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SÃO PAULO – O saldo do crédito imobiliário deve comprometer 72% da poupança em 2013, de acordo com estimativas do Secovi-SP (Sindicato da Habitação do estado de São Paulo).
Esse percentual deve se confirmar caso a poupança registre um crescimento anual de 20% de 2010 a 2013 e se as contratações tiverem aumentado 67% no ano passado. Segundo o sindicato, o aumento do saldo do crédito imobiliário para 2013 só deve ocorrer também se as contratações aumentarem 50% de 2011 a 2012 e 30% de 2013 a 2014.
No ano passado, a estimativa é a de que o saldo do crédito imobiliário tenha comprometido 36% da poupança. Neste ano, espera-se um comprometimento de 47%. A partir daí o crescimento deve ultrapassar os 10 pontos percentuais ao ano. Para 2012, o Secovi espera um comprometimento de 61%. Em 2014, ele deve ser de 83%.
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Esgotamento da poupança | |||
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Ano | Poupança SBPE | Créd. imob. SBPE (saldo) | Comprometimento |
2005 | R$ 135 bilhões | R$ 20 bilhões | 15% |
2006 | R$ 150 bilhões | R$ 24 bilhões | 16% |
2007 | R$ 188 bilhões | R$ 31 bilhões | 17% |
2008 | R$ 215 bilhões | R$ 45 bilhões | 21% |
2009 | R$ 254 bilhões | R$ 65 bilhões | 26% |
2010* | R$ 304 bilhões | R$ 109 bilhões | 36% |
2011* | R$ 365 bilhões | R$ 173 bilhões | 47% |
2012* | R$ 438 bilhões | R$ 267 bilhões | 61% |
2013* | R$ 526 bilhões | R$ 380 bilhões | 72% |
2014* | R$ 631 bilhões | R$ 521 bilhões | 83% |
Fonte: Secovi-SP / *Previsão |
Crescimento próximo ao do PIB
De acordo com as expectativas do sindicato, em 2014 o crédito imobiliário representará 11% do PIB. A previsão para o fechamento de 2010 é de que o crédito tenha representado 4% do PIB.
Para o sindicato, vários fatores devem colaborar para o crescimento do mercado imobiliário. Alguns instrumentos de recursos ganharão cada vez mais importância nos próximos anos, como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), Covered Bonds, LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LFI (Letras de Financiamento Imobiliário).
O programa habitacional do Governo, “Minha Casa, Minha Vida”, também é um fator que deve acelerar o crescimento do mercado imobiliário nos próximos anos, bem como a maior desburocratização do setor, como espera o Secovi.