EUA vetam resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU sobre Israel e Gaza

A votação do texto foi adiada duas vezes nos últimos dias, enquanto os EUA tentavam intermediar o acesso da ajuda a Gaza

Reuters

Publicidade

Os Estados Unidos vetaram nesta quarta-feira uma resolução apresentada pelo Brasil ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que solicitava pausas humanitárias no conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas para permitir o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

A votação do texto foi adiada duas vezes nos últimos dias, enquanto os EUA tentavam intermediar o acesso da ajuda a Gaza. Doze membros votaram a favor do texto preliminar nesta quarta-feira, enquanto Rússia e Reino Unido se abstiveram.

Washington tradicionalmente protege seu aliado Israel de qualquer ação no Conselho de Segurança.

Ebook Gratuito

Como analisar ações

Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber para fazer suas próprias análises

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta quarta-feira um cessar-fogo humanitário imediato para permitir a libertação de reféns e acesso de ajuda humanitária em Gaza.

A resolução também pedia que Israel — sem citar o país nominalmente — revisse sua ordem para que civis e funcionários da ONU em Gaza se mudassem para o sul do enclave palestino e condenava “os ataques terroristas do Hamas”.

Na semana passada, Israel ordenou que cerca de 1,1 milhão de pessoas em Gaza — quase metade da população local — se mudassem para o sul, enquanto se prepara para uma ofensiva terrestre em retaliação ao pior ataque do Hamas contra civis na história de 75 anos do país.

Continua depois da publicidade

Israel tem imposto um cerco total a Gaza e submetido o território a um intenso bombardeio. O país prometeu aniquilar o Hamas depois que o grupo militante islâmico matou 1.400 pessoas e fez reféns em um ataque a Israel em 7 de outubro.

Autoridades palestinas dizem que mais de 3.000 palestinos foram mortos.

A resolução ainda condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e pedia a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.