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Representantes do comércio paulistano cobram, nesta sexta-feira (22), resolução urgente da Enel para o apagão que já dura cinco dias consecutivos nos bairros da área central da cidade de São Paulo. Órgãos públicos, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o governo do Estado e a prefeitura municipal também foram cobrados.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e o Sindicato do Comércio Varejista e Lojista do Comércio de São Paulo (Sindilojas), representantes dos empresários do setor, divulgaram comunicado dizendo ser “inaceitável que uma das regiões mais importantes da maior metrópole do Brasil permaneça por tanto tempo sem eletricidade, serviço básico à população, e cuja falta acarreta em problemas significativos para moradores e prejuízos enormes ao empresariado”.
À Enel, a Federação e o sindicato salientaram as perdas econômicas de mercados, restaurantes, farmácias, lojas do varejo e serviços, “que ficam impossibilitados de operar”, uma vez que a falta de energia gera impactos no fornecimento de internet e até água. As entidades destacam ainda os “custos excedentes” de estabelecimentos que, por conta da situação, “precisaram locar geradores, contratar mão de obra extra ou comprar combustíveis para manter dispositivos operando.”
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Já o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que representa os trabalhadores do setor, realizou nesta sexta uma manifestação na rua 25 de Março, com “o objetivo de expor a irresponsabilidade da Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia na região, que tem apresentado graves falhas na prestação do seu serviço e causado constantes apagões”, informa a entidade em comunicado.
De acordo com o presidente do sindicato, Ricardo Patah, foram recebidos mais de 280 telefonemas de trabalhadores da região, o principal centro de comércio popular da cidade, reclamando da situação que tem impactado negativamente os lojistas locais, prejudicando suas vendas. “A queda de energia reduziu as vendas devido à baixa da frequência da população que, consequentemente, acertou os trabalhadores que vivem de comissão”, pontuou Patah.
Prejuízo financeiro
Não foi divulgado o valor total do prejuízo causado pela falta de energia nesta semana, mas o representante dos comerciantes lembra que “nos cinco dias em que a capital paulista ficou parcialmente sem energia elétrica no fim de 2023, por conta de chuvas, os setores de comércio e serviços perderam, pelo menos, R$ 1,3 bilhão em faturamento bruto”, segundo cálculo da FecomercioSP à época. Ou seja, prejuízo de R$ 930 milhões para o setor de serviços e de R$ 465 milhões para o comércio.
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“Estamos há dias nessa situação sem que seja tomada uma providência. Os comerciantes e os empresários do setor de serviços já estão sendo prejudicados e serão ainda mais penalizados quando os impactos desse problema forem convertidos em números”, diz Aldo Macri, presidente do Sindilojas-SP e diretor da Federação. A orientação é que “os empresários registrem formalmente esses prejuízos junto à concessionária, à Aneel e ao Procon-SP”.
Por sua vez, o Procon-SP reforçou, também nesta sexta (22), o alerta aos consumidores, micros e pequenos empresários da capital para que registrem o problema nos canais da concessionária Enel, guardando devidamente os protocolos.
O Procon-SP informa também que “avalia uma forma de ampliar o pedido de informações” já feito à Enel, “considerando a continuidade das interrupções no fornecimento em diversos bairros da cidade de São Paulo”.
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Segundo a instituição, notificação enviada na terça-feira (19) pedia “esclarecimento sobre os motivos da falta de energia elétrica, qual o tempo total de duração do evento e a estimativa de consumidores impactados, bem como as providências adotadas tanto para o restabelecimento do serviço quanto para o atendimento, informação e orientação aos consumidores que tentaram contatar a empresa”.
Locação de geradores de energia
Sobre o uso de geradores de energia como alternativa para contornar a falta de energia na região, o Procon-SP também orienta que, antes da contratação, o consumidor faça uma pesquisa de preços com diferentes fornecedores avaliando a relação entre preço, qualidade e outros aspectos do serviço a ser prestado.
O Procon-SP comenta ainda que, nos casos em que o consumidor entender que há um aumento muito expressivo no preço praticado para a contratação de um serviço ou produto, ele pode registrar uma reclamação na plataforma digital da instituição para avaliação e orientação dos especialistas sobre a conduta a ser adotada.
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“O consumidor pode tentar ainda, via poder judiciário, o ressarcimento com relação aos gastos suportados para locar o gerador”, complementa a instituição em resposta ao InfoMoney.
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