Cidades inteligentes podem gerar economia aos cofres públicos pós-pandemia

Iluminação pública é porta de entrada e redução da conta pode chegar a 40%

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Expectativa é que de dois a três anos o Brasil tenha as suas primeiras cidades inteligentes

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Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios aponta que boa parte das 5.570 cidades brasileiras estão com as finanças comprometidas. Nos primeiros quatro meses de 2020, 806 delas haviam estourado o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal e outras 1.300 estavam em situação emergencial ou prestes a romper o teto legal.

O contexto de pandemia deixou a situação ainda mais delicada. O aumento de despesas com saúde e assistência social se contrapõe com a queda de arrecadação por causa do isolamento social e do fechamento do comércio. Neste cenário, o conceito de smart cities (cidades inteligentes) ganha força no Brasil como uma possibilidade de economia e otimização dos serviços que podem ajudar na retomada dos municípios.

Na prática, as chamadas cidades inteligentes usam a tecnologia para melhorar a infraestrutura, otimizar a mobilidade urbana, criar soluções sustentáveis e atender às necessidades específicas dos cidadãos e de cada município. Apesar de ser novo, esse mercado já movimenta globalmente, por meio de suas soluções, cerca de US$ 408 bilhões por ano.

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“A iluminação pública pode ser considerada a porta de entrada da cidade inteligente”, diz Francisco Scroffa, presidente da Enel X no Brasil, linha de negócios globais da companhia Enel dedicada ao desenvolvimento de produtos inovadores.

O setor de energia está passando por uma grande transformação devido à crescente urbanização, descarbonização e digitalização. As soluções sustentáveis e tecnológicas podem contribuir para a superação dos desafios. “Pesquisas relacionadas ao tema apontam que, até 2050, 60% das pessoas vão morar em cidades e, por isso, precisamos mudar as infraestruturas para mais inteligentes, conectadas e sustentáveis”, defende o presidente.

A Enel X tem uma linha de produtos inovadores e uma consultoria específica para criar projetos capazes de contribuir para a gestão dos gastos e investimentos dos municípios. O objetivo é transformá-los em oportunidades para aumentar a eficiência e tornar as cidades mais sustentáveis e tecnológicas. “Neste modelo, aproveitamos as oportunidades das leis vigentes para construir os projetos sem qualquer ônus para os clientes públicos”, diz Scroffa.

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Redução de até 40% nos gastos com energia

Segundo o executivo, é possível chegar a uma redução de pelo menos 40% na conta de energia de iluminação pública. Uma parte desse ganho é destinada à remuneração do investimento efetuado em curto prazo. Mas a vantagem também chega ao cliente final. “Além da redução do custo com energia, investimentos desse tipo possibilitam o crescimento por meio da modernização e a adoção de novas tecnologias, aumentando a satisfação dos clientes e a melhoria da sua relação com a cidade”, afirma.

A Enel X é o principal competidor global no segmento de iluminação pública e responde por cerca de 2,8 milhões de pontos de luz no mercado global. No Brasil, já há iniciativas utilizando o conceito de parcerias público-privadas, as PPPs, com contratos de longo prazo e garantias públicas.

Para Scroffa, a preocupação principal é de que os planos sejam exequíveis e de que as tecnologias tragam benefícios ao cidadão, sem custos desnecessários ou necessidade de reequilíbrio contratual futuro.

O primeiro passo, segundo ele, é a modernização da iluminação pública em leds com tecnologia, que além de ter maior eficiência energética, proporciona o aumento da sensação de segurança, a valorização dos prédios históricos e monumentos, a contribuição para a redução da poluição luminosa e se volta para a questão da sustentabilidade.

Além disso, há a possibilidade de utilizar a rede de conectividade multisserviços para atender ao telecontrole das luminárias como sendo a porta de entrada para as cidades inteligentes.  “É possível criar cenários específicos para programar a redução da iluminação ou apagar um circuito, com segurança e criptografia, para determinados eventos, aumentar a vida útil dos componentes efetuando uma dimerização, ou seja, a redução do fluxo luminosos sem comprometer a segurança, em caso de não haver movimentação ou com horários programados”, explica.

Referências no mundo

A Enel X tem vários projetos distribuídos pelo mundo. Um dos destaques é Bologna, na Itália, onde partindo do controle da Iluminação pública inteligente já se chegou aos semáforos inteligentes, iluminação adaptativa, câmeras de monitoramento em tempo real, implantação da mobilidade elétrica e adoção da plataforma de mobilidade City Analytics, solução criada para auxiliar governos e instituições na criação de estratégias de mobilidade urbana.

Scroffa garante que é possível implementar uma smart city em municípios de qualquer porte.  “Esperamos que no horizonte de dois a três anos tenhamos as primeiras smarts cities consolidadas no Brasil”, diz Scroffa.

No Brasil, a Enel X atua em quatro frentes: e-City, voltada à administração pública, com serviços integrados, soluções de conectividade e soluções digitais para cidades inteligentes e mobilidade elétrica urbana, além da Iluminação Pública e eficiência energética com prédios inteligentes; e- Industries, com soluções para clientes corporativos de diferentes portes e setores, como consultoria e eficiência energética, geração distribuída, soluções off-grid e de resposta à demanda; e-Mobility, com foco em mobilidade elétrica, como infraestrutura de carga, conexão de veículos à rede (V2G) e serviços de reutilização de baterias; e e-Home dedicada aos consumidores residenciais, com serviços desde instalação, manutenção e reparo domésticos até soluções para casas inteligentes, capazes de gerar bastante economia de energia.

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