Menos pessimistas com retração brasileira em 2020, gestores preveem o fim do ciclo de cortes da Selic hoje

Em levantamento, gestores de fundos macro esperam última redução da taxa Selic para 2,00% ao ano e veem inflação de 1,60% em 2020

Beatriz Cutait

(Gearstd/Getty Images)

SÃO PAULO – Depois de oito cortes seguidos da taxa Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve promover a última redução dos juros no atual ciclo de estímulo monetário nesta quarta-feira. Esta é a avaliação quase unânime de gestoras de fundos de estratégia multimercado macro, consultadas pela equipe de fundos da XP.

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Com isso, a taxa Selic deve cair hoje de 2,25% para 2,00% ao ano, e permanecer neste menor patamar histórico pelo menos até dezembro.

Embora o cenário continue desfavorável para a economia brasileira, principalmente por conta dos efeitos da epidemia de coronavírus, os gestores reduziram o nível de pessimismo.

A projeção média para a contração do Produto Interno Bruto (PIB) foi diminuída de 7% para 5,50% neste ano, o que a equipe da XP atribui aos dados econômicos da economia divulgados ao longo de julho, com surpresas positivas para boa parte dos investidores.

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Já a mediana das projeções para a inflação brasileira em 2020 teve leve ajuste de alta, de 1,50% para 1,60%, com mínima de 1,00% e máxima de 2,10% no ano.

Com relação ao câmbio, as estimativas tiveram poucas mudanças, com a previsão mediana da cotação do dólar ao fim de 2020 sendo elevada de R$ 5,10 para R$ 5,20.

Confira a seguir as mudanças nas projeções macroeconômicas de junho para agosto.

No que tange às estratégias de alocação das gestoras, a XP assinala que, assim como nos últimos meses, as principais posições entre os portfólios dos fundos seguem as apostas a favor da queda dos juros no Brasil, embora os vencimentos tenham migrado de vértices curtos para vértices médios/longos.

“No mercado de câmbio, por outro lado, vê-se parte dos gestores passando a apresentar posições vendidas [com aposta na queda] no dólar, movimento que seguiu em parte o enfraquecimento recente da moeda”, destaca a XP, em relatório.

Participaram do levantamento 27 gestoras: Ace Capital, ARX, AZ Quest, Bahia Asset, Blue Line, BTG Pactual, Canvas, Claritas, Gap Asset, Garde, Ibiúna, Kairós, Legacy, Macro Capital, Mauá Capital, MZK, Novus, Occam, Opportunity, Pacífico, Perservera, SPX, Truxt, Vinci Partners, Vinland, Vintage e XP Asset.

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Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.