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Abertura dos mercados

Ibovespa futuro vira para queda e dólar sobe mais de 1% após inflação nos EUA ficar acima do esperado

Na agenda doméstica, o volume do setor de serviços cresceu 1,1% no Brasil em julho na comparação com junho, na série com ajuste sazonal

Por  Equipe InfoMoney -

Após um início de sessão de alta para o Ibovespa futuro e de queda para o dólar, o mercado registrou uma virada na esteira da divulgação dos dados de inflação dos EUA.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,1% em agosto, na comparação com julho. A inflação para o consumidor mostra alta de 8,3% no acumulado em 12 meses, uma desaceleração em relação a julho (+8,5%). Apesar da desaceleração, os dados vieram acima do esperado pelo mercado, pois o consenso era de uma deflação de 0,1% na base mensal e alta de 8,1% na anual, segundo a Refinitiv.

O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia (cujos preços são mais voláteis), subiu 0,6% na comparação mensal e 6,3% na anual, também acima do esperado. A projeção Refinitiv para o núcleo era de alta de 0,3% na base mensal de de 6,1% na base anual.

O dado de preços ao consumidor era bastante esperado pelos investidores, uma vez que eventuais números muito diferentes dos projetados e informações sobre os núcleos da inflação poderiam afetar a expectativa para a próxima reunião do Fomc, no próximo dia 21. Com a inflação acima do esperado, a expectativa é de um Federal Reserve mais agressivo com relação à alta de juros.

Assim, às 9h40 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa futuro com vencimento para outubro registrava queda de 0,88%, a 113.6255 pontos. O dólar futuro para outubro subia 1,28%, a R$ 5,1855; o dólar comercial subia 1,14%, a R$ 5,155 na compra e R$ 5,156 na venda.

Em Wall Street, os índices futuros do Dow Jones, S&P e Nasdaq passaram a ter forte queda, respectivamente de 0,99%, 1,38% e 1,96%.

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No mercado de commodities, os preços do petróleo têm volatilidade e operam quase estáveis. Mais cedo, subiam cerca de 1% nesta manhã após chegarem a cair no início da manhã, à medida que as preocupações com a oferta aumentam no inverno no Hemisfério Norte.

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Na agenda doméstica, o volume do setor de serviços cresceu 1,1% no Brasil em julho na comparação com junho, na série com ajuste sazonal. Esse é o terceiro resultado positivo seguido, período em que acumula ganho de 2,4%. O volume de serviços mostrou expansão de 6,3% frente a igual período de 2021.

Os resultados vieram melhor do que o esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv estimava alta de 0,5% na comparação mensal e 5,8% na anual.

Atenção ainda para as pesquisas eleitorais: em nova rodada após os eventos do 7 de Setembro, pesquisa do instituto Ipec divulgada na segunda-feira registrou uma variação positiva de 2 pontos percentuais para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a 46% das intenções de voto, e estabilidade para o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que manteve 31%. A sondagem foi realizada entre os dias 9 e 11 de setembro.

Europa

Os investidores também monitoram a agenda de indicadores da Europa. A confiança dos investidores alemães caiu mais do que o esperado em setembro, uma vez que as perspectivas para a maior economia da Europa diminuíram devido às preocupações com o fornecimento de energia, segundo o índice de sentimento econômico divulgado pelo instituto Zew.

O índice caiu para -61,9 pontos, de -55,3 pontos em agosto. Uma pesquisa da Reuters apontava para uma leitura de setembro de -60,0. A perspectiva de escassez de energia no inverno tornou as expectativas de grande parte da indústria alemã ainda mais negativas, disse o instituto ZEW na terça-feira. “Junto com a avaliação mais negativa da situação atual, as perspectivas para os próximos seis meses se deterioraram ainda mais”, disse o presidente da ZEW, professor Achim Wambach.

Já a taxa de inflação anual da Alemanha acelerou em agosto. De acordo com os dados finais divulgados pelo escritório de estatísticas alemão Destatis nesta terça os preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiram 7,9% no ano medido pelos padrões nacionais, em linha com a previsão de economistas em pesquisa do Wall Street Journal. Em junho, o CPI subiu 7,5%.

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O desemprego no Reino Unido caiu para 3,6% nos três meses até julho, o menor desde 1974. O crescente aperto do mercado de trabalho pode alimentar ainda mais a pressão inflacionária e causar preocupações para o Banco da Inglaterra.

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