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SÃO PAULO – O forte aumento dos chamados preços administrados, que incluem os combustíveis e tarifas de energia, tem sido um dos principais fatores por trás da alta da inflação nos últimos meses. No caso dos combustíveis, o aumento se deveu ao fato de que os preços desde janeiro passaram a flutuar de acordo com a variação da moeda norte-americana e os preços do petróleo no mercado internacional.
Petróleo e dólar caíram em 30 dias
Como o dólar acumula alta de 55% no ano e o petróleo de quase 31%, não é surpresa que os preços dos derivados do petróleo tenham subido tanto. Contudo, desde a divulgação da última Ata da Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), há cerca de um mês atrás, tanto o dólar quanto o petróleo recuaram.
Nos últimos 30 dias terminados nesta quarta-feira, dia 27/11, o dólar acumula queda de 5%, enquanto a cotação do barril de petróleo no mercado internacional registra baixa superior a 3%. Desta forma, o próprio Copom decidiu rever suas expectativas de reajuste para os preços dos combustíveis até o final do ano.
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Gasolina cairá 1,5% em 2003
Além do recuo do dólar e do petróleo, a revisão das projeções do Copom reflete o fato de que os combustíveis foram aumentados no início de novembro. No caso da gasolina, o preço subiu 12,09% na refinarias, enquanto o gás de cozinha subiu 22,80%. Com base nisto, a expectativa é de que os preços fiquem estáveis nos últimos dois meses do ano.
Em contrapartida, no que refere aos preços para o próximo ano, a ata do Copom projeta uma queda de 1,5% no preço da gasolina, frente a um aumento de 9% projetado na ata do mês de outubro. No que refere aos preços do gás de cozinha, a expectativa é de que os preços subam 6% em 2003, muito abaixo do aumento de 16,6% projetado no mês passado.