Alemanha, França e Itália suspendem uso da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19

Ministério da Saúde alemão teria informado que medida é para precaução, diante de relatos de formação de coágulos

Mariana Fonseca

Frasco e seringa em frente ao logo da AstraZeneca em foto de ilustração (REUTERS/Dado Ruvic)

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SÃO PAULO – Alemanha, França e Itália informaram nesta segunda-feira (15) que suspenderão o uso da vacina contra Covid-19 da Oxford/AstraZeneca, desenvolvida pela universidade e pelo laboratório britânicos. As informações são do jornal britânico The Guardian.

O ministro da Saúde alemão teria informado que a medida é uma precaução, diante dos relatos de formação de coágulos em pessoas que receberam a vacina.

“Após relatos de trombose em veias cerebrais ligados com a vacinação na Alemanha e em toda a Europa, o Paul Ehrlich Institute [autoridade de vacinação alemã] considera que mais investigações são necessárias”, disse o ministro Jens Spahn.

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A Agência Europeia de Medicamentos, espécie de Anvisa da União Europeia, “decidirá se novas informações afetarão a autorização da vacina”, completou o ministro. Há apenas algumas horas, o ministério da Saúde alemão havia relatado que continuaria a usar o imunizante.

Depois da Alemanha, França e Itália também anunciaram a suspensão de uso do imunizante. Os países também informaram que aguardam um posicionamento da Agência Europeia de Medicamentos, segundo o The Guardian.

Países como Dinamarca e Noruega já anunciaram uma suspensão pelo menos temporária de vacinação com a Oxford/AstraZeneca.

A medida dos países escandinavos veio depois de a Áustria parar de usar um lote da vacina, enquanto investiga uma morte provocada por disfunções relacionadas a coágulos e um caso de embolia pulmonar.

Na época, alguns especialistas em saúde disseram haver poucas evidências a sugerirem que a vacina da AstraZeneca não deve ser aplicada e que os casos de coágulos sanguíneos estão em linha com as taxas de casos deste tipo na população em geral.

A AstraZeneca disse em comunicado enviado à Reuters que a segurança de sua vacina foi amplamente estudada em testes com humanos e dados revisados por outros cientistas confirmaram que a vacina foi, no geral, bem tolerada.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanha e busca informações junto às autoridades internacionais sobre possíveis eventos adversos relacionados ao uso da vacina Oxford/AstraZeneca, informou o órgão à Reuters na quinta-feira (11).

Até aquele momento, o Ministério da Saúde não havia se manifestado sobre os relatos quanto aos efeitos da vacina nos países europeus.

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Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.