Intenção de consumo das famílias paulistanas cai 8,7% em janeiro

Aumento inflacionário, encarecimento do crédito e a elevação da alíquota do IPI impactaram negativamente o desejo de compras

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – O recente aumento da inflação, encarecimento do crédito e a elevação da alíquota do IPI (Imposto sobre produtos Industrializados) impactaram negativamente o desejo de compras dos paulistanos. O ICF (Intenção de Consumo das Famílias), indicador medido pela Fecomercio-SP, atingiu 124,8 pontos em janeiro, o que representa uma queda de 8,7% ante o mesmo mês de 2013 e -0,4% em relação a dezembro.

Segundo a entidade, o índice foi influenciado pela retração do item Momento para Duráveis, que caiu 32% em relação a janeiro e -15,2%, a dezembro. “Números esses que revelam uma cautela por parte das famílias paulistanas para a aquisição de bens duráveis”, disse a Fecomercio-SP, enfatizando que, além da inflação, encarecimento do crédito e o aumento do IPI, o índice também foi impactado com a desvalorização do real frente ao dólar.

Diante de um cenário mais desfavorável, os paulistanos estão encontrando mais dificuldades na obtenção de empréstimos no mercado. O item Acesso ao Crédito, por exemplo, mesmo após recuperação deste mês sobre dezembro – com aumento de 3,3% –, ficou 15,7% menor do que o registrado em janeiro de 2013.

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Além de Acesso ao Crédito, outros três itens do índice apresentaram movimentos opostos nos comparativos mensal (elevação) e anual (redução). Perspectiva Profissional aumentou 1,9% entre dezembro e janeiro, mas caiu 7% neste mês em relação a janeiro de 2013. Renda Atual subiu 3,1% do mês passado para o atual, porém, recuou 3,4% na comparação de agora com um ano atrás, e o Nível de Consumo Atual aumentou de dezembro para janeiro (2,7%), mas diminuiu em comparação a janeiro do ano anterior (-5,1%).

O item Perspectiva de Consumo, entre os sete presentes no indicador, foi o único a apresentar alta em janeiro, tanto frente a dezembro (2,1%), quanto na relação com o mesmo mês do ano passado (8,4%).

Menor entre quem ganha mais
Pelo oitavo mês consecutivo, as famílias com renda a partir de dez salários mínimos se mostraram mais insatisfeitas do que as que ganham menos que esse valor. Enquanto que para o primeiro grupo o indicador em janeiro foi de 119,2 pontos, para o segundo chegou a 126,7 pontos. Uma diferença de 7,5 pontos porcentuais.