Governo de SP vai substituir doses de CoronaVac “quarentenadas” pela Anvisa

Gestão de João Doria (PSDB) anunciou a entrega de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido na China ao Ministério da Saúde

Mariana Zonta d'Ávila

A CoronaVac é a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan (Divulgação)

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SÃO PAULO – O governo Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (15) que vai substituir as cerca de 8 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 CoronaVac que foram “quarentenadas” pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, as novas doses virão da fábrica já certificada pela Anvisa da Sinovac, na China.

Nesta quarta, segundo o governo paulista, será feita a substituição de 1,8 milhão de doses do imunizante produzido na China. Até o dia 29, o mesmo processo será realizado com os lotes restantes.

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Essas vacinas quarentenadas têm qualidade atestada na China e pelo Butantan e INCQs, que é o órgão de controle de qualidade das vacinas no Brasil. O procedimento de quarentena trata-se de uma regularização documental em relação ao local de fabricação da vacina na China. Como pode demorar, começamos a substituir as doses para aplicar as vacinas o mais rápido possível”, disse Covas, em coletiva à imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na zona oeste de São Paulo.

De acordo com Covas, o governo segue no aguardo da liberação dos lotes suspensos, que poderão ser usados em outros cenários. “A CoronaVac é a vacina mais produzida e mais utilizada no mundo, ajudando no controle da pandemia em termos mundiais”, completou.

Na semana passada, a Anvisa interditou 25 lotes de CoronaVac. A justificativa foi de que as vacinas foram envasadas em uma fábrica que não foi inspecionada e nem aprovada pela agência brasileira.

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Segundo o governo do estado, um novo lote com 5 milhões de doses prontas chegará em São Paulo na próxima semana. Ele foi produzido na mesma planta fabril, oferecendo uma solução prática para o impasse de doses ainda retidas pela Anvisa. Enquanto isso, o Instituto Butantan mantém uma força-tarefa em entendimento junto ao órgão federal para a liberação dos lotes interditados.

Durante a coletiva, o governador João Doria também anunciou a conclusão da entrega de 54 milhões de doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde, encerrando, assim, o segundo contrato com o órgão federal e totalizando 100 milhões de doses – o primeiro contrato de 46 milhões de doses foi concluído em 12 de maio.

Pfizer e AstraZeneca

De acordo com o governo, ainda não há prazo para a antecipação da segunda dose da vacina da Pfizer, devido à falta do imunizante.

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Nesta quarta, o governo recebeu um novo lote de vacinas da AstraZeneca, que será utilizado para a aplicação da segunda dose.

Na semana passada, o estado de São Paulo estava realizando, de forma emergencial, a intercambialidade entre vacinas. Exemplo: quem recebeu AstraZeneca passou a tomar a segunda dose da Pfizer para concluir o esquema vacinal. A medida foi uma resposta para dar conta da falta do imunizante.

Com a chegada desse novo lote, contudo, a expectativa é de que o governo retome a vacinação feita nos moldes tradicionais.

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Já a terceira dose, que está sendo aplicada em idosos, continua sendo realizada com os imunizantes disponíveis no estado. Hoje, a maior disponibilidade é de doses da CoronaVac.

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