Internet: com planos flexíveis e preços mais acessíveis, uso do 3G vai crescer no Brasil

Para Erasmo Rojas, concorrência entre operadoras e acesso dos jovens as redes sociais estimulam o uso da internet móvel

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Se há alguns anos o acesso a internet só podia ser feito por meio de um computador, o cenário agora é outro. O ano de 2010 terminou com 20 milhões de brasileiros utilizando o serviço 3G (tecnologia que permite acesso à banda larga móvel) e, de acordo com as estimativas da consultoria de telecomunicações 4G Americas, em 2011, o País ganhará mais 12 milhões de usuários do serviço.

“Embora no Brasil o maior acesso à internet ainda aconteça por meio de pontos fixos de banda larga, hoje, as pessoas não querem mais esperar estar em casa ou no escritório para ler seus e-mails. Elas querem checar suas mensagens enquanto estão no trânsito ou na fila do banco. E a internet 3G é uma grande aliada dessa necessidade por comunicação rápida, que não é uma característica somente dos brasileiros, mas, sim, dos seres humanos em geral”, afirma o diretor para América Latina e Caribe da 4G Americas, Erasmo Rojas.

Ainda de acordo com o executivo, um dos fatores que facilitam o acesso do brasileiro ao 3G são os planos flexíveis criados pelas operadoras. “Hoje já não é tão caro acessar a internet móvel, uma vez que as companhias entenderam que deveriam democratizar o acesso, inclusive para os proprietários de celulares pré-pagos. Portanto, agora existem planos que lhe permitem contratar o serviço por dia, por semana ou por mês, o que faz com que ele caiba no bolso de todos. Além do mais, como há quatro grandes empresas oferecendo o serviço no País, há uma grande concorrência em um busca de clientes, o que não permite que nenhuma delas cobre preços exorbitantes para oferecer internet móvel”.

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Acesso
Ainda de acordo com a consultoria, a taxa de penetração do 3G no Brasil está perto de 10%, acima do índice América Latina, que atualmente gira em torno de 6%. “E esse número só tende a aumentar. Em 2011 veremos as operadoras cumprindo o compromisso assumido com o governo de cobrir um número mínimo de municípios com 3G. Além disso, neste ano, a Nextel também entrará nesse mercado de 3G, concorrendo com a Vivo, Claro, TIM e Oi. E nós sabemos que, com maior oferta, haverá mais usuários usando”, diz Rojas.

Outro fator que deve ampliar o acesso é o barateamento dos smartphones, aparelhos que concentram o maior número de acessos. “Em setembro de 2009, 51% dos acessos à internet móvel eram feitos por celular e 49%, por notebooks. Mas, em setembro de 2010, essa situação havia mudado. Hoje, 76% dos acessos acontece via celular e apenas 24%, por modem. Embora esses aparelhos ainda sejam caros, a entrada do Google nesse mercado vai aumentar a concorrência e deve causar um barateamento nos preços dos smartphones, tornando-os mais acessíveis a uma parcela maior da população. E não podemos esquecer a chegada dos tablets, que também usam 3G, e já estão conquistando um grande espaço no Brasil”, completa.

Por fim, o diretor afirma que os jovens possuem um papel muito importante na disseminação do 3G no Brasil. “Atualmente, os jovens querem ter acesso às redes sociais em qualquer lugar. Com isso, acredito que, em breve, as pessoas darão prioridade à internet móvel, ao invés da fixa. Hoje, comunicação é essencial e percebo que as pessoas não querem esperar estar dentro de um prédio para se comunicar com os amigos e conhecidos”, finaliza o executivo.