Primeiro lote de vacinas da Pfizer chega ao Brasil em 29 de abril

Carregamento faz parte das 100 milhões de doses contratadas pelo governo federal para o Programa Nacional de Imunização

Mariana Fonseca

Vacina contra Covid-19 da Pfizer (REUTERS/Dado Ruvic)

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SÃO PAULO – O primeiro lote da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório Pfizer chegará em 29 de abril ao Brasil. Os imunizantes sairão de uma fábrica da farmacêutica na Bélgica e desembarcará no aeroporto de Viracopos (Campinas, São Paulo). As informações são do portal de notícias G1.

O governo brasileiro tem um contrato para a compra de 100 milhões de doses da Pfizer. Entre abril e junho o país receberá 15,5 milhões de doses, segundo estimativas de Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.

Queiroga afirmou que são 2 milhões de doses a mais do que o previsto para o período, com metade delas chegando ao país “nos últimos dias de abril”. Então, o lote que chegará no dia 29 de abril deve conter o milhão de doses descrito pelo ministro da Saúde.

A vacina da Pfizer também será recebida por meio do Covax Facility, consórcio global de acesso a imunizantes. O Brasil vai receber 842.800 doses em junho. O Ministério da Saúde tem 42,5 milhões de doses de vacinas contratadas com o Covax Facility, seja da Pfizer ou da Oxford/AstraZeneca.

A vacina da Pfizer teve seu registro definitivo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro de 2021, permitindo que seja aplicada assim que chegar dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI).

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Armazenamento diferente e terceira dose

Ainda não há detalhes sobre distribuição e aplicação das vacinas da Pfizer. Elas precisam ser armazenadas a -70ºC. CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, as outras vacinas atualmente aplicadas por meio do PNI, podem ser guardadas em temperaturas de 2ºC a 8ºC.

Outra questão envolvendo a vacina contra Covid-19 da Pfizer é a necessidade de uma dose de reforço. Albert Bourla, CEO da Pfizer, afirmou que as pessoas “provavelmente” precisarão de uma terceira dose da vacina dentro de 12 meses após receberem as duas doses previstas atualmente. Ele também disse que é possível que as pessoas precisem ser vacinadas contra o vírus anualmente.

A Pfizer afirmou no início de abril que sua vacina era mais de 91% eficaz na proteção contra a Covid-19 e até 95% eficaz contra casos graves da doença até seis meses após a segunda dose. Os dados da Pfizer foram baseados em mais de 12 mil participantes vacinados. No entanto, os pesquisadores dizem que mais dados ainda são necessários para determinar se as proteções vão ser prolongadas depois desses seis meses previstos.

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Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.