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SÃO PAULO – Ao que tudo indica o conceito inovador das norte-americanas “pharmacy benefit management company”, ou simplesmente PBM, parece estar chegando ao Brasil. As PBM surgiram nos EUA e tinham como objetivo funcionar como intermediadoras de descontos de remédios nas farmácias, mas ao longo do tempo evoluíram para se transformar em grandes conglomerados responsáveis pelo processamento de mais de US$ 1,5 bilhão em compras de medicamentos.
Além disso, as PBMs contribuíram para uma maior eficiência no uso de remédios e redução no custo da terapia com medicamentos no pós-operatório, de forma que em pouco tempo tornaram-se a principal fonte de informação para os órgãos responsáveis pela administração da saúde pública nos EUA. Tudo isso foi possível através da negociação centralizada com a indústria farmacêutica.
Incluindo no seguro saúde
No Brasil, estuda-se a possibilidade de agregar este tipo de serviço aos seguros de saúde, como forma de redução do risco para empresa que vende o seguro e melhoria do serviço recebido pelo beneficiário do seguro. Como isso é possível? Sobretudo, porque a PBM trabalha junto com a empresa que administra o plano de saúde de forma a validar a prescrição de remédios, negociar com fornecedores e organizar a logística de distribuição.
Através da gerência mais eficiente das receitas do plano de saúde, as PBMs acabam possibilitando que as seguradoras que comercializam planos de saúde possam incluir o medicamento como benefício para o segurado. Com isso, tanto o risco quanto os custos assumidos pela própria seguradora acabam sendo menores, pois a probabilidade do segurado ter de se submeter a outras intervenções é menor se tiver acesso à medicação (como parte do seguro saúde) no pós-operatório. Para o segurado os benefícios são claros: menor risco de internação e redução dos custos com remédios.