Focus: Mercado reduz projeção para PIB e projeta taxa de câmbio de R$ 4,50 ao fim de 2020

Para a Selic, economistas do Focus mantiveram suas projeções estáveis em 3,75% para 2020, após comunicado "hawkish" do BC

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – O novo cenário macroeconômico imposto pela crise gerada pela epidemia de coronavírus segue levando o mercado financeiro a revisar suas projeções para a economia.

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No mais novo relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central, economistas aumentaram a estimativa para a cotação do dólar em 2020, de R$ 4,35 para R$ 4,50, e em 2021, de R$ 4,20 para R$ 4,29.

Apesar da mudança, as projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caíram de 3,10% para 3,04%, em 2020, e de 3,65% para 3,60%, em 2021.

O ajuste nas projeções inflacionárias ocorre em linha com a expectativa de menor crescimento da economia mundial, por conta do efeito recessivo do coronavírus. Economistas reduziram, pela sexta vez consecutiva, suas perspectivas para o avanço do PIB brasileiro em 2020, desta vez, de 1,68% para 1,48%. Para 2021, a estimativa de expansão se manteve estável em 2,50%.

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Mesmo com as alterações, as estimativas do Focus são melhores que as de instituições financeiras como JP Morgan, UBS, Goldman Sachs, entre outras, que fizeram revisões mais drásticas em suas projeções. Na última semana, o próprio Ministério da Economia rebaixou, pela segunda vez no mês, suas estimativas e agora vê a economia ficando estável neste ano, ante expectativa de alta de 2,10%.

Com relação à taxa básica de juros, as previsões do Focus divulgadas hoje foram mantidas em 3,75% ao ano, em dezembro, e em 5,25%, ao fim de 2021. Após o corte de meio ponto percentual da Selic, para 3,75% ao ano, na quarta-feira (18), o Banco Central voltou a reforçar cautela e adotou um tom considerado “hawkish” (mais duro, não indicando novas quedas dos juros), ao apontar que vê como adequada a manutenção da Selic no novo patamar.

Top 5

Entre os economistas que mais acertam as previsões, reunidos na categoria “Top 5” do relatório Focus, aqueles do grupo “médio prazo” veem uma inflação mais baixa em 2020, com expectativa de alta dos preços reduzida de 3,01% para 2,96%. Para 2021, a projeção ficou estável em 3,62%.

Com relação à Selic, a taxa deve encerrar este ano em 3,38% a.a. e o próximo em 5,00% a.a., segundo os economistas.

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