Vale-refeição é pouco? Self-service em SP subiu 28% desde o começo da pandemia; veja preços

Reflexos dos aumentos do gás, dos produtos de alimentação e da energia elétrica também interferem no valor final ao consumidor

Equipe InfoMoney

Refeição fora de casa (Getty Images)

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Com o retorno de boa parte das empresas ao modelo híbrido de trabalho, é comum ver as pessoas circularem em busca de um local para almoçar perto de centros corporativos em São Paulo. E a notícia não é muito boa: quem ficou de home office e voltou ao presencial pelo menos parcialmente vai encarar uma alta de cerca de 28% no preço da refeição self-service, segundo dados do Procon-SP.

O levantamento de preços em restaurantes de São Paulo feito pelo Procon-SP constatou aumentos sucessivos entre janeiro de 2020 e outubro deste ano. Essa quinta edição do estudo foi feita pela equipe de pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor, em conjunto com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócios Econômicos), em 350 restaurantes das cinco regiões da cidade de São Paulo.

Se você está sentido que seu vale-refeição não está dando conta, provavelmente você não está sozinho.

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“Os sucessivos aumentos dos preços do segmento estão provavelmente relacionados ao aumento da demanda, gerada pelo controle da pandemia e pela retirada das restrições, principalmente, pela volta do trabalho presencial”, diz o relatório do Procon-SP.

Além disso, os reflexos dos aumentos do gás, dos produtos de alimentação, energia elétrica “interferem diretamente no preço final ao consumidor”, segundo a avaliação do órgão. O INPC-IBGE do mesmo período acumulou 21,75% — o índice verifica a variação do custo de vida médio em famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos.

Com base nas informações dos estabelecimentos comuns aos cinco levantamentos, verificou-se que o preço médio da refeição self-service por quilo, que ficou em R$74,41 em outubro deste ano, variou +3,51% em relação ao preço médio apurado em junho de 2022 (R$71,89); subiu 10,81% em relação ao valor médio de fevereiro de 2022 (R$67,15); aumentou 12,90% em relação ao preço médio de outubro de 2021 (R$65,91). E  do início do levantamento, em janeiro de 2020, acumulou a variação positiva de 28,6%.

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Tipos de refeições

Foram analisados também os preços médios para quatro tipos de refeições: self-service por quilo, self-service preço fixo, executivo de frango e prato do dia (ou prato feito).

Do total da amostra do município de São Paulo, 165 restaurantes servem no sistema bufê self-service cobrando por quilo, com preço médio de R$ 71,08; outros 67 servem no sistema bufê self-service com cobrança a preço fixo, com preço médio de R$ 45,96; 210 oferecem “pratos do dia” com um preço médio de R$ 27,65 e, por fim, 126 oferecem pratos executivos de frango ao preço médio de R$ 35,43.

Ainda, do total de restaurantes pesquisados (350), 153 comercializam só um tipo de refeição; 73 estabelecimentos (47,7%) apenas bufê self-service por quilo; outros 47 (30,7%) somente “pratos do dia”; 22 restaurantes (14,40%) apenas self-service preço fixo e 11 estabelecimentos (7,2%) comercializam somente pratos executivos com frango.

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O restante da amostra, 197 estabelecimentos, oferta dois ou mais tipos de refeição.

O que fazer para economizar?

O Procon-SP também compartilhou algumas dicas sobre os direitos dos consumidores. Confira: