5 erros ao abrir uma franquia

No ano passado, o setor faturou R$ 103 bilhões, o que representa um crescimento de 16,2% frente a 2011

Karla Santana Mamona

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SÃO PAULO – As franquias caíram no gosto dos brasileiros. Segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), somente no ano passado, o setor faturou R$ 103 bilhões, o que representa um crescimento de 16,2% frente a 2011.

A expansão do setor no Brasil pode ser explicado por uma soma de fatores como crescimento da classe C no País, o grande desejo dos brasileiros em ter um negócio próprio, a facilidade de crédito para empreender e principalmente o suporte oferecido ao franqueado pelo franqueador.

Outra vantagem é que há franquias em diversos segmentos, como alimentação, vestuário, educação, hotelaria, entretenimento e de diversos preços. O valor do investimento varia de acordo com a marca, existem franquias que custam cerca de R$ 5 mil e aquelas que ultrapassam R$ 1 milhão.

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Mas abrir uma franquia não é garantia de sucesso. Segundo o sócio da Planning & Management, consultoria especializada em gestão e estudos de tendências econômicas para o varejo, Haroldo Monteiro, os interessados em abrir uma franquia devem analisar alguns fatores, que muitas vezes podem passar despercebido.

5 erros
Pensando nisso, ele listou os cinco principais erros ao abrir uma franquia. Confira: 

Não ter identificação com a marca: se você acha que para empreender em uma franquia basta ter uma boa franqueadora você está errado. Apesar de existir uma “receita de bolo” é importante que o empresário tenha uma identificação com a marca.“ O negócio existe dedicação. Nessa dedicação, se não existe uma identificação com certeza ele não terá uma boa performance.”

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Não fazer um estudo sobre a franqueadora: apesar das marcas muitas vezes apresentarem números atraentes para quem deseja se tornar um franqueado, cabe ao interessado fazer um estudo sobre a empresa. O especialista aconselha que os futuros empresários converse com outros franqueados, avalia a quantidade de unidades franqueadas e analise qual apoio que a franquia oferece aos franqueados.

Não ter capacidade de gestão: apesar do franqueado ter alguns padrões para seguir, a parte administrativa é por conta dele, por isso é fundamental que ele tenha capacidade de gestão. Monteiro explica que a franqueadora não dá suporte na questão de recursos humanos e na gestão da capital. “A parte de motivação de equipe, por exemplo, é por conta do franqueado.”

Ao comprar uma franquia não existe risco: acreditar nisso é um dos principais erros dos interessados em ter uma franquia. Monteiro explica que existe um risco, mas é menor de quem abre um negócio com uma marca nova no mercado. “Na realidade, abrir uma franquia tem risco sim.” O risco, segundo ele, está relacionado ao ponto comercial, a cidade, e até mesmo ao bairro.

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Ter somente o capital necessário: ter somente o capital exigido para abrir a franquia é um risco grande que se corre. Nos primeiros meses do negócio, o franqueado precisa ter dinheiro reserva para ser usado se for necessário. “O empresário tem de ter capital suficiente por três ou quatro meses porque a franquia ainda está amadurecendo.”