9 ações desabam mais de 6% no Ibovespa; bancos são afetados por relatório do Credit

Confira a atualização dos principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa cai nesta terça-feira (13), em pregão que marca a volta do feriado nacional. O índice interrompe um rali de 9 pregões seguidos em alta e 12% de ganhos, pressionado pela forte queda das blue chips. Investidores avaliam dados fracos da balança comercial chinesa, enquanto, no cenário local, concentram-se no tema do impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Às 11h18 (horário de Brasília), 9 ações do Ibovespa afundavam mais de 6%, com destaque para Petrobras, Vale e bancos. No setor financeiro, um relatório do Credit Suisse trazia apreensão aos investidores após ter rebaixado recomendações de todos os grandes bancos listados na Bolsa. 

Do outro lado, as exportadoras subiam com a alta do dólar depois de dias de respiro. Hoje, a moeda subia mais de 1% e puxava as ações das empresas de papel e celulose Fibria e Suzano, além da companhia de alimentos JBS e Marfrig. O setor elétrico também avançava nesta sessão. 

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Confira a atualização dos principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira:

11h18: Vale (VALE3, R$ 19,23, -7,50%; VALE5, R$ 15,36, -5,54%)
As ações da Vale e Bradespar (BRAP4, R$ 8,75, -7,51%), holding que detém participação na mineradora, afundam após decepção dos mercados globais com os dados da balança comercial chinesa, que mostraram queda de 20% nas importações do país em setembro. Contribui para o movimento também a queda do preço do minério de ferro na China, que recuou 2,89% no porto de Qingdao, a US$ 54,97 a tonelada. Essa é a primeira queda das ações da Vale em 10 dias.  

11h15: Petrobras (PETR3, R$ 10,01, -6,54%; PETR4, R$ 8,30, -5,68%)
As ações da Petrobras afundam, dando sequência ao forte movimento negativo dos ADRs (American Depositary Receipts) da véspera, lembrando que a Bovespa estava fechada por conta do feriado. Essa é a maior queda das ações da estatal em mais de um mês, após seis dias de alta. A ação preferencial da companhia chegou a cair 7,5% na mínima do dia. No radar, o Barclays rebaixou a recomendação dos ADRs da companhia de overweight (exposição acima da média) para equalweight (exposição em linha com a média), reduzindo o preço-alvo dos papéis ordinários para US$ 6,50, ante US$ 11,00.

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No noticiário de hoje, a Petrobras negocia vender cerca de 25% da BR Distribuidora, segundo informações da Folha de S. Paulo. 

Além disso, de acordo com o jornal O Globo, a petrolífera investiu US$ 66 milhões para explorar poço seco em um campo de petróleo no Benin. A operação está na origem do pagamento de propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria recebido depósitos que somam 1,3 milhão de francos suíços, o equivalente a R$ 5,1 milhões, do lobista João Augusto Rezende Henriques no mesmo mês em que foi selada a decisão do investimento. 

10h59: Exportadoras
As ações de empresas voltadas à exportação se “salvam” na Bolsa hoje, em dia de forte correção do mercado, em meio à alta de mais de 1% do dólar. Entre os maiores ganhos do índice, as ações das empresas de papel e celulose Fibria (FIBR3, R$ 52,37, +1,79%) e Suzano (SUZB5, R$ 17,40, +3,45%), assim como os frigoríficos JBS (JBSS3, R$ 15,47, +3,13%) e Marfrig (MRFG3, R$ 6,72, +0,90%).

10h53: Gol (GOLL4, R$ 4,07, -7,95%)
As ações da Gol figuram como a maior queda do Ibovespa, dando continuidade à queda dos ADRs na véspera, quando o mercado brasileiro estava fechado. Os papéis recuam em dia de alta do dólar, que afeta a companhia dado que seus custos e endividamento são atrelados à moeda americana.   

