EUA criam 336 mil vagas de emprego em setembro, bem acima do esperado; taxa de desemprego se mantém em 3,8%

A projeção Refinitiv era de criação de 170 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado e taxa de desemprego a 3,7%

Equipe InfoMoney

Bandeira dos EUA (Shutterstock)

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Os Estados Unidos criaram 336 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de setembro,  apontam dados do payroll divulgados nesta sexta-feira (6) pelo Departamento do Trabalho, bem acima das projeções de mercado. Já a taxa de desemprego se manteve em 3,8%, enquanto o crescimento dos salários foi de 0,2% na base mensal.

A projeção Refinitiv era de criação de 170 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado. Os dados de agosto foram revisados para cima, mostrando 227 mil empregos criados, em vez dos 187 mil informados anteriormente.

Já a previsão para a taxa de desemprego era de que caísse para 3,7% depois de subir para 3,8% em agosto, a maior desde fevereiro de 2022. A projeção para o crescimento dos salários por sua vez, era de que seguisse sólido, com previsão de aumento de 0,3% nos ganhos médios por hora, depois de alta de 0,2% em agosto, o que deixaria o aumento anual dos salários inalterado em 4,3% em setembro. Este último indicador foi levemente abaixo do esperado, com alta mensal de 0,2% e anual de 4,2%.

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O dado era aguardado com atenção pelos investidores de todo o mundo, principalmente após números conflitantes de emprego do JOLTs e ADP durante a semana. Estes últimos dados movimentaram as bolsas e os rendimentos dos Treasuries em meio a temores de que um mercado de trabalho muito aquecido obrigue o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a manter seus juros básicos em patamares elevados por mais tempo.

Embora o crescimento dos salários esteja se moderando, a visão é de que o mercado de trabalho continua forte o suficiente para que o Federal Reserve aumente a taxa de juros este ano e/ou juros fiquem elevados por mais tempo. “Para os mercados, isso pode desencadear em novas rodadas de risk-off”, avaliou a Ágora em análise prévia do indicador.