Final da Copa do Catar é neste domingo; veja horário e como assistir a Argentina x França

Decisão será transmitida na TV aberta e fechada e até no YouTube; franceses são levemente favoritos a conquistar o tricampeonato (mas a disputa é apertada)

Lucas Sampaio

Capa do álbum de figurinhas da Copa do Mundo do Catar (Imagem: Divulgação/Panini)

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Chegou o grande dia, da final da Copa do Mundo do Catar, e não vai ser desta vez (de novo) que a seleção brasileira vai conquistar o hexacampeonato. Em vez disso, a Argentina de Lionel Messi e a França de Kylian Mbappé vão decidir quem vai se tornar tricampeã mundial.

A decisão será neste domingo (18), às 12h (horário de Brasília), no estádio de Lusail. No sábado (17), no mesmo horário, Croácia e Marrocos fizeram a disputa do 3º lugar, no estádio Internacional Khalifa. Os jogos terão transmissão da Globo na televisão aberta e dos canais SporTV na TV a cabo, e a final também será transmitida no canal do Casimiro no YouTube.

Dias e horários dos jogos finais da Copa:

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A Copa do Catar começou em 20 de novembro, com a derrota dos anfitriões para o Equador. O Brasil deu adeus aos torneio nas quartas de final de novo, desta vez contra a Croácia (que foi derrotada pela Argentina na semifinal).

É a 1ª vez que a Copa acontece no Oriente Médio, e Marrocos foi a 1ª seleção árabe (e também a 1ª seleção africana) a chegar a uma semifinal do maior torneio de futebol do planeta. Apesar disso (e do apoio maciço contra os franceses), os marroquinos perderam a partida e disputaram o 3º lugar.

França x Argentina

Quem ganhar a final vai se tornar tricampeã mundial, pois a Argentina ganhou em 1978 e 1986 e a França, em 1998 e 2018. O maior campeão é o Brasil, com 5 títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002); seguido das tetracampeãs Itália (1934, 1938, 1982 e 2006) e Alemanha (1954, 1974, 1990 e 2014).

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A França também terá a oportunidade de igualar uma marca que só o Brasil tem até hoje: ser bicampeã consecutiva (a seleção brasileira ganhou em 1958 e 1962). Os franceses já disputaram 3 finais e perderam só 1 (em 2006), enquanto os argentinos disputaram 5 e perderam 3 (em 1930, 1990 e 2014).

A seleção campeã vai levar não só a taça para casa, mas também um prêmio de US$ 42 milhões da Fifa (cerca de R$ 220 milhões na cotação atual). O vice vai embolsar US$ 30 milhões (R$ 159 milhões); o 3º lugar, US$ 27 milhões (R$ 143 milhões) e o 4º colocado, US$ 25 milhões (R$ 132 milhões).

Croácia x Marrocos

Já a disputa pelo 3º lugar não é uma “novidade” para a Croácia: o país ganhou o jogo na Copa de 1998, na França, ao derrotar a Holanda por 2 a 1. Os croatas também são os atuais vice-campeões mundiais, pois chegaram até a final da Copa de 2018, na Rússia, mas perderam a decisão para a França por 4 a 2.

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O Marrocos já fez uma campanha histórica no Catar. O país jogou apenas 6 Copas até hoje (1970, 1986, 1994, 1998, 2018 e 2022) e sua melhor colocação era um 11º lugar em 1986, no México (quando foi eliminada nas oitavas de final, pela Alemanha Ocidental, ao perder por 1 a 0).

Na Copa de 86 os marroquinos se tornaram a 1ª seleção africana a terminar em 1º lugar do seu grupo (que tinha nada menos que Inglaterra, Portugal e Polônia). Já a algoz do país, a Alemanha Ocidental, chegou até a final, mas perdeu a decisão para a campeã Argentina por 3 a 2.

França favorita?

Os palpites feitos em casas de apostas esportivas on-line preveem que a final da Copa será extremamente equilibrada: a França tem 50,6% de chance de ser campeã e a Argentina, 49,4%.

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As porcentagens foram calculadas pelo InfoMoney com base nas “odds” de 3 sites: bet365, sportingbet e beftair. A probabilidade implícita mostra as odds em porcentagens, excluindo a margem de lucro das casas de apostas esportivas.

A odd é um multiplicador do valor que um apostador ganha se acertar o seu palpite. Quanto mais próximo de 1 ela está, mais provável o resultado (e quanto mais longe, mais improvável). Por isso, elas implicitamente apontam a probabilidade de um determinado resultado acontecer.

A França sendo campeã paga odds entre 1,83 e 1,90 (isso significa que, se você apostar R$ 100 no resultado e acertar, vai ganhar o seu dinheiro de volta e no máximo mais R$ 90). Já um título da Argentina paga odds entre 1,90 e 1,91 (na bet365, por exemplo, o equilíbrio é absoluto).

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Quem vai ser Odds Probabilidade
a campeã? bet365 sportingbet betfair implícita
França 1,90 1,85 1,83 50,6%
Argentina 1,90 1,91 1,91 49,4%

Casas de apostas esportivas

As apostas esportivas são feitas em sites que oferecem dinheiro para quem acertar o “chute” sobre o resultado de um jogo ou uma aposta específica (pode ser até algo bastante específico das partidas, como o número de escanteios do time A ou o número de faltas em uma partida).

É um mercado gigantesco e pouco regulado no mundo inteiro, que cresce em ritmo acelerado também no Brasil. Estima-se que haja cerca de 450 sites de apostas esportivas ativos no país atualmente, movimentando valores na casa dos R$ 10 bilhões por ano.

Para se projetarem no mercado, esses sites têm patrocinado os principais campeonatos, clubes e jogadores de futebol do Brasil e do mundo (todos os 20 times da série A do Campeonato Brasileiro têm patrocínios de sites de apostas, por exemplo).

Falta de regulamentação

O então presidente Michel Temer (MDB-SP) sancionou em dezembro de 2018 a Lei 13.756, que autoriza a operação de casas de apostas esportivas no Brasil, mas até hoje a lei não foi regulamentada, o que deixa o mercado de apostas esportivas em uma espécie de “limbo” no Brasil.

Assim, grande parte das empresas que operam hoje no país tem sede no exterior, não respondem à legislação local, não pagam impostos e podem oferecer também jogos de azar, como de cassino – que são ilegais aqui e implicam grandes riscos de dependência psicológica.

Alguns sites até oferecem recursos para seus clientes apostarem de forma mais segura. A betfair, por exemplo, tem um serviço de bloqueio temporário da conta caso o apostador perca dinheiro além de um limite e também uma página de aconselhamento para familiares e amigos reconhecerem e lidarem com alguém que possa estar se viciando. Outras casas contam com serviços semelhantes.

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Lucas Sampaio

Jornalista com 12 anos de experiência nos principais grupos de comunicação do Brasil (TV Globo, Folha, Estadão e Grupo Abril), em diversas funções (editor, repórter, produtor e redator) e editorias (economia, internacional, tecnologia, política e cidades). Graduado pela UFSC com intercâmbio na Universidade Nova de Lisboa.