10h40: CCR (CCRO3, R$ 12,67, -0,24%)
CCR teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo Santander, citando “forte momentum” para as ações e agora razoável valuation. O preço-alvo para 2016 foi revisado de R$ 15,00 para R$ 14,00. Segundo os analistas do banco, a forte queda das ações (de 36% desde setembro de 2014) gerou uma oportunidade de compra para as ações. Eles consideram ainda a consistente e forte remuneração aos acionistas, com dividend yield (dividendos/ação) entre 6% a 9% estimado para 2016 e 2017. 

Na mesma linha, o Citi reiniciou hoje cobertura das ações da CCR com recomendação de compra, mas cortou o preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 16,00. 

Ainda sobre a CCR, o grupo CCR Barcas quer devolver ao governo do estado a concessão de seis linhas que opera, alegando desequilíbrio econômico-financeiro no contrato e falta de interesse estratégico no negócio, segundo informações do jornal O Globo.

10h28: Bancos
As ações dos grandes bancos Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,18, -7,19%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,03, -5,14%), Itaúsa (ITSA4, R$ 7,61, -5,23%), Bradesco (BBDC3, R$ 25,24, -5,18%; BBDC4, R$ 22,62, -5,71%) e Santander (SANB11, R$ 14,86, -4,13%) afundam hoje após corte de recomendação do Credit Suisse. O Banrisul (BRSR6, R$ 5,81, -7,19%), que teve sua recomendação mantida, também cai forte hoje.  

As recomendações das ações do Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Itaúsa passaram de neutra para underperform (desempenho abaixo da média). Já o Banrisul foi mantido com recomendação neutra. O banco cita que o custo de capital está acima do ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido), o que tira a atratividade de investir em ações brasileiras. 

10h27: Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 55,98, -4,80%)
As ações do Pão de Açúcar caem forte após dados operacionais do terceiro trimestre. Após os números, o JPMorgan cortou a recomendação das ações de neutra para underweight (exposição abaixo da média), assim como o preço-alvo, que passou de R$ 84,00 para R$ 65,00 por ação. 

A receita líquida total do Pão de Açúcar somou R$ 16,1 bilhões no período, com destaque para o crescimento de 7,3% no segmento Alimentar, desempenho acima do setor, impulsionado pelo forte desempenho do Assaí, recuperação dos hipermercados e resiliência das demais bandeiras de alimentos, reforçando a importância de estratégia multiformato, comentaram os analistas da XP Investimentos. No conceito “mesmas lojas”, o segmento alimentar cresceu 3,3%, patamar superior ao segundo trimestre (1,8%) e primeiro semestre (2,7%). 

Apesar da forte queda do ativo, a XP segue cética com o segmento de supermercados. O Grupo Pão de Açúcar não tem conseguido repassar a inflação no conceito “mesmas lojas”, demonstrando que mesmo o segmento alimentar vem passando por uma desaceleração forte. “Aliado a isso, segue em forte queda as vendas da Via Varejo (VVAR11), como já acreditávamos que iria ocorrer, com restrição ao crédito e economia em recessão”, comentaram os analistas.

10h20: Ambev (ABEV3, R$ 19,57, -1,11%)
A SABMiller aceitou uma proposta de aquisição após a Anheuser-Busch Inbev, controladora da Ambev (ABEV3), oferecer um pacote em dinheiro e ações cujo valor atual é de 69 bilhões de libras (US$ 106 bilhões). O acordo para criar uma cervejaria que fabricaria quase um terço da cerveja mundial ficaria entre as cinco maiores fusões na história corporativa e seria a maior aquisição de uma companhia britânica.

 Depois de repetidas recusas de sua rival mais próxima em tamanho, a AB InBev disse nesta terça-feira que está disposta a pagar 44 libras em dinheiro por ação da SABMiller, com uma alternativa parcial em ações com desconto e limitada a 41 por cento das ações da SABMiller. A SABMiller disse que indicou à AB InBev que seu Conselho estaria preparado para aceitar a oferta e que pediu uma extensão de duas semanas do prazo estabelecido para que sua rival anuncie uma intenção firme de fazer a oferta. O novo prazo é 28 de outubro. 

10h17: PDG Realty (PDGR3, R$ 2,61, -7,45%)
A PDG Realty informou que vai adiar a amortização e pagamento da remuneração das debêntures previsto de 10 de outubro para 10 de novembro.