76% dos investidores de Bitcoin ainda estão no lucro, mesmo com a queda recente, aponta levantamento

Segundo a Glassnode, maior parte das vendas realizadas recentemente foi de investidores novatos, que entraram em pânico com a derrocada

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Mesmo com uma queda bem forte do Bitcoin nas últimas semanas, na casa de 50% em relação ao pico de US$ 64 mil atingido em abril, a maioria dos investidores se manteve com lucro, segundo um relatório publicado pela ferramenta de análise de blockchain Glassnode.

Documento divulgado na última segunda-feira (24) apontou que 76% dos detentores de criptomoedas seguiam com ganhos mesmo após o Bitcoin cair para casa de US$ 31 mil. Desde então, a moeda digital seguiu com uma recuperação e nesta quarta opera na casa de US$ 39 mil.

Pouco antes do início da derrocada dos preços, no início deste mês, a porcentagem de investidores com lucro no mercado estava acima de 90%

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Segundo a Glassnode, o movimento negativo dos criptoativos foi gerado por um “banho de FUD”, citando uma sigla que em inglês se refere a “Medo, Incerteza e Dúvida”, por conta de rumores negativos, impulsionados pelas notícias de que a China estava tomando medidas contra a mineração e negociação de moedas digitais.

Pelo relatório, em duas semanas, o Bitcoin caiu mais de 47%, de uma máxima de US$ 59.463 até um mínima de US$ 31.327 no período. O recuo de US$ 28.136, em números absolutos, se tornou o pior da história da criptomoeda, deixando para trás quedas como as de janeiro e fevereiro de 2018, novembro do mesmo ano e de março de 2020.

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A Glassnode aponta que, basicamente, existem três “tipos” de investidores na ponta vendedora do Bitcoin: os que estão no prejuízo (que, em geral, compraram a menos de 4 meses); os que estão no lucro e realizam os ganhos; e mineradores, que precisam vender suas moedas para cobrir os custos, ou, mais recentemente, por conta das regulações chinesas.

Diante disso, a plataforma afirma que “não há dúvida de que uma grande parte das vendas recentes foram impulsionadas por detentores de curto prazo, aqueles que possuem moedas compradas nos últimos 6 meses”. Ou seja, o investidor novato entrou em pânico com a queda e vendeu tentando evitar um prejuízo ainda pior.

Por outro lado, os dados mostram que os investidores “mais antigos”, que compraram criptos em um horizonte de um a três anos, não entraram em pânico e mantiveram os bitcoins, ajudando, inclusive, a evitar uma queda maior.

“Os detentores de moedas com idades entre 1 e 3 anos estavam, na verdade, vendendo seus ativos muito mais cedo, provavelmente girando o capital para capturar o desempenho acima do preço do Ethereum na época”, complementa a Glassnode.

O Ethereum começou um rali expressivo nos últimos meses, deixando os ganhos do Bitcoin para trás após realizar atualizações em sua rede que deve melhorar seu sistema e utilização. Nos preços desta quarta, o Bitcoin acumula alta de cerca de 34% em 2021, enquanto o Ethereum sobe 283%.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.