Entre flores: para fugir da folia e não gastar muito, os parques da cidade são ideais

Para quem prefere deixar a fantasia de lado e descansar no feriadão, nada melhor que aproveitar o verde da cidade

Publicidade

SÃO PAULO – Nada de confete, serpentina, Colombina ou Pierrot. Há quem queira mesmo é descansar neste feriadão prolongado. Quem está em São Paulo e quer passar longe da Avenida pode aproveitar que a cidade está mais vazia para visitar e curtir alguns dos parques que a cidade tem. O passeio pode não custar nada, mas se o tempo tiver quente, vale comprar um picolé.

Então, carregue sua bike, patins ou coloque um bom tênis, roupas confortáveis e, com algumas moedas no bolso, vá curtir o verde.

Ibirapuera: arte, verde e patos

Com mais de 1,6 milhão de metros quadrados, o parque mais famoso da cidade, chega a receber entre 50 e 70 mil pessoas por dia durante a semana e entre 150 mil e 200 mil aos fins de semana, segundo estimativas do próprio parque. Lá, é possível dormir debaixo de uma das muitas árvores ou mesmo perto da lagoa próxima ao obelisco, na companhia dos patos que ficam por ali.

Planejamento financeiro

Baixe gratuitamente!

Quem quer aproveitar o passeio para aprender um pouco, o Ibirapuera conta com exposições de arte no MAM. Até março, é possível ver as exposições “Atenção: estratégias para perceber a arte”, que tenta perceber a visão subjetiva da arte por meio do corpo; e “Jorge Guinle: Belo Caos”, que faz uma retrospectiva da vida do artista que dá nome à mostra. A entrada sai por R$ 5,50, sendo que estudantes pagam meia. No feriadão não será possível visitar a Oca, pois ela está em restauração.

O parque ainda tem o Planetário, que funcionará normalmente nos sábados e domingos, e o Pavilhão Japonês, um espaço com exposições permanentes de peças que remetem a cultura do povo milenar. O Museu Afro também funcionará normalmente no final de semana.

Para os esportistas profissionais ou aqueles de fim de semana, o parque dispõe de 7 quadras poliesportivas, pistas para corridas e caminhadas, além de ciclovias. Para os mais radicais, a Marquise do MAM (Museu de Arte Moderna) é perfeita para deslizar com patins e skates.

Continua depois da publicidade

Quem não quiser levar a sua bicicleta, pode alugar uma por R$ 5,00 por um período de uma hora e quando bater a fome, há várias barracas de alimentos e bebidas dentro do parque, além de três lanchonetes e um restaurante. No MAM há mais um restaurante e um café.

Quem for de carro, poderá deixar o veículo no estacionamento, que conta com mais de mil vagas, ao custo de R$ 1,80, preço de tabela da Zona Azul, por duas horas, aos fins de semana.

Villa Lobos: para esportes e educação ambiental

Esporte é lá mesmo. São 732 mil metros quadrados com muitas opções para quem gosta de esportes. Ciclovias, quadras, campos e playgrounds são as principais atrações do parque. Além de pista de cooper, tabelas de street basketball e aparelhos de ginástica.

No fim do ano passado, o parque começou a passar por uma renovação, com a implantação do Espaço Vida, um centro de educação ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente, que promoverá a formação de professores e a conscientização de jovens sobre a importância de se preservar o ambiente, mas o local ainda está em obras.

Mesmo assim, os cerca de 20 mil a 30 mil frequentadores que passam por lá, em média, aos fins de semana, podem curtir o bosque que conta com espécies da Mata Atlântica. Por lá, a programação é mais voltada aos esportes e shows abertos, mas nada de especial foi preparado para este feriadão. Ótimo para quem não quer saber de agitação. Lá, assim como no Ibirapuera, é possível alugar bikes por R$ 5,00, por um período de uma hora.

Quem sentir fome não vai ter muita opção, porque o parque contava com apenas uma lanchonete, que está desativada. No entanto, do lado de fora, há barracas autorizadas que vendem bebidas e lanches.

Continua depois da publicidade

O estacionamento é gratuito, mas não conta com seguro. Então, fique esperto.

Mais verde

Embora o Ibirapuera e o Villa Lobos sejam os mais visitados, São Paulo tem outros parques. No Morumbi, por exemplo, o Parque Alfredo Volpi tem trilhas para caminhadas onde se pode observar várias espécies de animais e plantas. O local também conta com três lagos, pista de cooper e um playground em uma área total de 142 mil metros quadrados.

São mais de 161 mil metros quadrados que abrigam mais de 125 mil objetos que ajudam a contar a História de São Paulo e extensos jardins. É no parque da Independência que o visitante pode aproveitar para tirar aquela foto ao lado do Monumento à Independência. Para quem não sabe, lá estão enterrados D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina no chamado Jardim Francês. O estacionamento é gratuito e conta com 150 vagas.

Continua depois da publicidade

Na Aclimação, o parque que leva o nome da região também tem pista e quadras para esporte, além de um lago natural. A área de mais de 112 mil metros quadrados tem extenso bosque de eucaliptos.

Na região da Água Funda o Jardim Botânico abriga várias espécies de vegetais. Lá, há duas estufas que abrigam espécies da Mata Atlântica e exposições temporárias de plantas. Lá, fica o Instituto de Botânica que oferece aos visitantes um extenso acervo sobre o assunto. No Museu Botânico é possível encontrar amostras de diversas plantas brasileiras.

Quem quiser se afastar um pouco mais da cidade, o Parque estadual da Cantareira possui uma das maiores áreas de mata tropical nativa do mundo. São mais de 7,9 mil hectares com espécies de plantas e animais característicos desse tipo de mata, como a jaguatirica, ameaçada de extinção.

Continua depois da publicidade

O Parque da Luz também é perfeito para quem quer fugir da folia. O local é calmo e não é frequentado por adeptos do esporte, já que não tem pistas nem equipamentos para exercícios ou espaço para shows, sequer dá para andar de bicicleta, comum em outros parques. As proibições se devem às esculturas espalhadas pelo parque, por ele estar ao lado da Pinacoteca e ser tombado como patrimônio.

Dessa forma, não faltam opções para deixar a fantasia em casa, descobrir jardins e escutar silêncios.