Preços da construção aceleram para 0,63% em agosto, taxa mais alta em 2 anos

No acumulado nos últimos doze meses os preços da construção subiram 3,12%, resultado acima dos 2,66% registrados nos doze meses até julho

Roberto de Lira

Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)
Pessoa em frente a prédio em construção no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), acelerou para 0,63% em agosto, taxa 0,23 ponto percentual acima dos 0,40% de julho, informou nesta terça-feira (10) o IBGE. Esta taxa é a mais alta observada desde agosto de 2022.

No acumulado nos últimos doze meses os preços da construção subiram 3,12%, resultado acima dos 2,66% registrados nos doze meses até julho.

Segundo o IBGE, o custo nacional da construção, por metro quadrado, que foi de R$ 1.756,01 em julho, passou para R$ 1.767,09, em agosto, dos quais R$ 1.014,31 foram relativos aos materiais e R$ 752,78 à mão de obra.

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Segundo Augusto Oliveira, gerente da pesquisa, a parcela de materiais subiu 0,50% em agosto, no segundo mês seguido de alta e 0,20 p.p. acima de julho.

 “Quando comparamos com agosto de 2023, a alta dos materiais se torna mais expressiva, com uma diferença de 0,64 p.p.. Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,81% e dois acordos coletivos firmados, registrou alta de 0,28% no mês e de 17 p.p., em relação a agosto de 2023”, comparou.

A região Sul, influenciada pela alta nas categorias profissionais em seus três estados, ficou com a maior variação regional em agosto, 1,82%.

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As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,41% (Norte), 0,38% (Nordeste), 0,58% (Sudeste) e 0,14% (Centro-Oeste).

A influência da parcela da mão de obra no índice agregado levou o Paraná e o Rio Grande do Sul a registrarem as maiores altas. 

De janeiro a agosto, os acumulados foram: 1,26% (materiais) e 4,49% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 1,41% (materiais) e 5,53% (mão de obra), respectivamente.