IGP-10 de janeiro sobe 1,79% ante queda de 0,14% em dezembro, afirma FGV

Em 12 meses, a taxa ficou em 17,82%, segundo a Fundação Getulio Vargas

Estadão Conteúdo

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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,79% em janeiro, após ter recuado 0,14% em dezembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 17. O resultado pouco ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,85% e 1,94%, e acima da mediana positiva de 1,55%.

Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de janeiro, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 2,27%, ante uma redução de 0,51% em dezembro. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 0,40% em janeiro, após o avanço de 1,08% em dezembro. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 0,50% em janeiro, depois de subir 0,54% em dezembro.

O IGP-10 acumulou um aumento de 1,79% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 17,82%. O período de coleta de preços para o indicador de janeiro foi do dia 11 de dezembro a 10 deste mês.

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As quedas de 1,51% no preço da gasolina e de 3,59% no do etanol ajudaram a desacelerar a inflação ao consumidor dentro do Índice IGP-10. Dentro do IPC-10, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Transportes (de 2,49% em dezembro para -0,26% em janeiro), Educação, Leitura e Recreação (de 2,61% para 0,38%), Comunicação (de 0,08% para 0,00%), Despesas Diversas (de 0,16% para 0,10%) e Habitação (de 0,77% para 0,74%).

As principais contribuições partiram dos itens: combustíveis e lubrificantes (de 5,60% para -1,61%), passagem aérea (de 17,18% para -4,37%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,16% para 0,04%), alimentos para animais domésticos (de 0,78% para 0,45%) e tarifa de eletricidade residencial (de 1,86% para 1,63%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Alimentação (de 0,59% para 0,88%), Vestuário (de 0,19% para 1,31%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,12% para 0,15%). As maiores influências partiram dos itens: frutas (de 2,52% para 10,35%), roupas (de 0,24% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,06% para 0,38%).

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Construção

A alta no custo dos materiais impediu uma desaceleração mais intensa da inflação da construção dentro do IGP-10, segundo a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de um avanço de 0,54% em dezembro para uma elevação de 0,50% em janeiro.

O índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,78% em dezembro para alta de 0,92% em janeiro. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,91% em janeiro, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,97% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra desacelerou de uma alta de 0,28% em dezembro para uma elevação de 0,05% em janeiro.

IPAs

Os preços agropecuários mensurados pelo IPA Agrícola subiram 1,49% no atacado em janeiro, após um recuo de 0,11% em dezembro, dentro do IGP-10. Já os preços dos produtos industriais – que são medidos pelo IPA Industrial – tiveram alta de 2,59% este mês, depois da redução de 0,67% no atacado em dezembro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,75% em janeiro, ante uma elevação de 0,42% em dezembro.

Os preços dos bens intermediários subiram 0,55% este mês, após alta de 1,98%. Já os preços das matérias-primas brutas aumentaram 5,43% em janeiro, depois da queda de 3,78% no mês anterior.