Pedidos de recuperação judicial fecham primeiro semestre de 2022 com baixa de 14,1%, informa Serasa Experian

Segundo economista, empresas com a economia fragilizada devem buscar a renegociação para o afastamento da insolvência

Mariana Amaro

(Foto: Pexels)

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A instabilidade econômica no primeiro semestre deste ano afetou o poder de compra dos consumidores e as negociações entre empresas e fornecedores. Com isso, acabou arrastando muitas empresas para a crise.

Neste cenário, entre janeiro e junho deste ano, 390 empresas fizeram um pedido de recuperação judicial no Brasil. O dado representa uma queda de 14,1% diante do mesmo período do ano passado, quando 454 empresas passaram pelo procedimento.

As informações são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

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O levantamento revelou ainda que, apesar da baixa na comparação ano a ano, as micro e pequenas empresas continuaram liderando o total de solicitações.

Além disso, na análise por setor, os empreendimentos de Serviços foram os que mais demandaram pelo recurso, seguidos pelo Comércio e Indústria.

Gráfico de pedido de falência de empresas

Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian a saída para empresas com a economia fragilizada é a renegociação. “Com a economia ainda fragilizada, as renegociações continuaram sendo ferramentas essenciais para a organização financeira e o afastamento da insolvência. Além disso, essa solução ganha espaço por ser mais rápida e barata, diferente do instrumento de recuperação judicial”, diz.

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Pedidos de falência

Ainda no comparativo de janeiro a junho deste ano com o anterior, as requisições de falências marcaram retração de 14,3%. Todos os portes de empresas tiveram melhora, diminuindo o número de solicitações do período. Ainda assim, os micro e pequenos negócios lideraram, com 224 pedidos. No recorte por setor, o de Serviços foi o que mais buscou pelo recurso, e apenas o de Indústria apresentou aumento, indo de 107 para 108 requisições.

Mariana Amaro

Editora de Negócios do InfoMoney e apresentadora do podcast Do Zero ao Topo. Cobre negócios e inovação.