Covax Facility: consórcio global de vacinas espera garantir imunização para mais de 100 países “nas próximas semanas”

Covax afirma que já distribuiu vacinas contra Covid-19 para 84 países até agora, e pretende começar aplicação em 7 de abril

Érico Lotufo

Frasco da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 (REUTERS/Pilar Olivares)

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SÃO PAULO – O Covax Facility, consórcio global formado por entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a UNICEF/ONU para distribuição de vacinas contra Covid-19, anunciou no último domingo (4) que deve atingir a marca de 100 países beneficiados com imunizantes pelo consórcio dentro das próximas semanas. O Brasil é um dos países participantes.

Mais de um milhão de doses da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford chegaram no Brasil no último dia 21 de março, segundo o Covax Facility. Ao todo, mais de 9 milhões de doses devem vir ao país por meio do programa.

O Covax Facility foi criado para garantir que as vacinas pudessem chegar em nações mais pobres e com menos recursos para competir com os países ricos por doses. “Estamos no caminho certo. Levamos vacinas para 84 países nas últimas seis semanas, e esperamos chegar a mais de 100 nas próximas duas”, disse Seth Berkley, um dos chefes do Covax Facility, em entrevista para a emissora americana CBS.

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Berkley também é CEO da Gavi, entidade que trabalha para garantir a vacinação de crianças em países pobres. Segundo dados do site oficial do Covax Facility, atualizados pela última vez no dia 1º de abril, mais de 33 milhões de doses da vacina já foram distribuídas para os países participantes.

“Nacionalismo da vacina” atrapalha planos do Covax Facility

Segundo Berkley, mais de 2 bilhões de doses de vacinas já foram encomendadas pelo consórcio, mas a maioria deve chegar apenas no segundo semestre. Ele afirmou que um problema para garantir doses tem sido o “nacionalismo da vacina”: países ricos garantindo doses em detrimento de países mais pobres.

“Estaremos seguros apenas se todo mundo estiver seguro”, disse. “Nada demonstra isso melhor que as novas variantes, porque se temos populações grandes que não foram vacinadas, existe o risco de novas variantes surgirem e continuarem a se espalhar pelo mundo”.

No dia 22 de março, o diretor-chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus Adhanom, condenou o desequilíbrio na distribuição de vacinas ao redor do mundo. “O abismo entre o número de vacinações em países ricos e o número de vacinações pelo Covax Facility cresce a cada dia, e está cada vez mais grotesco”, disse.

“Países que estão vacinando pessoas mais jovens e saudáveis estão fazendo isso ao custo das vidas de trabalhadores na área de saúde, idosos e outros grupos de risco em outros países”, continuou. “Os países mais pobres questionam o que países ricos realmente querem dizer quando falam sobre solidariedade”.

Segundo o jornal americano The New York Times, 648 milhões de doses da vacina contra Covid-19 foram aplicadas ao redor do mundo até o dia 4 de abril. Cerca de 330 milhões das doses, quase metade, foram aplicadas apenas nos Estados Unidos, China e Reino Unido.

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