Magazine Luiza aprova desdobramento de ações na proporção de 1 para 8

As ações serão negociadas ex-desdobramento a partir de 6 de agosto de 2019 (inclusive)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Magazine Luiza (MGLU3) aprovou em Assembleia Geral Extraordinária o desdobramento de suas ações na proporção de 1 para 8, “sem modificação do capital social”.

Após o desdobramento, o capital social do Magazine Luiza permanecerá no montante de R$ 1.770.911.472,00, dividido em 1.524.731.712 de ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. 

“O desdobramento será operacionalizado e efetivado pela administração da companhia preservando todos os direitos dos acionistas”, informou a companhia.

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As ações serão negociadas ex-desdobramento a partir de 6 de agosto de 2019 (inclusive).

A realização da operação de desdobramento tem como objetivo tornar o patamar de preços para os papéis mais acessível aos investidores e, consequentemente, aumentando também a liquidez das ações. 

Essa mudança de preço não significa que haverá qualquer perda para o acionista da empresa, uma vez que ele terá um número oito vezes maior de ações, de maneira a manter o mesmo capital investido que possuía antes da operação. 

Os papéis do Magalu fecharam a sessão desta quarta-feira cotados a R$ 263,72. Se o desdobramento valesse a partir do próximo pregão, os ativos começariam a sessão cotados a R$ 32,96. 

Virada na bolsa em menos de 4 anos

Vale destacar que, desde 14 de dezembro de 2015, quando a companhia enfrentou uma série de dificuldades pela combinação de um ambiente econômico bastante ruim e alto endividamento, até a sessão desta sexta, os papéis já dispararam 27.370% na bolsa.

A virada da companhia ocorreu justamente entre o fim de 2015 e o começo de 2016, quando Frederico Trajano passa a acumular os papéis de Diretor Executivo (CEO) e presidente do grupo, aumentando seu nível de influência nos negócios da empresa. Dentre as mudanças, foram cortados gastos desnecessários e houve um maior foco nas operações digitais, resultando em uma melhor posição de caixa e aumento das vendas da empresa. 

Vale destacar que a varejista foi a vencedora do ranking Melhores Empresas da Bolsa, realizado pelo InfoMoney em parceria com Ibmec, uma das principais escolas de negócios do país, e a empresa de informações financeiras Economatica (conheça as demais vencedoras e a metodologia completa). 

Assim, atualmente, a varejista enfrenta uma situação bem diferente da observada 4 anos atrás. Por sinal, em setembro de 2015, a companhia realizou um grupamento de ações da ordem de oito para um e, agora, a situação é inversa. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.