Banco Central foi “hawkish” ou “dovish”? Copom divide opinião de analistas e ganha tempo para avaliar cenário

Não indicação de aceleração do ritmo de alta da Selic se contrapôs à citação de que o ciclo de aperto deve avançar no “território contracionista”

Equipe InfoMoney

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O Banco Central confirmou as expectativas e elevou a Selic em 1 ponto, para 6,25% ao ano, além de indicar que pretende manter o ritmo de aperto na próxima reunião.

A decisão veio em linha com o esperado depois da sinalização dada por Roberto Campos Neto de que não iria acelerar o movimento. Entretanto, os analistas estão divididos sobre a indicação emitida pela autoridade monetária.

De um lado, alguns leram o comunicado como dovish, porque o BC não indicou aceleração do ritmo de alta da Selic. Para outros, o Copom foi hawkish ao afirmar que o ciclo de aperto deve avançar no “território contracionista”, sinalizando que não há restrição para a taxa de juro final.

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O termo dovish é um neologismo que deriva da palavra pombo em inglês (dove), que reflete uma postura mais favorável a taxas de juros mais baixas e menor preocupação com a inflação. Já o termo hawkish é o contrário. Ele deriva do termo falcão em inglês (hawk) e define os defensores de juros mais altos e de uma política de austeridade mais forte.

Os analistas destacaram ainda a intenção do Copom de ganhar tempo para avaliar a conjuntura e o impacto dos choques.

No comunicado, o Copom enfatizou que os passos futuros poderão ser ajustados, mas que no atual estágio do ciclo, o ritmo de ajuste é o “mais adequado” para assegurar o cumprimento da meta de inflação e, ao mesmo tempo, permitir que o comitê “obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques”.

A projeção para o IPCA em 2022 subiu de 3,5% para 3,7% no cenário básico.

Veja o que dizem os analistas:

Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs

Gustavo Pessoa, sócio fundador da Legacy Capital

Luiz Fernando Figueiredo, sócio fundador da Mauá Capital, ex-diretor do BC

Marcela Rocha, economista-chefe da Claritas

Gustavo Brotto, CIO da Greenbay Investimentos

Carlos Menezes, gestor da Gauss Capital

Alfredo Menezes, gestor da Armor Capital

Rodrigo Cruz, sócio e gestor de renda fixa e moedas da Meraki

Vladimir do Vale, estrategista-chefe da CA Indosuez

Sergio Goldenstein, estrategista-chefe da Renascença

Thais Zara, economista sênior da LCA Consultores

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados

Caio Megale, economista-chefe da XP

João Leal, economista da Rio Bravo Investimentos

Rafael Cardoso, economista da Daycoval Asset

David Beker, do BofA

Gustavo Arruda e Andre Digiacomo, do BNP Paribas

(com Bloomberg)

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