Publicidade
Ex-presidente do Banco Central, o vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 27, rejeitar a ideia de que o imbróglio relativo ao Banco Master represente um risco sistêmico ao setor financeiro.
“Tem um consenso grande de que não há um risco sistêmico”, afirmou, em entrevista à GloboNews. “Tem um risco, sim, de imagem. É preciso preservar a imagem do sistema. O Banco Central tem feito uma análise correta sobre o tema”, acrescentou.

Banco Central inicia em novembro leilões para rolagem de contratos de swap cambial
Operação visa renovar contratos que vencem em dezembro de 2025, com lotes e condições ajustáveis conforme demanda do mercado

Para Febraban, bancos e fintechs ‘têm o dever’ de proibir contas fraudulentas
Para Isaac Sidney, presidente da Febraban, há uma “proliferação” de instituições frágeis a crime financeiros e o setor não pode ser tolerante com brechas na entrada ou na permanência de criminosos
Campos Neto disse ainda que soube das negociações do Banco de Brasília (BRB) para compra do Master pela imprensa, que não chegou a ser discutida durante a gestão dele à frente da autoridade monetária. No mês passado, o BC reprovou o negócio por falta de viabilidade econômica. Agora, o banco liderado por Daniel Vorcaro corre contra o tempo para se capitalizar.
O ex-banqueiro central também comentou os casos recentes de infiltração do crime em instituições financeiras da Faria Lima. Segundo ele, a Operação Carbono Oculto mirou quatro fintechs, do universo de 42 empresas investigadas.
“Não é que seja um problema das fintechs. É um problema do sistema financeiro”, disse. “Temos 1.728 fintechs no Brasil e tivemos problemas com muito poucas”, ressaltou.