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SÃO PAULO – O consórcio europeu composto pelos bancos RBS (Royal Bank of Scotland), Fortis e Santander, declarou vitória nesta quarta-feira na disputa pela aquisição do banco holandês ABN Amro, que no Brasil detém as operações do Banco Real. O negócio deve movimentar US$ 100 bilhões.
Com a fusão entre Santander e Real, será criado o segundo maior banco privado do País, perdendo apenas para o Bradesco e o estatal Banco do Brasil. Em entrevista concedida recentemente à InfoMoney, Luis Santacreu, analista da Austin Rating, afirmou que o resultado será maior competitividade entre as instituições. Porém, a carteira de clientes das empresas dificilmente será beneficiada com tarifas menores.
Histórico
“Vemos pela história dos últimos anos que as aquisições feitas não trouxeram uma redução de tarifas, pelo contrário, houve um aumento e a concentração do varejo bancário nas mãos de poucos bancos”, afirmou.
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De qualquer maneira, o especialista lembrou que a cobrança pelos serviços ficará a cargo da estratégia de cada banco, e que tramita no Congresso Nacional proposta com o intuito de regulamentar a cobrança de tarifas bancárias. Atualmente, dentre as principais delas impostas às pessoas físicas, são mais de 40.
O último levantamento da Fundação Procon de São Paulo sobre incidência de juros mostrou que o Real cobra 5,90% mensais pelo empréstimo pessoal e 8,40% mensais pelo cheque especial. No Santander, as taxas são de, nessa ordem, 5,78% e 8,38%. A média encontrada entre instituições financeiras para o mês foi de 5,26% e 8,21%, respectivamente.
Direitos do consumidor
De acordo com o Procon, em casos de fusão, deve haver manutenção das condições de conta-corrente, empréstimo pessoal, financiamento e outros produtos. A aquisição de uma instituição por outra não pode impactar de maneira nenhuma o consumidor.