Quase um em cada três consumidores que vai presentear alguém deixará de pagar suas contas. Confira quais boletos não serão pagos

Quase um em cada três consumidores que pretende dar presentes este natal possui contas em atraso. E pior: 67% deles estão com o nome sujo

Equipe InfoMoney

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O “amigo oculto” de boa parte dos consumidores que pretendem presentear alguém nas festas de final de ano será uma dívida.

Na intenção demonstrar afeto ou mesmo por pressão de amigos e familiares, quase um em cada três consumidores que vai presentear alguém este ano possui contas em atraso. E mais: 67% dessas pessoas está com o nome “sujo” na praça. A informação é de uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a empresa de pesquisas Offerwise.

O levantamento mostra ainda um certo descuido com o orçamento doméstico no final do ano: 27% dos que devem comprar presentes do Natal costuma gastar mais do que podem. E muitos dos entrevistados pretendem deixar de pagar algumas contas para participar das comemorações de Natal (8%), comprar presentes (7%) ou participar da comemoração de ano novo (6%).

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Quais contas os brasileiros deixarão de pagar para comprar presentes de natal ou participar das festas de fim de ano?

Segundo a pesquisa, as operadoras de TV por assinatura são o tipo de serviço que mais deve sofrer com a inadimplência dos consumidores — 24% das pessoas deixará de pagar esse boleto. Internet e Cartão de crédito empatam no segundo lugar (20%), em um ano em que o juro rotativo do cartão chegou a mais de 340% ao ano.

Financiamento de carro ou moto ficaram em terceiro lugar, com 13% das pessoas afirmando que deixarão de pagar essa conta para comprar presentes e, finalizando a lista, estão contas de consumo como água e luz, com 11%.

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Boleto que ficará para trás Percentual de pessoas que deixará de pagar 
TV por assinatura 24%
Cartão de Crédito 20%
Internet 20%
Financiamento de carro ou moto 13%
Conta de água ou luz 11%

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, é preciso resistir aos excessos de consumo e evitar entrar no próximo ano com mais dívidas. “O recomendável é não comprar por impulso e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas. O início do ano é sempre uma época de gastos extras como impostos e material escolar dos filhos, por exemplo. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, destaca Costa.

Presente de grego

Segundo a pesquisa, 15% dos consumidores que realizaram compras de final de ano em 2020 ficaram com o nome sujo por causa das dívidas pendentes, sendo que 6% já limparam o nome e 8% ainda estão negativados. Em média, o valor das dívidas é de R$ 1.041,53, com aumento de R$ 491 frente a 2020, em que o valor foi de R$ 550,50.

“É compreensível o apelo ao consumo durante o Natal, mas a pessoa deve gastar de acordo com sua realidade financeira. Se há dívidas a pagar, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro. O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar”, alerta Costa. “Também vale a pena planejar-se antes de sair de casa, avaliando o orçamento disponível para os presentes, elaborando uma lista com as pessoas a serem presenteadas e evitando que a empolgação do momento interfira nas decisões financeiras”, recomenda o presidente da CNDL.