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SÃO PAULO – Uma piscina no prédio ou num condomínio horizontal pode ser um fator decisivo na escolha de um imóvel, especialmente para famílias com filhos pequenos. Em cidades quentes uma piscina é um objeto amplamente cobiçado e precisa estar listada nas comodidades de qualquer lançamento residencial. O fato mais curioso é que em boa parte do ano ela permanece sem nenhum uso, gerando apenas altos custos com a manutenção.
Por outro lado, a explicação para o pouco uso das piscinas de condomínios verticais em zonas urbanas pode estar dentro da própria água. Com a aglomeração de edifícios, as áreas externas tornaram-se cada vez menores e é realmente difícil ter um espaço reservado para um deck que receba sol o dia inteiro. Nesse caso, a pouca incidência solar não é suficiente para aquecer a água, fato que acaba afugentando a maior parte dos condôminos.
Valorização da propriedade
“A área comum do edifício é um mero adorno. Muitas vezes só serve para dizer que tem”, explica o corretor de imóveis Afonso de Souza Barros. “Ainda assim, ela influencia na decisão de compra de um imóvel”. Para muita gente, o importante é morar num condomínio equipado com sala de ginástica, sauna, quadra de squash, mesmo que você nunca utilize nenhuma dessas comodidades. É apenas uma questão subjetiva.
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Em termos reais é possível verificar que as atividades oferecidas pelo edifício têm um efeito positivo no valor dos imóveis, dependendo do padrão do apartamento, obviamente. É normal encontrar apartamentos de cinco suítes, de mais de 700 metros quadrados de área útil, localizados em condomínios sem um único salão de festas. A área onde estariam a piscina e a quadra de tênis está ocupada por um imenso estacionamento para visitantes e um jardim bem cuidado.
A explicação é que moradores de condomínios urbanos de alto luxo não gostam de freqüentar as áreas comuns, e preferem usar a piscina do clube ou da casa de praia. Por sua vez, nos edifícios de classe média, uma piscina estrategicamente localizada chega a ser disputada nos dias mais quentes do ano. Bem localizada porque, mesmo com todo o calor, se não houver incidência do sol durante todo o dia, a água continuará numa temperatura que nem mesmo as crianças conseguem agüentar.
Quando vale a pena aquecer?
Ter uma piscina com água aquecida pode ser uma grande atração do condomínio e valorizar ainda mais o seu imóvel. Mas antes de optar pelo aquecimento, é preciso levar em consideração se os graus a mais na água irão atrair mais condôminos. Sem a resposta for positiva, dependendo da quantidade de apartamentos, os custos adicionais serão bem pequenos, o que legitima ainda mais a decisão dos moradores.
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Uma piscina de tamanho relativamente grande, de 100 mil litros, necessita de 600 m3 de gás por mês para se manter aquecida em aproximadamente 30°C. A Congás, por exemplo, oferece um contrato de prestação de serviços onde o aquecedor é instalado e a contrapartida do condomínio é o consumo mensal de uma quota mínima de gás. Para a quantidade de água acima, os custos adicionais nos gastos do condomínio variam entre R$ 900 e R$ 1.000.
Claro que tudo dependerá do tipo de contrato e da temperatura da água, que geram custos diferenciados para cada caso. Para uma torre de 15 andares, com 2 apartamentos por andar, o aquecimento da piscina causará um acréscimo de aproximadamente R$ 33 no valor do condomínio. Já num edifício de 20 andares, com 4 apartamentos por andar, ter uma piscina aquecida custará menos de R$ 12,50 por mês por unidade.
Vale lembrar que esses valores estão relacionados a uma piscina de grande porte e a uma temperatura elevada. É possível não gastar tanto, e ter a água com alguns graus a menos, mantendo-se o mesmo nível de satisfação. Além disso, é considerado o aquecimento é integral, ou seja, para todos os dias da semana. Pode-se optar pelo aquecimento nos finais-de-semana, mas deve-se levar em conta que quando desligado o aquecedor, a água tende a perder em média 2°C por dia, e será preciso gastar mais para voltar a aquecê-la.