Tropas podem ficar no Afeganistão além de agosto, diz Biden

Em julho, Biden antecipou a saída das tropas, colocando fim aos 20 anos de guerra no Afeganistão

ANSA Brasil

Joe Biden (Instagram: Potus)

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(ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na noite de quarta-feira (18) que os militares podem ficar no Afeganistão além do prazo final da retirada para que todos os cidadãos norte-americanos sejam evacuados.

“Se restarem cidadãos norte-americanos, vamos ficar para retirar todos”, disse em entrevista à rede “ABC“.

No início de julho, Biden antecipou a saída das tropas de 11 de setembro para 31 de agosto, colocando fim aos 20 anos de guerra no Afeganistão.

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No entanto, por conta da caótica saída dos cidadãos estrangeiros e de civis afegãos que ajudaram as potências ocidentais durante a invasão, agora esse prazo pode ser revisto.

Sobre as cenas vistas no aeroporto de Cabul desde a retomada do poder do Talibã, ocorrida no último domingo (15), Biden voltou a defender a decisão e disse que não vê como “a saída não resultasse em um caos”.

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Quando o grupo fundamentalista tomou a capital do país, após controlar todo o território nacional em menos de 10 dias, afegãos e estrangeiros foram desesperados para o aeroporto Hamid Karzai.

Lá, as pistas chegaram a ficar lotadas de pessoas, com alguns afegãos se agarrando aos trens de pouso das aeronaves norte-americanas para fugir. A mídia local fala em 12 mortes na confusão.

Biden também foi questionado sobre a relação com os chefes do Talibã que estão cumprindo um acordo para não atacar o aeroporto enquanto as equipes estrangeiras estão saindo.

“Eles estão cooperando e permitindo que os cidadãos norte-americanos saiam. Mas, estamos tendo mais dificuldades com os que nos ajudaram enquanto estávamos lá”, ressaltou o mandatário referindo-se aos milhares de civis afegãos que trabalharam com os militares norte-americanos.

Teme-se que eles sejam mortos, apesar da “anistia geral” anunciada pelo Talibã.

Após 20 anos de guerra, iniciada após os ataques terroristas da Al Qaeda em 11 de setembro de 2001, os EUA e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão deixando o Afeganistão como era assim quando invadiram: com o Talibã no poder.

Apesar de terem adotado um tom mais moderado nas entrevistas até o momento, dizendo que vão respeitar direitos, anistiar funcionários públicos e autorizar que mulheres trabalhem e estudem, há o temor de que eles reimplantem o emirado islâmico registrado entre os anos de 1996 e 2001.

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