Imóveis usados “diminuem” e encarecem em São Paulo, mostra pesquisa

Pesquisa do Zap mostra que as ofertas de imóveis usados têm diminuído padrão de metragem nos últimos 3 anos  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Paulistanos estão morando em espaços cada vez menores sem pagar menos por isso, mostrou uma pesquisa do Grupo Zap enviada com exclusividade ao InfoMoney. Isso não vale apenas para novos empreendimentos, onde a moda dos compactos é inegável, mas também nas negociações de imóveis usados (mercado imobiliário secundário).

De acordo com o levantamento, que compara as negociações desse mercado entre 2016 e 2018, isso vale principalmente para imóveis com um ou três dormitórios, sendo que a primeira categoria tem números mais expressivos. Os preços, por outro lado, tiveram correção para cima.

Em 2018, a área útil média de imóveis de um quarto caiu 4% em relação a 2016, de 47,1 metros quadrados para 45. Para os imóveis de três quartos, a metragem média caiu 3%, de 115,7 metros quadrados em 2016 para 112,4 metros quadrados em 2018.

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As ofertas de dois dormitórios tiveram diminuição de 2%, de 66 metros quadrados para 64,5. A única tipologia que apresentou crescimento de área (4%) foi aquela com quatro quartos ou mais, de 224 metros quadrados (2016) para 228,75 (2018).

Os preços, por outro lado, não estão menores. Os imóveis com três dormitórios apresentaram alta de 4% no preço médio, ao atingir R$8.466/m² contra R$ 8.168/m² no mesmo período. Já os valores dos imóveis com um dormitório registraram aumento no valor, de R$ 10.470/m² contra R$ 10.403/m², variação de 1% entre 2016 e 2018.

O único modelo que teve queda nos preços foi aquele de dois dormitórios com uma queda de 2%, quando comparado o valor médio de 2018 com o preço em 2016, com o valor partindo de R$ 7.500/m² para R$ 7.374/m².

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Para o coordenador de inteligência de mercado do Grupo ZAP, Coriolano Lacerda, a pesquisa reflete movimentações do setor, principalmente em apartamentos menores e melhor localizados. “Atualmente, o mercado imobiliário atende uma demanda por imóveis menores, impulsionado pelas novas famílias e pelo pouco espaço disponível nos grandes centros”, comenta.

“Com a economia do país instável nos últimos anos, o setor de imóveis com menor valor se regulou para atender a demanda. Já os imóveis mais caros e que atendem uma parcela social diferente, se mantiveram ou valorizaram, pois a demanda se manteve regular”, finaliza.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney