo período de 2020. Os resultados são impulsionados pelas vendas recordes, após retomada de obras paralisadas.

A receita líquida subiu 24,4%, para R$ 654 milhões, frente R$ 526 milhões em 2019. O Ebitda ficou em R$ 105 milhões, alta de 46%. A geração de caixa foi de R$ 81 milhões, alta de 45,1%. O valor geral de vendas fechou o trimestre em R$ 626 milhões, e o banco de terrenos subiu 9,5%, com um valor geral de vendas de R$ 10,80 bilhões.

Houve 17 lançamentos, totalizando R$ 984,2 milhões em valor geral de vendas, alta de 56,2%. Foram entregues 2.000 unidades, queda de 13,5%. A dívida total caiu a R$ 1,153 bilhão.

O Itaú BBA classificou os resultados da Tenda como sólidos. As margens e os resultados foram mais fortes do que o esperado, superando as expectativas do banco. O Itaú classificou as ações como outperform, com preço-alvo de R$ 40,2, frente aos R$ 30,10 de fechamento da véspera.

O Credit Suisse afirmou que a Tenda tem apresentado performance “muito boa”, mas dá sinais de pressão em suas margens. O banco manteve avaliação da Tenda como neutra, com preço-alvo de R$ 37.

Wiz (WIZS3, R$ 10,20, +10,15%)

A Wiz informou lucro líquido de R$ 81 milhões no terceiro trimestre, alta de 30% frente o mesmo período do ano anterior. A receita líquida subiu 41%, a R$ 282 milhões. O Ebitda ficou em R$ 132 milhões, alta de 29,4%. A margem Ebitda foi de 53,6%, frente 52,7% no mesmo período de 2019.

Hermes Pardini (PARD3, R$ 22,55, -1,96%)

A Hermes Pardini anunciou lucro líquido de R$ 60,4 milhões no terceiro trimestre, alta de 39,1% na comparação com o mesmo período de 2019. É o recorde histórico da companhia. A receita líquida de prestação de serviços foi de R$ 448,5 milhões, frente R$ 345,8 milhões no mesmo período de 2019. O Ebitda subiu 32,5%, a R$ 115,7 milhões.

O volume de exames cresceu 13,2%, a R$ 28,8 milhões, outro recorde da empresa. O ticket médio aumentou 14.,4%, impulsionado pelos exames realizados por conta da covid. Foram processados mais de 827 mil exames da doença no trimestre.

O Morgan Stanley afirmou que os resultados da receita da Hermes Pardini superam suas estimativas em 4%. O volume de exames supera em 15% suas estimativas. Mas os preços ficam 11% abaixo.
O banco afirmou que o Ebitda foi 5% acima de suas estimativas, e 11% acima do consenso do mercado. O Morgan Stanley manteve a recomendação para a ação da empresa em equal-weight, com preço-alvo da ação mem R$ 26,50, frente os R$ 23 atuais.

Linx (LINX3, R$ 37,00, +0,71%), Totvs (TOTS3, R$ 31,07, +1,90%) e Stone

A consultoria de aconselhamento de investidores Institutional Shareholder Services recomendou que os acionistas da Linx votem contra a aquisição da empresa pela StoneCo, enquanto a Glass Lewis é favorável ao negócio, segundo notas aos investidores.

A divergência na recomendação acontece a menos de duas semanas de assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas da Linx para votar sobre o acordo.

Em paralelo, um acionista da Linx entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliárois (CVM) pedindo o adiamento da assembleia de Linx, que está prevista para 17 de novembro, de acordo com fonte a par do processo.

A StoneCo e a fabricante de software Totvs travam desde agosto uma disputa pela Linx. A ISS disse que a Linx não apresentou uma razão estratégica para justificar o negócio, acrescentando que o anúncio da transação ocorreu quando as ações da empresa tinham mais de 20% de queda no ano.

“A oferta não representa um prêmio aos preços anteriores ao Covid-19 e parece estar na faixa que as ações eram negociadas em 2019”, escreveu a ISS. A StoneCo ofereceu um prêmio de 34,9% sobre o preço dos papéis antes do anúncio da aquisição.

Por outro lado, a Glass Lewis recomenda que os acionistas aceitem o acordo com a StoneCo. “O acordo com a StoneCo oferece os mais certeiros e atrativos termos depois de um processo competitivo e altamente publico de venda”, disse a consultoria.

A Glass Lewis acrescentou que a oferta da Totvs tem um valor menor e ainda oferece mais riscos de conclusão. Mesmo assim, a consultoria diz que a Linx deveria manter conversas com a Totvs caso o negócio com a StoneCo não siga adiante.

Azul (AZUL4, R$ 25,93, +1,29%)

A Azul divulgou na quinta-feira resultados preliminares de outubro. O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) aumentou 41% ante setembro. A capacidade (ASKs), por sua vez, registrou alta de 42,6% ante setembro, resultando em uma taxa de ocupação de 79,3% – queda de 0,9 pontos porcentuais ante setembro.

Frente a outubro do ano passado, o tráfego da companhia aérea registrou queda de 45,2%, enquanto a capacidade encolheu 41,8%, resultando em um declínio de 4,9 pontos porcentuais na taxa de ocupação.

Na comparação mensal, o tráfego de passageiros doméstico aumentou 41,3% ante setembro, frente a um acréscimo de 41,3% também na capacidade, resultando em uma taxa de ocupação de 80,7%, mesma taxa apurada em setembro. Ante outubro do ano passado, o tráfego doméstico registrou queda 36,1%, com a capacidade recuando 33,5%, resultado em uma queda de 3,2 pontos porcentuais na taxa de ocupação.

Já no segmento internacional, em outubro o tráfego de passageiros cresceu 38% ante setembro, enquanto a capacidade aumentou 57,5%. Com isso, a taxa de ocupação do segmento ficou em 65,3%, indicando retração de 9,3 pontos porcentuais. Em relação a outubro do ano passado, o tráfego internacional da Azul apresentou queda de 80,3%. A capacidade nesta base de comparação recuou 74,3%, com queda de 20,1 pontos porcentuais na taxa de ocupação.

Em comunicado ao mercado, o presidente da companhia aérea, John Rodgerson, afirma que “a recuperação da demanda doméstica no Brasil continua sendo uma das mais rápidas do mundo. Estamos vendo uma forte demanda por nossos voos domésticos e permanecemos fiéis à nossa estratégia de malha. Nós estamos otimistas com a evolução da retomada nos próximos meses”, disse.

AES Tietê (TIET11, R$ 15,67, +1,49%)

A AES Tietê afirmou que pretende pagar R$ 65 milhões em dividendos a acionistas.

A empresa divulgou lucro 47,3% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2019, para R$ 51,1 milhões. A empresa afirma que a queda foi influenciada pela entrada em operação de ativos solares e atualização monetária de R$ 101 milhões do passivo dos riscos hidrológicos.

O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 184,7 milhões. As despesas somaram R$ 76,4 milhões, frente R$ 77 milhões em 2019.

O Ebitda foi de R$ 311,7 milhões, alta de 22,3% frente o mesmo período de 2019. A margem Ebitda atingiu 61,2% no terceiro trimestre, alta de 11,3 pontos percentuais. A empresa atribui o desempenho ao incremento da margem líquida consolidada em todos os ativos da companhia, que agregou R$ 56,2 milhões.

A receita líquida foi de R$ 509,4 milhões, recuo de 0,3% na comparação ano a ano.
A empresa investiu R$ 305 milhões, 56% a menos do que o investido no mesmo período de 2019. O valor foi principalmente para expansão, modernização e manutenção. A empresa espera ainda investir R$ 1,4 bilhão no período de 2020 a 2024.

A dívida líquida da companhia em setembro era de R$ 2,8 bilhões, 4,8% menor do que no mesmo período do ano anterior.

O Credit Suisse afirmou que avalia os resultados operacionais como fortes, com Ebitda 42,9% superior a sua estimativa, e 14,8% acima do consenso, devido principalmente a bons custos e maior geração das fazendas solares e eólicas.

A receita ajustada foi 5,1% superior à expectativa do Credit Suisse, e os custos totais caíram 22,4%, menos do que a expectativa do banco, de queda de 24%.

O banco manteve a recomendação da empresa como neutra, com preço-alvo de R$ 16,80, frente os R$ 15,41 de fechamento da véspera.

Valid (VLID3, R$ 8,89, +6,85%)

A certificadora digital Valid reportou prejuízo de R$ 2,4 milhões no terceiro trimestre de 2020, revertendo lucro líquido de R$ 31,7 milhões no mesmo período do ano anterior.

O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 33,1 milhões, frente despesa líquida de R$ 16,3 milhões no terceiro trimestre de 2019. As despesas somaram R$ 28,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 47,1% na comparação ano a ano.

A receita líquida foi de R$ 522,1 milhões no período, 8,2% abaixo do mesmo período do ano anterior. A empresa afirma que o desempenho foi afetado pela queda de 27% na divisão de identificação.

O lucro bruto total foi de R$ 109,3 milhões no terceiro trimestre.

O lucro Ebitda foi de R$ 74,5 milhões, queda de 23,7%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A margem Ebtida foi de 14,3%, baixa de 2,9 pontos.

O Bradesco BBI afirmou que a receita de R$ 522,1 milhões é ligeiramente menor que o consenso da expectativa do mercado, de R$ 529 milhões. O banco avalia que os resultados são positivos, e espera elevação nos próximos trimestres, com o clima de negócios melhorando. Mesmo assim, a melhora não é boa o suficiente para alterar a “visão conservadora” do banco sobre a Valid. O Bradesco BBI mantém a recomendação da empresa como neutra, com preço-alvo de R$ 22, frente os atuais R$ 8,32.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,49, -0,65%)

O Bradesco BBI afirmou que incorporou os dados do terceiro trimestre em seus modelos sobre o Banco do Brasil, reiterando a expectativa de recuperação gradual de ganhos. As estimativas para lucro líquido foram ajustadas em 4% para 2020, a R$ 13,854 bilhões. E em 1% para 2021, para R$ 16,183 bilhões. O Bradesco BBI avalia que o Banco do Brasil tem perspectiva de obter menos ganhos no curto prazo.

Assim, lucro líquido e lucrabilidade devem demorar alguns anos antes de voltar ao nível pré-crise. Outros bancos devem chegar a este patamar em menos de um ano, afirma o Bradesco, que também avalia que o BB é mais exposto a taxas sobre receitas do que outros bancos. Assim, o Bradesco BBI manteve a avaliação do Banco do Brasil como neutra, com preço-alvo de R$ 47, frente os atuais R$ 30,69 do fechamento da véspera.

Usiminas (USIM5, R$ 11,48, +0,88%)

Em comunicado ao mercado, a Usiminas reafirmou a normalidade da sua produção e vendas no mês de outubro. A empresa diz que “reforça seu compromisso com a geração de resultados sustentáveis e seus esforços para atendimento da demanda de seus clientes locais”.

De acordo com a siderúrgica, a produção total de aços laminados foi de 370,5 mil toneladas, maior volume produzido desde março, marca 3,3% acima da média vista no primeiro trimestre deste ano e 9,4% maior do que a média de 2019. O volume total de vendas do seu segmento de siderurgia em outubro foi de 366,3 mil toneladas, também o maior volume desde março de 2020, sendo 4,9% acima da média do primeiro trimestre e 7,1% superior à média de 2019.

Ainda em outubro, o volume de vendas para o mercado interno foi de 354,4 mil toneladas, o que representou 97% do total, e a maior marca desde março de 2020, 17,8% acima da média do primeiro trimestre e 15,6% superior à média de 2019. Já o mercado externo representou 11,8 mil toneladas de vendas (3%), destinadas principalmente para cadeias produtivas no exterior relacionadas a clientes nacionais.

(Com Reuters e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.