Covas decreta fechamento de comércio em São Paulo até 5 de abril, mantendo essenciais

Padarias, farmácias, supermercados, restaurantes, feiras livres e postos de gasolina terão autorização para funcionar

Equipe InfoMoney

Movimentação de passageiros no Metrô de São Paulo (crédito: AGATHA GAMEIRO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)

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SÃO PAULO – Para conter a disseminação do novo coronavírus, o prefeito Bruno Covas decretou o fechamento do comércio não essencial na cidade de São Paulo a partir desta sexta-feira (20) até o dia 5 de abril. Casas noturnas e estabelecimentos de festas e eventos também deverão fechar as portas.

Padarias, farmácias, supermercados, restaurantes, feiras livres e postos de gasolina terão autorização para funcionar durante a vigência do decreto.

No caso dos restaurantes, o prefeito determinou medidas como a intensificação da limpeza e o distanciamento de, no mínimo, um metro entre os clientes. Os estabelecimentos também deverão disponibilizar álcool gel e informações sobre a Covid-19 aos clientes.

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O decreto não impede o funcionamento interno dos estabelecimentos – apenas proíbe a abertura das portas a clientes -, então as lojas poderão seguir com atendimento em domicílio, com vendas online ou por telefone.

A determinação complementa o decreto de estado de emergência publicado pelo prefeito na terça-feira (17) e não muda o que foi anunciado pelo governador do estado, João Doria, mais cedo nesta quarta: shoppings centers e academias de ginástica na região metropolitana ficarão fechados por ainda mais tempo, até 30 de abril.

Nesta quarta-feira, foram confirmadas duas novas mortes na cidade pela doença, totalizando três na mesma rede hospitalar. Segundo Covas, os casos de coronavírus na cidade crescem entre 40% e 50% por dia. Na terça-feira, última informação disponibilizada, eram 164 casos confirmados no estado. As secretarias estaduais contabilizam 399 casos no país como um todo.

Estado de emergência

Publicado no Diário Oficial da terça-feira, o estado de emergência na cidade, na prática, permite que a administração pública modifique algumas normas temporariamente.

É o caso de serviços públicos, em que haverá revezamento de servidores municipais para evitar aglomerações: parte deles trabalhará no período da manhã e parte à tarde. Funcionários com mais de 60 anos trabalharão de casa e estagiários serão dispensados. As medidas não valem para profissionais de saúde e segurança.

Por conta dessas mudanças, a população só poderá contar com serviços públicos se tiver hora marcada, já que o atendimento estará comprometido.

Também serão fechados museus, teatros, e centros culturais públicos municipais e suspensos os programas municipais que possam ensejar a aglomeração de pessoas, incluindo a Paulista Aberta aos domingos e feriados. Grandes eventos públicos serão remarcados e eventos privados que precisam de alvará são imediatamente cancelados.

Não há previsão, por ora, de fechamento obrigatório de bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais, mas serão emitidas orientações de medidas de prevenção a esses estabelecimentos.

A população em geral será encorajada a evitar aglomerações e receberá instruções da Secretaria Municipal de Saúde, mas não há menção no decreto a reclusão obrigatória.

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