Marília Mendonça: cabos de energia da Cemig (CMIG4) causaram queda de avião

Procurada, empresa disse não ter um posicionamento sobre o relatório da Aeronáutica, que descartou falha humana ou problemas no avião

Equipe InfoMoney

Marília Mendonça (Reprodução/Instagram)

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As linhas de transmissão de energia elétrica da Cemig (CMIG4) foram o principal fator do acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, em Minas Gerais.

A conclusão está no relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão militar subordinado ao Comando da Aeronáutica, divulgado na segunda-feira (15).

O laudo do acidente também descartou erro humano do piloto, Geraldo Martins de Medeiros, e falhas mecânicas e operacionais da aeronave.

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Procurada pelo InfoMoney, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) disse que ainda não tem um posicionamento sobre o acidente nem sobre o relatório do Cenipa.

Na época da tragédia, a empresa disse que “o avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia no município de Caratinga” e que o acidente ” interrompeu a energia para cerca de 33 mil clientes”.

A empresa também manifestou “seu pesar pelas vítimas”.

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Responsabilidades

O relatório final do Cenipa foi apresentado ontem aos advogados e familiares das cinco vítimas. Após a divulgação, Sérgio Alonso, advogado da família do piloto da aeronave, afirmou ao jornal O Globo que o documento atestava a responsabilidade da Cemig no acidente.

Já o advogado Robson Cunha, que representa as famílias da cantora e de Abicieli Silveira Dias Filho, tio e assessor da artista, se limitou a dizer que “agora nós vamos tratar na esfera judicial”.

Por isso, pediu rapidez na conclusão do inquérito da Polícia Civil de Minas. “A partir daí, nós vamos poder nos manifestar. A gente vai poder ter a oportunidade, no processo, de tratar desse assunto”.

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O Cenipa ressalta que a investigação não busca estabelecer culpa ou responsabilidades pelo acidente, mas sim entender as circunstâncias da tragédia, para aprimorar as medidas de segurança de voos, evitar novos acidentes aéreos e, consequentemente, preservar vidas.

O acidente aéreo

A cantora Marília Mendonça e as outras quatro pessoas morreram após a queda da aeronave modelo Beech Aircraft, prefixo PT-ONJ, momentos antes do pouso.

O avião decolou do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), e caiu em uma cachoeira no distrito de Piedade de Caratinga, na cidade de Caratinga (MG), onde a cantora se apresentaria na mesma noite.

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Também estavam no avião o produtor Henrique Ribeiro; o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto, Geraldo Martins de Medeiros; e o copiloto, Tarciso Pessoa Viana. Ninguém sobreviveu.

Apelidada pelos fãs de Rainha da Sofrência, a cantora de sertanejo tinha 26 anos e colecionava vários sucessos musicais.

(Com Agência Brasil)