Estado de São Paulo anuncia reabertura gradual da economia a partir de 11 de maio

Aplicação depende de resposta dos municípios à quarentena e será gradual; nada muda até 10 de maio

Equipe InfoMoney

Máscara é segurada por pessoa na pandemia de Covid-19 (Getty Images)

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SÃO PAULO – O governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (22) um plano gradual de reabertura da economia a partir de 11 de maio, chamado de Plano São Paulo. Até o dia 10, todos os 645 municípios, sem exceção, permanecem em quarentena.

“Com suporte da ciência e da medicina”, disse o governador, a abertura será levada de forma heterogênea. “Vamos levar em conta situações locais, regionais e setores que possam retomar com as devidas medidas de proteção”. Protocolos para a volta à normalidade econômica também serão definidos gradualmente, associando saúde e economia.

A abertura será “faseada, regionalizada e setorial”, resume Patrícia Ellen, secretária de desenvolvimento econômico do estado. Os três critérios a serem seguidos são: acompanhamento da disseminação do vírus, mostrando os resultados em coletivas de imprensa; capacidade do sistema de saúde; e monitoramento do vírus por meio de testes rápidos em massa – contando inclusive com testes dentro de empresas em parceria com o setor privado.

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O estado será dividido em zonas vermelhas, amarelas e verdes, para iniciar a reabertura pelas áreas com menor risco de contaminação de acordo com o monitoramento municipal. Como é a área mais atingida, a região metropolitana da capital provavelmente não irá figurar nas primeiras levas da reabertura.

Na frente setorial, o faseamento será aplicado iniciando a abertura dos negócios por setores considerados de menor risco de contaminação e maior vulnerabilidade econômica. Segundo Patrícia, haverá conversas com todos os setores nas próximas duas semanas. Todos os resultados serão monitorados antes da aplicação de novas aberturas.

Quando reabertos, os negócios terão de seguir protocolos nas frentes de higiene e comunicação, por exemplo, que usam como base estudos da OMS e avaliações regionais.

Vale lembrar que estão em funcionamento, mesmo na quarentena, setores como abastecimento, alimentação, comunicação social, construção civil, petróleo e gás, hotéis, saúde, segurança energia, transportes, e produção agropecuária e industrial. Restaurantes, bates, lanchonetes, padarias e serviços de alimentação foram orientados a atuar como delivery ou drive thru. “Nunca houve a proibição para esses setores”, disse Doria, ao refutar a afirmação de que São Paulo “parou”.

“Desde que decretamos a quarentena, sempre garantimos o funcionamento do maior número possível de atividades na economia do estado, que representa quase 40% da economia do país”, disse o governador. “Aqui em São Paulo nunca houve lockdown, que foi necessário em alguns países do mundo, isso porque adotamos as medidas certas, na hora certa.”

Protestos e taxas de isolamento

Doria também demonstrou repúdio pelos paulistas que protestaram nas ruas durante o feriado. “Façam as suas manifestações de forma segura, pela internet. Não somos contra as manifestações, vivemos em um regime democrático”, disse o Governador, mas desde que a saúde não seja colocada em risco. Segundo ele, qualquer bloqueio de rua ou avenida em São Paulo será impedido, “principalmente na Avenida Paulista.”

A taxa de isolamento no estado estava em 57% na última terça-feira (21), feriado, segundo o sistema de monitoramento do governo. O governador agradeceu o comprometimento, principalmente daqueles município com taxa acima de 50%, meta durante a quarentena.

Mais afetado do país pela doença, o estado de São Paulo já confirmou 15.385 casos da Covid-19. Na terça, houve um acréscimo de 6% em relação ao dia anterior. O número de mortes chegou a 1.093 no estado na noite de ontem, um acréscimo de 5%.

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