Mercado eleva projeção para inflação e vê alta de 3,43% em 2021

Expectativas apontam ainda para crescimento de 3,45% do PIB e Selic de 3,25% este ano

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Após inflação de 4,52% em 2020, o mercado financeiro elevou, pela segunda semana consecutiva, as projeções de alta para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021, de 3,34% para 3,43%. Os dados constam no relatório Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC).

Para o próximo ano, as estimativas para o indicador se mantiveram inalteradas em relação à semana anterior, em 3,50%.

Passados os fortes impactos da pandemia de coronavírus sobre a economia brasileira, a expectativa dos economistas ouvidos pelo BC é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3,45% este ano (ante projeção anterior de 3,41%), e 2,50%, em 2022, sem alterações em relação ao último levantamento.

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Com relação aos demais indicadores, as estimativas foram mantidas no relatório desta semana.

Os economistas veem o dólar negociado a R$ 5,00 ao fim deste ano e a R$ 4,90, em dezembro de 2022.

Já a Selic deve encerrar 2021 em 3,25% ao ano, subindo para 4,75% a.a. até o fim do próximo ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta semana para a primeira reunião de 2021.

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Top 5

Entre os economistas ouvidos pela autoridade monetária que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções para inflação, taxa Selic e dólar foram alteradas.

O grupo revisou para baixo a expectativa para o IPCA, de 3,74% para 3,40% neste ano, e de 3,63% para 3,50% no próximo.

No que tange às expectativas para a taxa Selic, estas foram elevadas de 2,88% para 5,00%, em 2021, e de 4,00% para 5,00%, em 2022.

Já o dólar deve encerrar este ano negociado a R$ 5,05 (sem mudança em relação ao levantamento anterior) e o próximo, a R$ 4,95 (ante R$ 4,93 na semana passada).

Mudanças no Focus

A partir da próxima segunda-feira (25), o Focus terá um novo formato, tanto para a coleta quanto para a divulgação dos dados.

Segundo o BC, as estimativas para o IPCA passarão a considerar um horizonte de 25 meses, em vez de 18. Já a Selic e o câmbio serão coletados para os próximos 24 meses.

Ainda de acordo com a autoridade monetária, a taxa de câmbio passará a ser a média da taxa Ptax de venda do período, com base nos respectivos dias úteis, e não mais a taxa vigente no último dia do período. Além disso, a taxa anual passará a ser a média de dezembro, e não mais a do último dia útil do ano.

Além disso, será eliminada a terceira página do relatório, que diz respeito aos dados do grupo “Top 5”. Essas estatísticas permanecerão apenas nas séries históricas do site do BC. Entenda mais aqui

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