Pfizer anuncia eficácia de sua vacina contra Covid-19 em adolescentes de 12 a 15 anos

Empresa quer vacinar faixa etária antes do início do ano escolar europeu e norte-americano

Érico Lotufo

Vacina contra Covid-19 da Pfizer (REUTERS/Dado Ruvic)

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SÃO PAULO – A Pfizer, empresa farmacêutica norte-americana, anunciou nesta quarta-feira (31) que sua vacina contra a Covid-19, desenvolvida junto do laboratório alemão BioNTech, mostrou 100% de eficácia na prevenção da doença em adolescentes entre 12 e 15 anos. A Pfizer quer vacinar faixa etária antes do início do ano escolar europeu e americano, em setembro.

Em nota, a Pfizer anunciou que vai enviar os resultados para aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulatório dos Estados Unidos, “o mais rápido possível”. “Nós pedimos urgência para expandir a autorização de uso da nossa vacina para a população mais jovem”, disse Albert Bourla, CEO da empresa. “Estamos otimistas com os dados dos estudos clínicos feitos em adolescentes entre 12 e 15 anos”.

A vacina da Pfizer, por enquanto, é a única vacina contra Covid-19 que pode ser aplicada em adolescentes com 16 e 17 anos. As outras têm autorização apenas para vacinar pessoas acima de 18 anos.

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Os testes clínicos envolveram 2.260 adolescentes dos Estados Unidos. Segundo a Pfizer, o grupo de placebo teve 18 casos positivos de Covid-19 durante o estudo, enquanto o grupo que recebeu a vacina não teve nenhum caso. Efeitos colaterais foram os mesmos esperados em adultos.

Outros testes em menores de 18 anos 

Outras fabricantes de vacina também estão correndo atrás para garantir que suas vacinas possam ser utilizadas em menores de 18 anos.

Em meados de março, a Moderna começou a testar seu imunizante em bebês e crianças de 6 meses a 12 anos de idade. A AstraZeneca já começou a testar sua vacina em maiores de 6 anos. Já a Johnson&Johnson anunciou que testes em menores de 18 anos começarão “em breve”.

No Brasil, Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirmou que a instituição apresentará pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar um estudo da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 em crianças.

Pfizer no Brasil

O Ministério da Saúde afirma que a Pfizer deve entregar até 13,5 milhões de doses da sua vacina contra o novo coronavírus até junho. A expectativa é que os primeiros lotes cheguem entre abril e maio. A Anvisa já aprovou o registro definitivo da vacina no país.

No total, o governo comprou 100 milhões de doses, com promessa de entrega por parte da farmacêutica em 2021. No terceiro trimestre, entre julho e setembro, a previsão é que sejam disponibilizadas mais 86,5 milhões de doses. Mas ainda não recebeu nenhuma, por ter demorado a firmar acordo com o laboratório americano.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que busca acordos para antecipar a chegada da vacina e talvez ampliar o pedido de doses. Queiroga disse que vai receber na terça-feira o embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Todd Chapman, para discutir a possibilidade de uma permuta de vacinas entre os dois países para a antecipação do envio ao Brasil de 20 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19.

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