Para sanar contas, Arena Amazônia é usada para celebrar aniversários e casamentos

Segundo informações do El País, os custos para manter a arena passam de R$ 6 milhões ao ano

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Quando o Brasil decidiu escolher doze cidades sede para a Copa do Mundo de 2014, logo se imaginou que um problema poderia acontecer: alguns dos estádios poderiam virar elefantes brancos. E, de acordo com reportagem da versão brasileira do periódico espanhol El País, foi isso que aconteceu com a Arena Amazônia em Manaus (AM).

Desde a Copa, a arena só conseguiu capacidade máxima, que é de 44,3 mil pessoas, em uma oportunidade, no jogo de Vasco e Flamengo. Além disso, ela não conta com grande quantidade de shows. Tudo isso fez com que o estádio logo ficasse deficitário e começasse a apelar para outras fontes de rendas: entre elas, aniversários e casamentos.

De acordo com o El País, são gastos R$ 6,4 milhões por ano para manter o estádio e, em 2015, ele conseguiu arrecadar apenas R$ 700 mil. Assim, a escolha foi de alugar os salões da arena em preços entre R$ 5 mil a R$ 14 mil para fazer festas. É possível ainda alugar o estádio inteiro por 10% da renda bruta da bilheteria.

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A reportagem ainda relata que muitos jogos aconteceram na arena sem cobrança de ingresso, apenas com ajuda de alimentos perecíveis. No jogo do Nacional (AM) contra Náutico (RR) em abril do ano passado, o público foi de 260 pessoas e os gastos foram estimados em R$ 2 mil apenas para acender as luzes. O estádio ainda será usado nas Olimpíadas, mas depois deve voltar à ociosidade.